O mistério revelado

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Chegando na casa de Joice.

- (Carla) Joice, como está sua cabeça?

- (Joice) Está tudo bem, você que teve maior ferimento, seus braços e pernas estão todos machucados!

- (Carla) Eu acho que nunca vou esquecer do que aconteceu hoje.

- (Joice) Verdade, nem eu. Carla, tome um banho, para tirar essa sujeira do corpo, depois faço um curativo.

- (Carla) Aí obrigado, eu estava precisando mesmo de um banho... não precisa se preocupar, esses ferimentos não são nada.

- (Joice) Eu faço questão de ajudar, eles podem piorar!

- (Carla) Tudo bem.

Tomei um banho, retirei toda a sujeira, Joice fez os curativos, fiquei preocupada com o Marcos.

- (Carla) Joice, será que o Marcos acordou?

- (Joice) Acho que não, eu bati com muita força e espero que ele tenha voltado ao normal!

- (Carla) Pois é, eu também espero...NOSSA!

- (Joice) O que foi?

- (Carla) Eu esqueci aquele diário do sonho.

- (Joice) Ah relaxa, eu trouxe comigo.

- (Carla) O que, quando pegou?

- (Joice) Enquanto você estava cuidando do Marcos desacordado, eu estava arrumando as coisas da casa e aproveitei e peguei o diário, algo me dizia que o Marcos não tinha voltado ao normal, então eu resolvi pegar o diário caso a gente precisasse dele.

- (Carla) Entendi.

- (Joice) Está brava?

- (Carla) Não, eu estava querendo mesmo dar uma olhada nele.

- (Joice) Entendo... Você quer abrir ele agora?

- (Carla) Sim, eu quero descobrir o que está por trás dessa história!

Joice pegou o diário, eu estava nervosa ao mesmo tempo, ansiosa demais para saber o que estava escrito ali.

A capa era de couro, tinha um nome escrito no começo da primeira página, "O porão".

Leitura do diário

(Voz da mãe do garoto)

" Era 22 de setembro de 1975, quando aconteceu um trágico acidente com o meu marido, estou escrevendo o meu desabafo...pois sei que estou com os meus dias contados, então espero que alguém ache esse diário e descubra toda a verdade.

Eu e meu marido, sempre tivemos vontade de ter um filho, porém meu marido era Estéril, então resolvemos adotar uma criança no antigo orfanato que também era uma igreja de freiras. Tinha tantas crianças lindas, eu queria escolher aquela que me chamasse a atenção... Então eu vi uma criança isolada no cantinho, não tinha amigos, não brincava...apenas ficava ali no cantinho, fui até ele para poder conversar, as freiras me olharam de um jeito como se eu tivesse cometendo um erro.

- (Elisa) Oi.

...

Ele se manteve calado e não se virava, continuava de costas no canto...mas eu continuei a persistir.

- (Elisa) Oi, criancinha, por que está parado aí no canto?

...

Ele não falava de jeito nenhum! Resolvi deixar ele em paz...mas algo me dizia que eu deveria levar ele comigo.
Fui dar uma palavra com algumas freiras para saber o que ele tinha.

A garota e a BorboletaOnde histórias criam vida. Descubra agora