Lory.
Acordei com vozes no andar de baixo.
Abri os olhos pesados, observando a luz azul que banhava o quarto escuro. Perdida, pisquei lentamente, e logo as lembranças queimaram minha mente.
Respirei com força, me sentando na cama. As vozes aumentaram, roubando todas as batidas do meu peito e me fazendo entrar em desespero.
Olhei ao redor, meu olhos pararam no menino de costas nuas que dormia calmamente. Me cobri com o cobertor, sacudindo seu corpo com força.
— Dilan – Sussurrei, desesperada. — Dilan, pelo amor de Deus – Minha respiração ficou pesada, levando meu ar. Sem saber o que fazer, belisquei suas costas quentes e macias.
Dilan virou de lado na cama, abrindo os olhos lentamente ao mesmo tempo em que um sorriso aparecia em seus lábios. Aquela cena era nostálgica, eu desesperada, e ele acordando lindamente.
Antes que eu pudesse falar algo, seus braços cobriam meu corpo, me fazendo parar contra sua pele.
— Dilan, agora não – Murmurei sentindo o cheiro que enchia aquele quarto, e o que saía de sua pele. Apreciei seu toque em meu corpo, e meu coração pulando com força.
— Por que, não? – Indagou com sua voz rouca e arrastada. Ignorei o arrepio que correu por meu corpo, e tentei me soltar de seus braços.
— Me solta, rápido – Pedi em um sussurro, sentindo suas mãos acariciarem minhas costas nuas. Ignorei mais um arrepio, minha respiração estava ficando curta e acelerada.
Eu podia sentir seu corpo contra o meu, e aquilo me fazia querer ficar naquela posição, aproveitando seus toques e seu calor.
— Um beijo, então – Murmurou contra meus cabelos. Suspirei, levantando o rosto e encontrando seus olhos castanhos, e seus cabelos bagunçados.
Meu coração pulou com força, e me perguntei como ele podia ficar tão bonito naquele estado. Meus olhos caíram em seus lábios. Apoiei minhas mãos em seu peito, apreciando o calor na palma da mão.
Mordi os lábios, lutando para sobreviver àquele momento.
— Seus pais estão lá embaixo – Avisei contra minha vontade. Dilan pareceu assutado. Sai de cima de seu corpo, perdendo seu calor e permitindo que ele se levantasse.
— O quê? – Indagou encontrando meus olhos. Observei seu rosto sobre a luz azul, me lembrando de sua voz arrastada chamando meu nome e seu corpo trêmulo. Mordi os lábios, mandando aqueles pensamentos embora.
— Seus pais estão lá embaixo – Me levantei, passando por ele e pegando minhas roupas do chão.
Senti o olhar de Din sobre mim, e tentei não ficar envergonhada com aquilo, mas era impossível.
— Pare de me encarar e veste a roupa – Mandei fitando seu corpo nú. Tentei não olhar muito, mas meus olhos analisaram cada parte, de cima á baixo.
Desviei o olhar quando meus olhos pararam em seu sorriso largo.
— Rápido – Avisei caminhando até seu banheiro. Fechei a porta em um baque, tentando controlar meu coração disparado e o calor que corria por meu corpo.
Corpos masculinos são bonitos. Muito bonitos.
Me encarei no espelho, me forçando a deixar de pensar no menino no quarto, que provavelmente estava vestindo a roupa. Mordi os lábios, abrindo um pouco da porta e observando Din colocar uma calça jeans com pressa, e depois uma camisa branca.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Nós Crescemos [✓]
Romance[ESSA É A CONTINUAÇÃO DE - "VOCÊ CRESCEU".] Depois da noite onde Dilan e Lory choraram nos braços um do outro e se beijaram, as coisas começam a mudar. Dilan Peterson tentará se livrar de traumas emocionais e coisas pesadas de seu coração. Uma jorn...