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J i m i n


- Cuidado onde pisam! Podem ter cobras ou insetos venenosos!- assim que o Professor Dae disse tais palavras eu vi de relance Taehyung ao meu lado arregalar os olhos e automaticamente olhar para o chão.

- E você só diz isso agora Sr. Dae?- Taehyung exasperou ao meu lado, olhando em volta, atento a qualquer movimento. Eu ri internamente do seu mini ataque, mas por dentro também estava com um pouco de medinho, odeio cobras.

Sr. Dae estava lá na frente, liderando a caminhada da turma pela trilha até a subida. Do meu lado só havia Taehyung, Nayeon e Jeongyeon estavam juntas de braços dados atrás de nós. Os outros garotos devem estar atrás delas, espalhados, junto com o resto da turma, que são aproximadamente vinte pessoas.

Eu já estava começando a ficar cansado, e a cada segundo um inseto pousava no meu pescoço, ou no meu braço desnudo, e isso me irritava. Ainda bem que me enchi de repelente. Meus pés estavam começando a doer, e meu cabelo já estava se ressecando pela umidade do suor na minha testa. Ele não pode ressecar e ficar feio, eu acabei de trocar de cor! Sim, eu pintei meu cabelo.

Agora ele está loiro.

- Preciso de água.- ouço a voz de meu amigo ao meu lado. Olho pra ele e vejo Taehyung suspirar pesadamente, abanando o rosto com as mãos.

- Namjoon tem água.- eu digo, o vendo me encarar e assentir. Ele prontamente sai, me dizendo que volta já, e caminha pra trás. Assinto e volto meu olhar pra frente, já podendo ver o topo de um templo lá do alto ao longe.

Quando passo a palma da mão no rosto, limpando o resquício do suor da minha testa, ouço aquela voz.

- Gostei do cabelo. Combina com você.- rolo os olhos quando Jungkook diz. Olho pro lado, o vendo caminhar comigo no mesmo lugar onde Taehyung estava antes.

- Obrigado.- o respondo direto e seco.

- Por que está irritado?- ele indaga, com o cenho franzido pra mim.

- Porque você me irrita.- digo e bufo logo em seguida, olhando pra frente e caminhando apressado, tentando o despistar, mas ele vem atrás de mim no mesmo ritmo que eu.

- Eu? Eu não fiz literalmente nada. Na verdade, te elogiei.- ele voltou a dizer. O encarei e vi seu sorriso sacana nos lábios pra mim. Rolei os olhos e voltei a olhar pra frente, na tentativa de o ignorar.

E deve te dado certo, pois ele finalmente se calou e assim permaneceu a caminhada toda. Uns bons vinte minutos depois, chegamos ao topo, ao nosso destino. E realmente, era lindo de se ver, valia a pena. O templo era enorme, e ficava logo no início do morro, bem na entrada. A gente passou por ele e quando saímos lá no final, várias cabanas espalhadas em volta. Aqui em cima o mato era menos, quase não se tinha. Algumas árvores em volta, e uma grande fogueira apagada no centro. Eram aproximadamente dez cabanas, todas uma ao lado da outra, com uma certa distância entre elas. Havia uma cabana solitária perto do templo, presumi que fosse do Prof. Dae.

- Eu irei escolher quem vai dormir com quem nessas duas noites. Será no sorteio mesmo, pra não dar briga entre vocês. Você podem descansar agora. Daqui algumas horas iremos conhecer o templo e a história dele, e prestem atenção em tudo, irei passar um trabalho especial sobre esses dias aqui, vocês terão que fazer um relatório. Amanhã cedo vamos a cachoeira que tem aqui perto, ao lado dela mora um monge, iremos conhecê-lo. E ao final da tarde estarão livres para fazerem o que quiser.- o Professor Dae ditava, tomando nossa atenção em cada palavra. Todos assentimos e nos sentamos ao redor da fogueira.

Foi diferente o jeito que ele sorteou as duplas. Primeiro, Dae pediu para nós fecharmos os olhos, e assim fizemos. Ele ficou no centro. Explicou que iria ditar palavras desconexas, como: morango, viagens, mãe, espelho e etc. E nós teríamos que levantar a mão toda vez que gostarmos de uma palavra que ele disser. Por exemplo, agora:

𝐀𝐭 𝐭𝐡𝐚𝐭 𝐧𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐓𝐄𝐗𝐓𝐈𝐍𝐆 ʲʲᵏ⁺ᵖʲᵐOnde histórias criam vida. Descubra agora