Adeus

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Eu começo a ficar com a visão embasada, sinto novamente uma dor forte na cabeça. Tudo parece escurecer vejo uma luz bem no final da escuridão, alguém vem se aproximando.

- (Carla) Quem está aí?

- (Elizabeth) Não está me reconhecendo? Irmã.

- (Carla) Elizabeth...oh meu Deus, Elizabeth é você mesmo?

- (Elizabeth) Claro que sim, dessa vez sou eu de verdade!

- (Carla) Então quem era a outra pessoa? Ela parecia muito com você.

- (Elizabeth) Aquilo não é uma pessoa, e está bem longe de ser igual a mim. Aquilo é um espírito maligno, um espírito atormentando pelo próprio pecado.

- (Carla) Entendo, mas o que ele fez de tão grave? E por que você está tão distante?

- (Elizabeth) Eu não sei bem qual o pecado que ele fez, mas o que eu sei foi que ele passou pela mesma coisa que eu.
E eu não posso chegar mais perto.

- (Carla) Por coisas igual a você, Como assim?

- (Elizabeth) Foi sobre a borboleta, a borboleta está por trás de tudo. Ela manipula as pessoas.
Irmã por favor, você promete que vai tomar cuidado?

- (Carla) Claro mas...eu queria te dar um abraço, queria poder olhar o seu rosto outro vez.

- (Elizabeth) É complicado, o demônio que está disfarçado de borboleta está me mantendo presa, ele é muito poderoso, e por isso não posso me revelar por completo. Mas eu consegui despistar ele, e eu vim apenas te avisar, alertar o perigo que você corre. Você precisa deter ele!

- (Carla) Deter? Como...eu não sei se eu posso.

- (Elizabeth) Você pôde, eu sei disso. Aliás...

- (Carla) O que? Conte...viu algo?

- (Elizabeth) Carla, não dá mais tempo, terei que fugir...Ele está se aproximando, mas antes... para selar ele você precisa de "Sal, crucifixo, água benta", e encontrar alguém que saiba fazer exorcismo. Mas tem que ser rápido. infelizmente tenho que ir...irmã...eu só quero lhe dizer uma coisa, Eu te amo. Adeus.

- (Carla) NÃOOOO! Elizabeth por favor, volte. Eu preciso de você.

Eu tento correr em direção a ela, quando estou prestes a segurar a mão dela...ela se vira olhando para os meus olhos com um sorriso no rosto e diz ''Vai ficar tudo bem", e depois vira pó diante dos meus olhos. Tudo ficou um silêncio eu começo a chorar, uma voz doce e suave chama pelo meu nome.

- (Marcos) Carla, Carla, Carla, acorde por favor!

- (Carla) ELIZABETH!

- (Marcos) Fique calma, sou eu o Marcos.

- (Carla) Onde estou?

- (Marcos) Estamos na minha casa, você teve outra convulsão desmaiou, porém ficou chamando por sua irmã.
Suas tias ficaram sem entender nada.

- (Carla) Eu fico triste, pois não pude ficar até o final do enterro.

- (Marcos) Tudo bem, todos entenderam que você não estava bem. Por favor, me conte o que está acontecendo, porque anda tendo essas alucinações? Desde quando você sofreu aquele acidente você não tem dormido bem e também tem tido muitas convulsões. Estou começando a ficar preocupado com você.

A garota e a BorboletaOnde histórias criam vida. Descubra agora