>>Capítulo 3

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Rivika

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Rivika

Durante o caminho até a casa onde eu moraria com Malcolm, tive uma conversa com Romero que me agradou muito.

Ele foi bem claro com muitas coisas que eu não compreendia e me ajudou a entender melhor quem Malcolm é. Parecia uma pessoa confiável.

– Primeiro, meu nome é Romero, como deve ter ouvido por aí, e Malcolm e eu somos amigos desde a infância. Eu não fui criado na organização, mas Malcolm tratou de me inserir como seu segurança pessoal, pois somos amigos demais e ele precisava de alguém de confiança ao lado. Estou falando tudo isso para que confie em mim. Provavelmente farei sua segurança também daqui para frente então me verá muitas vezes.

Fiquei olhando o trajeto pela janela enquanto ouvia Romero falar. Ele, ao contrário de Malcolm, se mostrou gentil e alegre, um bom homem para ser meu segurança. Precisava de pessoas que fossem assim ao meu lado, não uma parede de concreto como meu marido. Mudo e impenetrável.

– Estou te levando para sua nova casa. Lá você pegará suas malas para a viagem de lua de mel que fará com Malcolm.

Isso me despertou o interesse.

– Teremos lua de mel? Achei que nosso casamento era limitado ao arranjo, não precisava de tudo isso.

O fitei pelo retrovisor.

– Teve festa de casamento, terá lua de mel. Para qualquer outra pessoa fora da cúpula do Patriarcado, é um casamento como todos os casamentos. Sei que vocês mal se conhecem, mas com o tempo podem se tornar bons amigos e até cúmplices. Há fatos de casamentos na organização que os parceiros se dão muito bem com o passar dos anos.

Como?

E o amor, onde fica?

Ele não mencionou a palavra "amor", nem o termo " se apaixonar". O que há na cabeça dessas pessoas?

– Hã... Sei. – Me limitei a respostas vagas enquanto somente ouvia.

Dora vez ou outra exaltava minha inteligência e a forma sagaz de como eu descobria as coisas que queria, somente juntando peças no ar. Percebi que deveria usar esse método a partir do dia em que casei, pois havia muito que eu não sabia e precisava descobrir.

Essa tal "organização", da qual meu pai faz parte e eu fui uma moeda no acordo entre ele e a família de Malcolm, é algo que eu ainda não soube decifrar. Nunca, em todos os meus vinte e cinco anos, pesquei algum furo ou conversa de papai sobre isso. Havia descoberto há pouco tempo que a organização se chamava Patriarcado e apenas sei que se limita a um grupo de pessoas que regem o mundo.

Romero desatou a falar inúmeras coisas sobre ser uma Samuels, sobre como aguentar Malcolm sem perder a cabeça e sobre como eu deveria me portar a partir de agora. Itens que eu ignorei, assimilando somente o essencial, porque a pergunta que eu fiz antes de entrarmos no carro ainda martelava em minha cabeça:

{AMOSTRA》 MALCOLM e a esposa comprada. (1)Onde histórias criam vida. Descubra agora