Capítulo 39

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Lena narrando

Acordo com um cheiro delicioso no ar, que só aumentou a minha fome e o meu apetite.
Sigo o cheiro depois de ter ido ao banheiro cuidar da minha higiene.

Quando chego na sala de jantar vejo a mesa toda receada com bastante coisa boa e seis variedades de bolos. Não sei o que falta nessa mesa, mas acho que tem tudo o que eu gosto.

A Nely me cumprimenta e se senta à mesa com um ar faminto.

Lena: Nossa. Vamos receber algum convidado  da realeza?
Nely: Nem por isso.
Lena: Para quê tudo isso então? Porque a mamãe ainda não voltou de viagem e você não seria capaz de fazer um café assim só para nós as duas... espera aí. O John vem tomar o café com a gente?
Digo rindo e a Nely me joga uma cereja na testa.
Lena: Au! Aprendeu a ser dona de casa?
A gente ri e ela faz uma careta.
Nely: Está me subestimando?
Lena: Talvez.
Digo me sentando e já pego o
um bolinho de natas para à boca.

Nolan: Bom dia James. Gostou do café?
Pauso o bolinho perto da minha boca quando ouço a voz que provavelmente estragará o meu dia.
Nolan: Está sem palavras? Eu entendo. Aliás, quem teria palavras com essa bela surpresa?
Lena: O que você está fazendo aqui?
Nely: Ele é que fez tudo isso para o café da manhã.
A Nely diz sem parar de deliciar-se com tudo que está na mesa.

Lena: Como assim foi ele?
Nely: Estou dizendo que foi ele. Sabe eu já estou começando a gostar desse rapaz.
O Nolan dá um sorriso e eu sinto mais raiva desses dois.
Lena: Porquê fez isso?
Nolan: Bem você sabe que eu estou morando sozinho...
Ele começa e eu reviro os olhos.
Lena: Sei sim e da melhor forma, mas o que isso tem a ver?
Nolan: Fica muito cansativo tomar o café da manhã sozinho.
Nely: É. Nisso você tem toda razão.
Lena: Eu não estou acreditando nisso.
Bebo um pouco de água e depois encaro o Nolan.

Lena: E porquê não chamou as tuas vagabundas para te fazerem companhia no café?
Nolan: Pois é. Eu não pensei nisso porquê só pensei em tomar o café com você.
Ele mostra um sorriso para parecer convincente e a gente troca olhares, mas acabo me lembrando que não devo acreditar nele nem com bolinho de natas na mão, que por acaso perdi toda a vontade de comê-la.
Lena: Então que volte para à casa dos seus pais.
Nely: Lena deixe de ser chata.
Nolan: Não se preocupe. Eu já estou habituado.
Ele ri e eu reviro os olhos.

Nolan: Pode comer à vontade. Eu não vou envenenar você.
Lena: Foi você que entrou na cozinha?
A Nely se mata de rir e eu a acompanho.
Nolan: O que foi?
Lena: Nem sei porquê que perguntei.
Nely: Ele encomendou tudo isso. Não se iluda.
O Nolan se senta ao meu lado e só de sentir o perfume dele o meu coração acelera.
Nolan: É melhor a gente comer senão a Nely não vai deixar nada para a gente.
A Nely ri e parecemos uma família tomando o café da manhã se passando pão e queijo que está do outro lado da mesa.

Depois de cinco minutos a Nely se levanta da mesa com muita pressa quando ela lê uma mensagem.
Lena: O que aconteceu Nely?
Naly: Depois te explico... estou com muita pressa. Aproveita aí o seu café.
Ela pisca o olho e sai correndo.

Nolan: Gostei da sua irmã.
Lena: Claro vocês são cúmplices.
Ele pega na minha mão pousada sobre a mesa e depois olha para mim.
Nolan: Lena eu... quero...
Lena: Ir embora? Pode ir. Você já terminou o café mesmo.
Desvio o meu olhar e ele revira os olhos depois de ter respirado fundo.
Nolan: Você quer que eu vá embora?
Lena: Se você quiser pode ir. Eu te acompanho até a porta se for preciso.
Me levanto da mesa e ele faz o mesmo. O telefone do Nolan toca quando o acompanho  à porta.

Os passos do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora