Capítulo 82

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Nolan narrando

Emily: Você não podia ter feito isso.
Ela grita se sentando no sofá.
Ben: A violência não resolve nada man.
Nolan: Foi mal. Eu age sem pensar e não me controlei quando o filho da mãe me chamou de .... bem, vocês sabem.
Emily: Mesmo assim.

Ben: Bem, eu vou pro meu quarto.
Ele soube as escadas cruzando-se com a nossa mãe no meio das escadas

Mary: Oi filho.
Ben: Oi mãe.
Ele continua subindo as escadas e ela olha para a gente preocupada.

Mary: Está tudo bem?
Nolan: Está sim mãe.
Mary: ... Como o Jones está?
Nolan: Sobrevivendo.
Alguém toca a campainha e eu suspiro.
Emily: Deixa que eu abro. Eu estava indo mesmo para o meu quarto...

Ela abre a porta e olha para mim com olhar preocupado e com medo.

Mary: Quem é filha.
Policial: A polícia.
O meu coração acelera e me levanto imediatamente.

Lena narrando

Não acredito que dormi no parque. Parece que eu tive um pesadelo que infelizmente é a realidade.
Quando saí de casa fiquei andando pela rua sem rumo, mil coisas se passavam pela minha cabeça, até suicídio, mas a voz de Deus foi mais alta que qualquer outra coisa e eu sabia que ele estaria comigo sempre.
Dali fui à praia refletir pra meditar mais sobre as coisas e expor os maus problemas à Deus, só Ele poderia me ajudar.
Confesso que depois disso me senti mais leve e melhor. Voltei para a cidade e fui assaltada, levaram tudo o que eu tinha, que era o meu celular e a minha carteira de identidade, mas o importante é que ninguém me machucou.

Me senti fraca e não me apetecia voltar para casa mesmo com a fome que eu estava sentindo. Decidi ir ao parque e parece que peguei no sono num piscar de olhos.

Bem, eu acho que é a hora de voltar para casa e tentar conversar melhor com os meus pais.... eles devem estar preocupados comigo, eu acho.

Devo confessar que estou sentindo falta da minha cama e do meu travesseiro.

Quando abri a porta parecendo um zombie cheia de olheiras e o meu cabelo todo desembaraçado, o meu pai correu para me abraçar.

William: Filha você quase matou a gente de preocupação. Aonde você estava?
Lena: Por aí.
Digo com a voz fraca.
Lena: Mas eu estou bem.
Soraia: Eu não disse que ia voltar? Era só esperar, embora tudo isso nos causasse muita preocupação e desespero.
Lena: Será que eu posso ir tomar um banho? Depois a gente conversa.
William: Claro filha.
Ele arruma o meu cabelo e eu abro um leve sorriso e depois vou ao meu quarto.

Nolan narrando

Mary: Bom dia senhor policial.
A Emily fecha a porta enquanto a mamãe estende a mão ao policial.
Policial: Na verdade já é "boa tarde" senhora Smith.
Mary: Ah tá... mas há algum problema com o caso do meu marido?
Policial: Não minha senhora...
Ele olha para mim estreitando os olhos.
Mary: Então por que motivo o senhor está aqui?
Policial: Eu recebi uma denúncia de um dos jornalistas acusando o seu filho de agressão física?
A minha mãe olha para mim e põe a mão no peito.
Mary: Como assim?... não estou entendendo.
Policial: Ele agrediu um jornalista e há provas e testemunhas fidedignas para a acusação.
Mary: Filho você fez mesmo isso?

Nolan: Ele me ofendeu,tá? Ele me chamou do filho do assassino.
Policial: Bem...  Nolan Jones Smith, o senhor está preso.
Emily: Quê?!.... espera aí. Já não basta o meu pai estar preso agora vão prender o meu irmão também?
O policial assente com a cabeça e me algema.

A dona Mary passa mal sentindo náuseas e a gente a põe no sofá dando-lhe um copo de água.
Nolan: Mãe? Você está bem?
Mary: Você não pode ir preso também meu bebé.
Ela passa a mão no meu rosto e eu fecho os meus olhos sentindo culpa.
Nolan: Mãe eu prometo que eu não vou demorar na prisão e já já eu estarei de volta, eu juro... é só pensar que o seu filho ainda está acampamento numa boa, curtindo as férias.
Ela abre um breve sorriso.
Mary: Pare com as suas piadas. Esse é um momento impróprio pra isso... mas eu sei que vai passar.
Dou beijo na sua testa e depois encaro a Emily que está com os braços cruzados tentando não chorar.

Nolan: Não fique assim maninha.
Emily: Isso tudo é graças à sua irresponsabilidade.
Nolan: E aí? Você me perdoa?
Ela olha pra mim com cara de brava e put** da vida comigo e de repente ela me abraça.
Nolan: Hey. Está me esmagando baixinha.
Ela dá um leve tapa no meu peito.
Nolan: Isso foi em legítima defesa, ouviu? Não esqueça que o policial ainda está aqui.
Ela me puxa para si através das minhas golas.

Emily: Quando você sair da cadeia eu te autorizo a dar mais um soco na cara pálida daquele jornalista imbecil.
Ela sussurra no meu ouvido e eu abro um sorriso e pisco o olho.

Policial: Vamos.
O policial me leva e mais dois policiais me acompanham até ao carro. Quando o carro da polícia parou no portão a espera que se abrisse o jornalista se aproxima do meu vidro.

Jornalista: Vá e desfrute da companhia do papaizinho.
Ele diz rindo, mas o seu sorriso cai por terra quando eu o mostro o dedo meio todo sorridente.

Lena narrando

Ligo o chuveiro deixo a água quente queimarem a minha pele fechando os olhos para relaxar.

Depois do banho vou ao quarto da Nely.

Nely: Lena?
Ela me abraça chorando.
Nely: Você está maluca? Você não pode fazer isso comigo, nunca mais faça isso.
Acabo me sentindo mal por ter feito a minha família sofrer.
Lena: Desculpa. Nunca mais voltarei a fazer isso. Prometo.
Nely: Está desculpada.
Ela pega as mãos e faz sentar junto com ela na cama.

Nely: Ainda não estou acreditando que a minha princesinha encantada vai estudar muito longe de mim.
Lena: Eu também. Eu não aceito isso.
Nely: Bem Lena... olhe para o lado positivo das coisas, por mais que doa será bom tu ires aos Estados Unidos.
Lena: Não Nely, não.
Nely: Lena. Estamos falando do seu futuro.

Os passos do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora