Capítulo 12.

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Lory

Puxei o ar de maneira discreta. Meu coração batia rapidamente. Isso foi uma ideia incrível.

Apreciei o ar refrigerado daquele carro, observando o pôr do sol. Eu preciso falar isso com Tessa.

Não, isso também pode ser um presente para ela. Tenho que ficar calada em relação a isso.

Não sei se vou conseguir.

Mordi os lábios, reprimindo um grito de felicidade que encheu minha garganta. Esse menino é um anjo, nunca esperei que uma pessoa pudesse me ajudar tanto sem fazer nada.

A ansiedade me invadia, fazendo meus pés começarem a bater contra o chão do carro.

- O que você tem? - A voz de Din fez meu corpo tremer. Não o encarei por medo, medo de ele descobrir o que vou fazer. - Lory? - Suas mãos mornas foram parar em meu ombro, quase soltei o celular por isso.

- Estou morrendo de fome. Só é isso. - Menti com a voz trêmula. Din tirou a mão de meus ombros. Pude sentir seu olhar intenso sobre mim, aumentando as batidas do meu coração.

Engoli em seco, querendo com todas as forças me acalmar. Se ele descobrir, tudo irá por água a baixo.

- Ok - E então o silêncio reinou. Eu só quero logo chegar em casa e colocar meu plano em prática.

Que idéia genial, Lory.

- Vocês são religiosos ou algo do tipo? - A pergunta de Peter me fez encará-lo. Seu rosto estava calmo, enquanto ele brincava com uma pulseira que eu não tinha percebido que estava em seu pulso.

- Por que essa pergunta? - Indaguei, observando as cores vivas de sua pulseira.

- Ninguém nunca falou sobre anjos comigo - Revelou, me fazendo sorrir.

- Comigo também não. Isso é estranho? - Ele negou com a cabeça, um riso divertido brincava em seus lábios.

- Acho que as conversas estranhas são as mais divertidas, então obrigado - Din freou assim que chegamos á praça 13. - Vou descer aqui. Peço desculpa pela tarde maluca - Suas palavras me fizeram rir. Foi realmente doida.

- Tudo bem. Eu gostei - Mordi os lábios, fitando o quadro uma última vez. Ficou incrível. - Nos vemos depois? - Indaguei em um sussurro antes de ele sair do carro. Seus olhos brilharam e ele assentiu

- Pode apostar menina que luta boxe - Com sua voz suave, e seu sorriso leve, ele foi embora.

Voltei a me sentar no banco, sorrindo sozinha. Isso vai ser incrível.

- O que você está aprontando? - A pergunta de Dilan me pegou desprevenida. Puxei o ar com força, colocando o celular sobre o painel do carro.

- Do que você está falando? - Indaguei de forma genuína. O encarei, perdendo o ar com seu sorriso travesso.

- Eu te conheço tanto ou mais que você, não minta para mim. - Pediu com a voz baixa. Como aquilo fosse um segredo.

- Você não me conhece tanto assim - Sussurrei de volta, entrando em seu jogo. Ele piscou várias vezes com minha resposta, causando um sorriso involuntário em meus lábios. - Nos vemos depois, baixinho. - Sai do carro, o vento gelado me recebeu. - Boa noite. - O olhei uma última vez, sorrindo para o menino surpreso e depois batendo a porta.

Isso vai ser incrível.

...*...*...

Dilan

Fiquei observando a menina de longos cabelos castanhos se afastar com passos lentos. Esperei que ela olhasse para trás alguma vez, mas isso não aconteceu.

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