Capítulo 13.

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Lory.

- Você cresceu tanto - Fiz careta quando a mulher de cabelos loiros puxou minhas bochechas. - Da última vez que te vi, você era um bebê de colo. - Forcei um sorriso para ela, massageando a parte que ela me apertou.

- Sim, e você está uma moça tão bonita. Está com quantos anos? - A mulher que parecia mais amigável indagou. Ela possuía um lindo par de olhos azuis e longos cabelos ruivos. Deveria fazer muito sucesso no colegial.

- Dezessete - Murmurei. Minhas costas coçavam por causa do vestido que mamãe me forçou a usar. Odeio renda nas costas.

- Ah - A outra moça de cabelos curtos exclamou. Ela parece bastante com mamãe. - Já está com idade para namorar. - Revelou com um sorriso gentil. Senti minhas bochechas queimarem com sua afirmação.

- É-é - Concordei, brincando com meus dedos por cima da mesa, não me sentindo nem um pouco confortável. - Mas isso - Fitei mamãe quando ela me interrompeu.

- Tem um menino - As mulheres soltaram gritinhos com a fala de minha mãe. - Ele é uma menino lindo. Eles são amigos de infância. É um garoto tão gentil - As mulheres suspiraram de maneira apaixonada, e eu não consegui evitar de corar.

- Vou ir para meu quarto. - Afirmei com rapidez, porém mamãe me puxou.

- Fale mais para elas sobre Dilan. - Pediu com um riso divertido.

Merda.

...*...*...

Dilan.

- Eu sou um gênio - Sussurrei para Trevor, que juntou as sobrancelhas.

- Achei que gênios ajudassem a humanidade, e não, usassem seus dotes para assustar criancinhas. - Encarei seu rosto no escuro, rindo com seu queixo inchado.

- Eu posso ser um gênio mal quando quero. - Terminei de fechar o último envelope, rindo baixo com minhas palavras.

- Se a Lory conhecesse esse seu lado devasso... - Começou, me fazendo olhar para ele.

- Ela um dia vai conhecer. - Joguei os papéis dentro de uma bolsa, junto ao celular de mestra. - Vamos assustar criancinhas? - Indaguei, seus olhos brilharam como resposta.

- Eu adoraria - Os lábios de Trevor possuíam um riso travesso. Em silêncio, pulamos o telhado daquela enorme casa. Trevor foi na frente, vendo se os guardas estavam nos olhando. Pulamos para o muro quando confirmarmos que a área estava vazia.

- Eu me sinto um prizoneiro fugindo da prisão. - Comentei em voz baixa. Escutei Trevor rindo.

- Eu também, ainda mais com a porra desses guardas. - Ele pulando para rua. Joguei a bolsa nele e pulei.

- É longe? - Indaguei olhando ao redor. - Vamos precisar de um carro se for. - Trevor negou, andando de pressa e fazendo sinal para eu segui-lo.

A luz da lua já estava mais forte. O sol já não iluminava o céu com seus raios, agora as estrelas brilhantes faziam isso.

- Talvez você seja um gênio mesmo. Nunca pensaria em algo assim - Comentou de repente, me fazendo rir.

- Prefiro o termo: gênio do crime - Seus olhos se voltaram para mim, ele tinha um sorriso divertido nos lábios.

- Dilan filho da puta. - Murmurou rindo, e eu o segui. Nos olhamos e corremos para longe daquela mansão que parecia uma prisão.

O vento forte batia em meu rosto, me fazendo sorrir. Eu amo correr de noite, é uma sensação de liberdade. Sem perceber, aquilo virou uma corrida. Trevor me olhou de maneira vitoriosa, e eu corri mais rápido, o ultrapassando.

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