Capítulo 13

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Encontro-me na porta da casa do Michael. A campainha toca duas vezes e a Kelly abre a porta.
Kelly: Lena? Que bom que está aqui. Eu estava com saudades.
Lena: Eu também está com saudades.

Digo com um sorriso simpático no rosto e dou um abraço nela.
Lena: Então conseguiu entrar na banda?
Kelly: Sim claro. Me esqueci de te informar... me desculpe.
Lena: Não faz mal o importante é que você está feliz.

Ela afirma com a cabeça e com um grande sorrisão.
Kelly: Quer um café?
Lena: Não. Eu estou legal.

Ela se joga no sofá esticando as suas pernas na mesa de centro.
Michael: Kelly você viu o meu celular?

O Michael entra na sala todo distraído procurando o celular.
Kelly: Não. Mas achei o amor da sua vida.

Ele franze as sombrancelhas e depois me vê.
Michael: Lena?
Lena: Oi Michael.

Me levanto encarando os seus olhos azuis que estão claros por causa da luz do sol que entra pela janela.
Michael: Que surpresa boa. Eu não esperava você aqui... porquê não avisou que vinha?

Ele diz me abraçando e rapidamente me afasto do seu abraço.
Lena: Michael a gente precisa conversar.
Michael: Tá. Vamos para o meu quarto.

Sigo ele até o seu quarto, ele abre a porta e faz um gesto para eu entrar primeiro.
Michael: Não era suposto você estar na universidade a essa hora?

Ele questiona fechando a porta.
Lena: Sim. A gente saiu cedo hoje.
Michael: Entendi.

O Michael se aproxima de mim pegando os meus cabelos e me dá um selinho e consigo advinhar a sua intenção.
Lena: Michael... não.
Michael: Porquê não? Eu estou sentindo falta dos teus beijos sabia?
Lena: Michael eu vim só para conversar com você.

Ele revira os olhos e se joga na cama prestando atenção em mim.
Michael: Fala.

Suspiro e me sento na cama olhando para ele.
Lena: De onde conhece a Judy?
Michael: Ah de novo esse assunto?
Lena: Michael apenas me responda. Foi uma pergunta simples.
Michael: Mas eu já tinha explicado para você que eu só estava perguntando onde é que fica a sua sala para ela e ela disse que não conhecia nenhuma Lena.
Lena: E porquê estava discutindo com ela?
Michael: Porque ela estava te ofendendo.
Lena: Isso tudo é muito estranho. E como conheceu a Raquel.

Ele fica em silêncio por alguns segundos, o seu olhar fica pesado e o ar também. Ele se levanta da cama e se encosta na parede olhando para mim.
Michael: Lena aonde está querendo chegar com essas perguntas? Por acaso acha que eu tenho alguma coisa com a Raquel?
Lena: Com a Raquel?

Franzo as sombras e acho a questão um pouco estranha.
Michael: A Raquel é uma garota bastante popular e tem vários seguidores nas redes sociais. Os pais da Raquel são amigos dos meus pais. A gente se conheceu numa festa da família dela e ela acabou se apaixonando por mim.
Lena: Quê?! Ela se apaixonou por você?
Michael: É. Mas é claro que eu não fiquei quis saber dela. Ela não faz o meu estilo, quer saber eu nunca fui com a cara dela.
Lena: Por isso que ela reagiu daquela maneira quando a Judy falou de te.
Michael: A Judy falou de mim? E como a Raquel reagiu?

O tom do Michael demonstra preocupação, o que me faz estranhar.
Lena: Perguntou o que eu tenho a ver com você.
Michael: E o que você disse?
Lena: O que ela queria ouvir. Depois ela me xingou e eu dei uns tapas nela.
Michael: Quê?! Você fez mesmo isso?
Lena: Ela estava pedindo e merecendo.

Ele esfrega o seu rosto e tira a sua t-chirt branca tentando apanhar um pouco de ar.
Lena: Tem certeza que você não teve nada com a Raquel?
Michael: Mas é claro meu amor. Ela é uma louca e obcecada por mim até já veio ameaçar a minha irmã.
Lena: A Kelly?
Michael: É. Você não conhece a Raquel.
Lena: Eu não tenho medo da Raquel...

Começo me levantado e pegando a minha carteira.
Lena: ... Se estiver mentindo para mim, eu irei descobrir.
Michael: E você já vai embora.
Lena: Sim eu preciso ir.
Michael: Então deixa eu acompanhar você.
Lena: Não. Não precisa.
Michael: Tá. Mas amor não fique metendo muito essas coisas na cabeça. Não vale a pena.

Afirmo com a cabeça e abro a porta para ir embora.
Kelly: Lena você já vai?
Lena: Sim.
Kelly: Eu posso acompanhar você até ao portão?
Lena: É. Pode ser.

Ela abre um grande sorriso e corre para me acompanhar.
A gente fica conversando até ao portão.
Kelly: Depois eu te mando o vídeo da banda.
Lena: Tá. Eu ficareis à espera. Se deu bem com o Tony?
Kelly: Claro. Ele é muito legal, radical e... muito lindo, além de chato.

A gente ri lembrando da frase que ele mais gosta e usa  " não é assim que se faz".  O Tony é o meu primo, ele é um guitarrista e tem uma banda de rock. O Tony estava precisando de uma vocalista para banda. Logo pensei na Kelly, era perfeita para a banda.
Kelly: Muito obrigada Lena por me ajudar, por sempre estar do meu lado e por acreditar sempre em mim e pela força que me tem dado. Pô, você não existe... Sei que no início eu não ia com a tua cara, mas depois você me surpreendeu e me mostrou que eu estava errada ao seu respeito... Bem,eu não te vejo só como uma cunhada, mas como uma irmã. Por isso que eu vou partir o nariz do meu irmão se um dia ele partir o seu coração.

As lágrimas rolam sem parar em nossos rostos, a emoção é apalpável e a gente se abraça muito forte.
Lena: Pára. Não me faça chorar idiota.

Ela sorri limpando rapidamente os seus olhos.
Lena: Você é muito especial para Kelly. Eu te amo.
Kelly: Também te amo.

Depois desse momento fofo eu acabei me lembrando do que o Michael disse.
Lena: Kelly você conhece a Raquel Smith?
Kelly: Ah sim infelizmente. Ela é super sinistra.
Lena: Ela já veio para cá?
Kelly: Sim claro. As vezes ela vem com os seus pais quando há um almoço, e as vezes vem sozinha para ver o Michael.
Lena: Para ver o Michael?
Kelly: É. Mas sempre que a vejo por aqui ela está de saída.
Lena: Que estranho!

Mil coisas passam pela minha cabeça.
Kelly: Porquê está me perguntando isso? Aconteceu alguma coisa?
Lena: Não. Não aconteceu nada.

Me despeço da Kelly e vou  embora pensando no que ela me disse e no que o Michael me disse para poder entender o que está acontecendo.

Os passos do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora