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J e o n


Lavava minhas mãos enquanto encarava meu reflexo no espelho e sorri sacana com a visão que tive a minutos atrás. Park Jimin me flagrou batendo uma agora a pouco e simplesmente não fez nada, nem falou nada, apenas me encarou boquiaberto e bateu a porta com força saindo as pressas do banheiro.

Sua reação foi cômica.

Soltei um riso com a lembrança e sequei minhas mãos na minha calça mesmo, logo me olhando no espelho e arrumando meus cabelos, os jogando pra trás, expondo minha testa.

Saí do banheiro e me deparei com o corredor meio cheio de pessoas, algumas se pegando pelas paredes, outras apenas conversando e se embebedando. Caminhei sem pressa, descendo as escadas e indo direto pra cozinha, atrás de uma boa bebida. Mas assim que adentrei o lugar, fui parado e puxado pelo braço por alguém até um canto vazio da cozinha.

Era Eunwoo.

— Caralho, me ajuda cara.— ele suplicou pra mim, com a feição assustada. Apenas o encarei confuso.

— Com o quê?

O vi olhar em volta, então se aproximar mais de mim, como se estivesse prestes a contar um segredo:— Eu... eu meio que, traí a Nayeon.

Levantei uma sobrancelha e o fitei indignado, mas ao mesmo tempo confuso com o que ele disse.

— Como assim?

— Com a Jeongyeon. Acordei na cama dela, e estávamos semi-nus. Eu não lembro de porra nenhuma daquela noite!— ele exasperou, eufórico.

— Você tá me dizendo que traiu sua namorada com a melhor amiga dela, é isso?— o indago. Ele assente meio acuado, o que me faz soltar um riso descrente.

Ponho minhas mãos no seu ombro, o vendo se encolher imediatamente e me direcionar um olhar perdido. O encaro nos olhos afiadamente.

— Você tá muito fodido.— eu o digo, seriamente. O vejo choramingar e jogar a cabeça pra trás.— Você só tem duas opções.— volto a dizer, e ele rapidamente se recompõe e me encara esperançoso.— Contar a verdade pra ela logo e tentar se resolverem, ou esconder isso dela e continuar seu belo relacionamento infiel vivendo com essa culpa para sempre.— enfim digo, o fitando sério.

Ele solta a respiração longamente.

— Eu vou contar. Não agora.— ele finalmente diz.

— Quanto antes melhor, cara. Não prolonga essa mentira, só vai ser pior.

— Eu sei, vou contar sim, prometo. Só preciso... pensar um pouco sobre toda essa situação.

Dou um tapinha na sua cabeça e assinto:— Ok. Boa sorte com isso.

Ele tenta sorrir pra mim mas vejo que está extremamente chateado com isso. Sorrio de volta e dou meia volta, saindo da cozinha. Passo entre a multidão de pessoas bêbadas e drogadas pela sala, indo na direção da porta da frente. Antes mesmo de conseguir sair, levo meu olhar para o ser de cabelos vermelhos que está escorado no batente da porta, conversando com uns adolescentes. Assisto ele pegar uma nota de um deles e logo depois entregar um saquinho pra eles, enfim eles vão embora. Me aproximo de si e paro ao seu lado, e quando ele percebe minha presença abre um grande sorriso pra mim.

— Fala zé ruela! Tá curtindo a festaça? Quer comprar mais coisitas?— ele, o Cereja, me diz, todo sorridente. Rolo os olhos e nego, o vendo dá de ombros.

— Quando é que vai mudar essa cor horrível desse seu cabelo, uh?— o indago, sacana. Ele franze o cenho pra mim e me desfere um tapa um pouco forte no meu ombro.

— Vai se foder, seu zé ruela! Saí daqui e me deixa vender meu negócio!— ele esbraveja, me fazendo rir e negar com a cabeça. Me distancio de si e saio da casa, mas olho pra trás, pra ele, o mesmo ainda me encara enraivecido de longe.

