A garota e a Borboleta

Jogo de cartas

Quando estamos saindo, meu pai me liga...achei estranho, ele também nunca foi presente nas nossas vidas.

- (Lúcio pai de Carla) Alô?...esse é o número da Carla?

- (Carla) Oi, é sim, quem gostaria?

- (Lúcio) Oi filha, não está reconhecendo a voz do seu pai?

- (Carla) P...pa...pai!

- (Lúcio) Ué, por que ficou surpresa?

- (Carla) Não é óbvio?... você nunca me liga e também nem compareceu ao enterro da Elizabeth!

- (Lúcio) Eu sei filha, eu sei...mas eu estava muito ocupado, muitos contratos para fechar...muitas reuniões, aí acabei ficando sem tempo, Me perdoe.

- (Carla) Perdoar?, PERDOAR?! Por acaso você acha que eu tenho cara de palhaça?!

- (Lúcio) Por que está agindo assim com o seu próprio pai, filha?, Eu juro...eu tentei fazer de tudo para ir ao enterro da sua irmã, mas infelizmente não consegui.

- (Carla) Pai, por favor, não me ligue mais! Você passou dos limites.
Espero que você possa pensar no que fez, e talvez depois você venha me procurar para pedir perdão!
Tchau, passar bem.

- (Lúcio) Car...

Desliguei o Celular na cara dele, Joice ficou sem entender. No meio dessa ligação, nem tinha percebido que tínhamos chegado.

- (Joice) Pronto.

- (Carla) Já chegamos?

- (Joice) Já sim, você estava tão brava que nem tinha percebido, Enfim... vamos entrar.

Entrando na loja, sinto um aroma bom...um perfume de lavanda, o ambiente era tão calmo... minha alma parecia flutuar pelas nuvens. Logo em seguida vem a cartomante.

- (Cartomante Aurora) Olá, sejam bem vindas.

- (Joice) Muito Obrigado, Não está lembrada de mim?

- (Aurora) Joice?... Joice é você mesmo?

- (Joice) Sim, sou eu tia.

- (Carla) Tia?, Então vocês são parentes.

- (Joice) Na verdade não, tia aurora me ajudou quando minha mãe se foi, assim que eu tinha saído do abrigo. Então eu considero ela como minha família.

- (Carla) Ah, por que não me contou antes?.
Desculpa....que falta de educação a minha.

- (Joice) Imagina, Carla, eu planejava contar sobre ela... explicar como ela me ajudou, superar todo aquele trauma.

- (Carla) Ah, entendi... por isso não fomos ficar de olho hoje no Marcos.

- (Joice) Sim, eu planejava trazer você aqui antes...eu só estava esperando uma oportunidade. Aliás hoje você vai se encontrar com ele, aí poderá ver se algo está errado, tudo bem?

- (Carla) Tudo bem então, assim que ele chegar ficarei de olho.

- (Aurora) Bom...vamos entrando.

Fomos para uma sala menor, com alguns santos e bonecos etc, tinha uma mesa pequena.

- (Aurora) Sente-se, por favor.

- (Joice) É...tia eu preciso que você ajude a Carla. Ela está passando por alguns problemas.

- (Aurora) Claro, vou ver o que eu posso fazer, Agora... Carla por favor, diga o que lhe incomoda?