Capítulo 47

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Ben: Eu acho que eu vou ficar com este quarto, é bem maior que o meu.
Lena: E se o Nolan quiser voltar?
Ben: Porquê que você é tão pessimista?... isso não vai acontecer.
Levanto a sobrancelha e o garoto se dirige à porta.
Ben: Gatinha eu vou tomar um banho. Estava jogando futebol, estou suado.

Gatinha?? Esse garoto!!! Ahahaha

Lena: Tá. Até já.
Pego no Jazz e volto para o quarto da Emily. Ela está atrapalhada em abrir uma caixa, aliás um monte de caixas.

Lena: Pra quê tudo isso?
Emily: Olha eu encomendei secador, máquina de pintar cabelo...
Lena: Espere aí... isso tudo é necessário?
Ela suspira como se eu tivesse dito algo sem sentido nenhum.
Emily: É melhor você me ajudar.
Lena: Porquê que você não me disse que tinha um irmão mais novo?
Sento me levantando a sobrancelha.
Emily: Ahamm você já conhece o Ben!
Ela prende o seu cabelo e depois me encara.

Emily: Bem... quando eu era criança os meus pais já não se entendiam muito bem, discutiam sempre e o meu pai vivia bebendo. O meu pai decidiu sair de casa e ficou um bom tempo longe de nós. Depois de alguns anos ele voltou para casa e a mãe do Ben trouxe ele para cá e sumiu do mapa.
Lena: Nossa! E porquê que levaram ele à Paris?
Emily: O garoto aprontava muito no colégio em que estuda aqui em Londres, cada semana o meu pai era chamado para uma reunião com o diretor. Por isso a mamãe sugeriu a ideia de colocá-lo em um internato em Paris para que ele mudasse de comportamento.
Lena: E ele mudou?
Emily: Então... Eu não sei. Mas quem convenceu o meu pai para que o Ben voltasse foi a avó Rose.
Lena: Eu não quero me meter, mas eu acho que essa decisão de levá-lo ao internato não foi a melhor ideia. Ele precisa de ficar perto da sua família, de ter atenção e crescer com os seus irmãos por perto.
Emily: Isso é verdade. Eu estava com saudades dele.

A Mary abre a porta com um sorriso na cara lendo algo em seu tablet.

Emily: Oi mãe.
Ela tira os olhos do seu tablet e nos encara
Mary: Oi filha... oi Lucy.
Emily: É Lena mãe.
A Emily revira os olhos e eu rio.
Lena: Como está a senhora?
Mary: Estou bem querida.
Emily: Qual é o motivo do bom humor?
Mary: Acabo de ler algumas coisas sobre a nossa empresa nesta revista e eu amei. Estou super feliz e animada com isso.
Emily: Que bom né.
Mary: Vamos. O almoço já está pronto.

A gente desce para o almoço e todo mundo já estava sentado à mesa, excepcto o pai da Emily.
Mal meto o garfo na boca e o Nolan chega com um ótimo humor.

Nolan: Família reunida? Que lindo!
Ben: Nolan?
O garoto vai correndo abraçar o Nolan, os dois trocam abraços e sorrisos como bons amigos que não se vêm há anos.
Rose: Meu querido neto!
O Nolan caminha em direção à dona Rose que está sentada ao meu lado na mesa, ele olha para mim enquanto beija a mão da sua avó e depois a abraça.
Bebo um pouco de água tentando acalmar o meu coração que não pára de bater fortemente.
O Nolan arrasou no visual hoje até pintou as pontas do cabelo de loiro e fez um corte nos lados e o seu cabelo está mais volumoso e brilhante. Os seus olhos estão mais realçados e eu estou babando rios.

Rose: Pensei que você não viesse querido.
Acordo dos meus pensamentos me focando de volta na mastigação da carne que está uma delícia e que estava na minha boca eu havia me esquecido disso.
Nolan: Pois é avó... se o Ben não tivesse me informado que vocês já estão de volta, eu não saberia e eu não viria... porque certas pessoas não tiveram a gentileza de me informar.
Ele ironiza brincando com os seus dedos em volta de uma taça vazia.
Emily: Essas certas pessoas estão bem bravas com você, viu?
Nolan: E porquê se eu não fiz nada?
Emily: Claro né. Você nunca faz nada.
Nolan: Olha eu não estou vendo motivos para você ficar assim, simplesmente você está fazendo uma feijoada de amendoim. Se for pelo assunto que eu estou pensando você deveria ficar tranquila, mas em todo caso, quando estiver mais calma me procure.

A Emily revira os olhos com uma expressão brava e eu não estou entendendo nada.
Emily: Eu não vou procurar você nem hoje, nem amanhã e nem nunca, entendeu? E só pra deixar bem claro eu não sou mais a sua irmã.
O Nolan sorri.
Nolan: Você é muito fofa.
Mary: Parem já com isso vocês dois. Que inferno! A minha enxaqueca está piorando por vossa causa.
Rose: Mas porquê vocês dois estão discutindo dessa maneira? Parecem duas crianças.
Nolan: A criança aqui é a Emily que está tendo uma atitude infantil.
Ben: Xiii... alguém joga uma água na cara da Emily por favor?! Que ela está fervendo.
Mary: Ben?! Não piore você também.
Ben: Ué. É ruim hein!
Lena: Gente não vamos estragar o almoço de boas vindas da dona Rose por coisas nada a ver né.
Rose: Obrigada minha querida. Só você.
O Nolan e Emily olham para mim e depois cada um se foca no seu prato.
Lena: Como foi a viagem?
Rose: Foi muito boa. Eu amo Paris! Deu para relaxar.
Mary: Então sogra isso quer dizer que aqui a senhora não relaxa?
Rose: Não. Não foi isso que eu quis dizer...
Mary: Então o que a senhora quis dizer?
Nolan: Mamãe?! Você poderia parar?
A Mary pousa os talheres olhando para o Nolan.
Mary: O que foi agora?
Jones: Oi família!
O pai do Nolan se senta todo feliz abrindo um botão do seu terno.

Jones: Do que estavam conversando?
Nolan: Nada de interessante pai.
O grande senhor Jones Smith, dono de uma das grandes empresas de vinho me encara com um sorriso largo.
Jones: Que linda moça temos aqui! É amiga da Emily?
Fico sem palavras, nunca o tinha conhecido pessoalmente, já sei a quem o Nolan saiu.
Emily: Sim pai. Ela é a Lena, a minha melhor amiga.
Jones: É um prazer Lena.
Ele diz num tom simpático.
Lena: O prazer é todo meu senhor Jones.
Retribuo o sorriso.
Mary: Ela é a filha dos James.
Jones: Como vai o Williams?
Lena: Bem graças à Deus.
Meto um pedaço de carne na boca enquanto encaro o rosto lindo do Nolan.
Rose: Você e o Nolan ainda estão juntos querida?
Me engasgo com a carne tossindo contra o guardanapo.

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