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Acordo assustada com o suor pingando no meu rosto, que droga foi essa que eu sonhei? Olho imediatamente pra cama do hospital e respiro aliviada quando vejo o Victor dormindo tranquilamente. Ontem ele deu um trabalhão pra tomar o remédio na veia e praticamente drenou todas as minhas energias, e a dele também, assim que passou a dor ele queria dormir e parecia uma criança de 5 anos

Flashback on

"Não pode ser na boca não, igual gente normal?" Ele pergunta pro enfermeiro preparando o soro dele com o remédio

"Victor" coloco a mão no ombro dele e lanço um sorriso forçado porque ele já estava me dando nos nervos mas eu não posso ser grossa com ele agora né? "Você tem que tomar na veia, seu estômago tá ruim, meu amor"

"Eu não...não precisa, eu acho que tá melhor..porra" ele resmunga de dor

"Victor, vai ser na veia e pronto" falo firme com ele e ele arregala os olhos pra mim

"Você já foi mais legal comigo" ele abaixa a voz, reviro os olhos e decido não falar nada, o enfermeiro se aproxima com a bandeja onde estava o soro dele e ele fica paralisado na cadeira

"Você tem medo?" O enfermeiro pergunta achando graça.

"Quem disse isso?" Ele resmunga se contorcendo ainda, como pode né? Ele está se contorcendo de dor e não quer tomar o remédio.

"Você tá se tremendo todo aí" o enfermeiro ri e pega o braço dele, ele olha pra direção oposta e eu começo a ficar com pena dele, eu não fazia ideia que ele tinha tanto medo assim de agulha, o enfermeiro passa álcool com um algodão sob o braço dele e na hora Victor puxa o braço

"Ah não, não...eu não consigo" ele olha pra mim como se estivesse implorando por ajuda.

"Victor..." Brigo com ele "Não vai parar de doer se você não deixar ele colocar a agulha pra você tomar o remédio" tento acalmar ele passando a mão em seu cabelo mas ele já estava agitado de qualquer jeito por conta da dor. Chego mais perto do rosto dele e dou um beijo na bochecha, ele resmunga e eu seguro o rosto dele pra ele olhar pra mim enquanto olho pro enfermeiro que aproveita a distração dele pra amarrar o elástico e achar a veia dele. Victor tenta virar o rosto pra ver o que está acontecendo mas eu seguro mais forte "Meu amor, é sério, você tá sendo infantil, você já tá grandinho pra ficar com essas coisas" sussurro

"Me deixa em paz" ele fecha a cara mal humorado e eu seguro minha risada, o enfermeiro aproveita e coloca a agulha de vez na veia dele e instala o soro rapidamente, Victor olha pra mim com a boca aberta "Você me enganou" ele acusa

"Eu não fiz nada, para de ser chorão"

"Você não me respeita nem quando eu tô doente" ele fica emburrado olhando pro soro pingando.

"E você só reclama, daqui a pouco seu rim para de doer, de nada" mando um beijo pra ele e sento na cadeira de acompanhante.

"Pode ir embora, eu quero o Dave" ele fala ainda fazendo cara de emburrado, dou risada e cruzo as pernas

"Eu não vou pra lugar nenhum Victor deixa de ser chato" ele não responde nada mas me olha feio, em questão de segundos ele já estava totalmente desmaiado dormindo. Só pensava no trabalho que ia dar acordar ele pra fazer o exame. Passado uma meia hora o enfermeiro volta e retira ele do soro dizendo que ele já está liberado pra ir fazer o exame.

"Victor" falo sem nem um pingo de entusiasmo

"Ah não, Taynara, não vem me encher o saco não" ele fala bravo e eu cruzo os braços

"Tem que fazer o exame, meu Deus se você não morrer agora eu que vou te matar, seu grosso"

"Que exame, o que, já melhorei, vamos pro hotel"

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