— Sério, você não combina com vermelho!— eu grito pra ele, o vendo rolar os olhos e me dar o dedo do meio, só me fazendo rir mais.

Já do lado de fora, caminho lentamente pelo gramado da casa. É um quintal realmente grande, Kai definitivamente caga dinheiro. Dou a volta pela casa, indo direto para os fundos, onde há menos pessoas. Avisto um ser de cabelos laranjas, escorado na madeira da parede da casa, levando um baseado já no final para os lábios fartos e tragando lentamente, enquanto olha para um ponto fixo. Sorrio divertido e me aproximo de si.

— Por quê está aqui sozinho, babe?— eu pergunto, assim que paro a sua frente. Jimin rola os olhos pra mim e abaixa o baseado, soprando a fumaça no meu rosto.

— Por quê? Estava me procurando, lindo?— ele solta, me encarando risonho.

Nego com a cabeça, sorrindo sacana pra si. Me aproximo mais dele, encaixando minha coxa no meio de suas pernas e espalmando ambas as mãos ao lado de sua cabeça, o fitando intensamente.

— Gostou do que viu, lá no banheiro?— pergunto, entreolhando de seus olhos pra sua boca carnuda. O vejo passar a língua pelo o seu lábio inferior, me fazendo tomar uma respiração longa.

— Você é muito safado, Jeon.

— Certamente.— eu afirmo, abrindo o maior sorriso:— Quer saber no que eu estava pensando enquanto me aliviava? Ou melhor, em quem?

Ele prende o lábio nos dentes e aperta suas pernas contra minha coxa que está entre elas, me fazendo soltar um resmungo e me aproximar mais de seu corpo.

Hm?— ele murmura pra mim, maltratando seus lábios com os dentes, os deixando inchados e vermelhinhos.

Aproximei meu rosto do seu, e colei minha boca na sua orelha, passando a língua de leve no lóbulo de sua orelha, o ouvindo arfar baixinho contra meu pescoço e apertar meus ombros fortemente. Cheiro seu pescoço, roçando o nariz na sua pele, e enfim digo:

— Enquanto bombeava meu pau eu imaginava que era a sua boca no lugar de minha mão, me chupando e me engolindo inteiro, se engasgando no meu pau enquanto eu fodia essa sua boquinha gostosa.

O senti estremecer abaixo de mim e respirar profundamente.

Me afastei do vão de seu pescoço e voltei a o encarar nos olhos, o vendo me fitar de volta, com suas orbes intensas e penetrantes.

— Só nos seus sonhos, lindo.— ele me respondeu, com o rosto colado no meu, roçando nossas bocas de leve. Eu sorri sacana com sua resposta.

— Você ainda irá implorar pelo o meu pau dentro de você, babe.— eu soltei, sorrindo malicioso. Roçei nossas bocas mais um pouco e me afastei completamente de seu corpo, agora na sua frente com uma certa distância. O vejo sorrir de volta e se desencostar da parede.

— A menos que eu te faça implorar pelo meu dentro de você antes, lindo.— Jimin também soltou, numa provocação divertida, tomando uma atitude e se aproximando, me dando um beijo no canto de minha boca, me fazendo petrificar no lugar e o encarar, enquanto prendo a respiração:— Até depois, Jeon.— ele sorri uma última vez e começa a caminhar pra longe.

Não sei se fico muito confuso com ele ter aceitado minhas provocações ou com muito tesão no seu simples beijo que ele me deu. Joguei a cabeça pra trás e soltei um riso divertido.

Entendido Park Jimin.

Vamos ver quem vai implorar primeiro.

𝐀𝐭 𝐭𝐡𝐚𝐭 𝐧𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐓𝐄𝐗𝐓𝐈𝐍𝐆 ʲʲᵏ⁺ᵖʲᵐOnde histórias criam vida. Descubra agora