A chegada

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Acordei e eram 5 da manhã, ainda estava de noite. O Tom ainda estava do meu lado e também acordou. Nisto ouço no altifalante: "Próxima paragem, Segóvia". Madrid era logo a seguir por isso mantive-me acordada.
- Não me sinto bem ao deixar-te sozinha por aí... onde é que vais focar alojada? - perguntou o Tom.
- Acho que agora vou procurar um hotel barato e fico lá até encontrar uma família que me receba, pois poupo mais dinheiro.
- Nem pensar! Não te vou deixar andar por aí com 1 trolley e 2 mochilas sozinha o tempo que calhar. - discordou.
- Não tenho outra alternativa!
- Vens pra minha casa e depois procuramos por uma família disponível.
- Não, eu fico bem, o teu pai não vai ficar muito contente por ter uma hóspede inesperada e desconhecida.
- Tu não conheces mesmo o meu pai, é a pessoa mais amorosa à face da terra, vai ficar mesmo feliz por ter lá alguém, acredita em mim! Vem comigo, por favor!
- Prontos, está bem, mas só por uma noite e depois vou, não quero estar a incomodar.
- Não incomodas nada!

Já estava a amanhecer e passado +/- uma hora e meia chegámos a Toledo. Era uma cidade histórica linda, tinha parecenças com Segóvia, pois muitos dos edifícios eram feitos de pedra.

 Era uma cidade histórica linda, tinha parecenças com Segóvia, pois muitos dos edifícios eram feitos de pedra

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Chegámos à estação e o Tom ligou ao pai pra nos vir buscar. Não lhe tinha dito nada de mim porque queria fazer-lhe uma surpresa, segundo o que ele me disse. Passado um quarto de hora ele chegou.
- Pai! - exclamou correndo pra ele e abraçando-o fortemente.
- Olá filho e olá...
- Domi! - disse enquanto ele me apertava a mão.
- Pai desculpa não ter dito nada mas a Domi pode ficar connosco uma noite? Ela está sozinha e é só enquanto não encontramos uma família que a acolha em Madrid, pois é pra lá que ela vai. - pediu cautelosamente.
- Se não se importar claro, se não puder eu entendo perfeitamente e arranjo outro lugar pra ficar. - disse.
- Não! Não há problema algum! Mas o que te traz sozinha a Madrid? - perguntou Peter, o pai de Tom.
- Situação complicada e longa história.

Entrámos no carro e fomos pra casa do Peter. Era pequena e acolhedora e muito elegante. Era amarela por fora, o telhadilho era laranja como a maioria das casas lá, e por dentro as paredes eram de diversas cores.
- Como vivo sozinho só tenho um quarto com uma cama de casal por isso eu posso dormir no sofá, o Tom dormir no chão do quarto ou da sala num colchão insuflável que tenho e Domi ficas com a cama. - disse Peter.
- Oh, não há problema eu posso ficar no sofá ou no colchão.
- Nem pensar, queremos que fiques confortável. - discordou completamente o Tom.
- Exatamente! - concordou o seu pai.
- Prontos, vocês é que mandam ahah! - aceitei.
- Acomoda-te à vontade e descansa um pouco. Eu e o meu pai vamos procurando famílias em Madrid. - disse-me o Tom enquanto me acompanhava para o quarto.
- Obrigada Tom, por tudo. - agradeci.
- Ora essa!

Pousei a mala, deitei-me na cama e, finalmente, liguei o telemóvel. Eram 8h30 da manhã. Tinha 15 chamadas perdidas dos meus pais, 7 do Kevin, e 5 das meninas, e um total de 31 mensagens. Ao ver este n° de notificações pensei: Nem pensar que vou ler e responder a tudo isto agora, vou dormir e quando acordar penso nisso.
E foi o que fiz.

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