Capítulo 25: Contando a verdade

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Me chame de arrogante
Me chame de fria
Você está em itálico
E eu estou em negrito.

Sophia

Eu estava andando pelos corredores, quando escuto vários choros.

Espio pela parede.

Era a Sarah

Eu odeio ela de verdade, mas eu realmente não sei se eu deveria chegar perto.

Não vou chegar perto.

Continuo andando por aí, quando me sento em um banco.

-Você e a sua boca sempre desiquilibrada. - Diz Dylan.

Eu olho pra ele.

-Porque você não para de encher e volte pra suas duas namoradas desiquilibradas em dobro? -Pergunto.

Ele senta ao meu lado.

-Porque você não me estressa.

Dou um leve sorriso.

-A gente precisa descobrir quem matou a Hanna, e o porque fizeram isso e o por que a gente está sendo a base de experimentos.

- Sophia. Hoje a noite eu vou invadir a cabine do diretor. Na verdade eu nem iria fazer isso, mas eu sou muito curioso e eu preciso de alguém pra ir comigo. E eu sei que você não negaria isso.

Dou um tapa no ombro dele, sorrindo.

-Bom garoto! Vamos sim, 22:00 horas, se encontra aqui no mesmo local, tchau!- Digo e saiu correndo.

21:30 Pm

Eu estava colocando algumas coisas dentro da minha mochila. Pego uma lanterna.

Abro a porta do dormitório levemente, olhando pra trás pra ver se as meninas não ia me ver, quando esbarro no peito de alguém, era alto e forte.

Bryan tampa a minha boca e me tira daquele lugar.

-Aonde você está indo? - Perguntou ele.

-Seu maluco! O que você quer seu estúpido? deu pra me vigiar agora? -Cochicho.

Bryan coloca as mãos na minha boca e me leva pra longe.

Dylan

Já eram 22:15 e nada dela! Não acredito que ela vai amarelar.  E eu não quero invadir aquele lugar sozinho.

Reviro os olhos e vou sozinho. Encara Dylan. 

Chegando a cabine do diretor, abro a porta lentamente com a chave que eu tinha roubado do zelador.

-Se você está se achando esperto está enganado.

Droga.  Droga. MARY PORRA.

-O que você está fazendo aqui Marya? - Pergunto.

Ela toma a chave da minha mão e abre a porta. Sempre querendo se achar a dona do mundo. Meu Deus.

Eu entro na cabine.

-Sai daqui. Deixa eu fazer isso sozinho, para de se meter.

-Porque não vai tratar a sua namoradinha como lixo?

- Não é a hora e nem o lugar adequado pra começar a falar disso. -Digo.

Ela bufa e começa a olhar ao redor da sala enquanto eu procurava  provas sobre Hanna.

-Por que está tão interessado na Hanna?

- Como sabe o que eu estou procurando? - Digo olhando pra ela.

- Você não é nada discreto com as suas amiguinhas.

-Está me vigiando? - Pergunto.

-Meu tédio é pior que a sua vida. - Murmurou Marya.

Dou as costas pra ela e continuo procurando.

-Preciso te contar uma coisa. -Diz Marya me puxando e me obrigando a olhar para o seu rosto.

-Fala logo - Sou frio nas palavras.

- Eu estou com medo. - Diz ela.

- Não temos tempo pra isso -Falo me virando de costas novamente, mas ela me puxa de novo, os seus olhos estavam marejando.

-Eu... Eu escutei a Sarah sendo estuprada.

Eu arregalo os olhos.

-O quê? -Cochicho.

-Eu devia ter feito algo, mas eu fiquei assustada e comecei a lembrar de várias coisas, que eu acabei congelando.

-Você devia ter feito algo! - Afirmei quase gritando. Mas eu estava assustado.

Eu não sei se isso que eu falei foi o certo.  Ela devia estar assustada no momento, mas quem estava mais assustada?Com certeza era a Sarah.

- Eu não sei quem foi, mas era uma voz de um cara mais velho e um pouco conhecida. Dylan.

Eu vejo ela começar a ficar mais nervosa, eu a abraço.

- Tudo bem, a gente vai resolver isso antes que tenha a próxima vítima. Só relaxa ta bom? Vamos focar na Hanna hoje, e amanhã a gente pode ver o que possamos fazer.

Ela se acalma. Coloco um cacho dela atrás da orelha. E logo me afasto. Foco Dylan... Foco.

Começo a procurar mais pistas enquanto penso em Sarah e o que ela tenha passado com esse monstro. Agora entendi o desenho dela. Ela devia querer mostrar alguma mensagem.

BEM VINDA AO INFERNOOnde histórias criam vida. Descubra agora