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Olarrr

Vou indicar o play da música e etc...

Beijin
                           --*--

Acordei com batidas na porta de madeira. Demorei alguns segundos para associar que não estava em casa, mas assim que ouvi a voz abafada de Camila, voltei à realidade, uma realidade doída e amarga. Não imaginaria que vinho caro me daria essa ressaca horrível.

- Dinah é sua água! – A dona da cama em que eu estava deitada havia gritado do closet, provavelmente. Minha mente iluminou um pouco com a menção desse líquido precioso, eu precisava dessa água.

- Hmm... – Ouvi o gemido da sua amiga em resposta, ela ainda estava deitada no chão.

Mais três batidas na porta.

- Grazie, Antonella. Pode deixar aí que pego depois. – Dinah respondeu as batidas na porta com uma voz sem vida. - Sei perfetto! Bacio!

- Va bene. – A mulher respondeu do outro lado da porta. Eu quis implorar para que ela entrasse, mas eu não tinha a força necessária.

Após alguns segundos Dinah voltou a falar.

- Camila... Vem pegar a água. – Camila não respondeu.

A necessidade iria me fazer levantar, resolvi abrir os olhos. Eu estava de frente para a porta do closet que estava entreaberta. Forcei minha visão para que se ajustasse à luz, observei os armários brancos e um espelho que mostrava parcialmente o outro lado do cômodo. De repente, a imagem de Camila é refletida pelo espelho, com seus cabelos molhados e apenas uma toalha cobrindo seu corpo, fecho os meus olhos o mais forte possível pelo susto, eu não podia invadir a privacidade dela dessa forma... Abri novamente os olhos, Camila penteava seus cabelos, enquanto observava os cabides à sua frente, seu corpo já não estava protegido pela toalha e a única peça de roupa que ela vestia era uma calcinha branca com estampas que poderiam ser joaninhas ou morangos, a maioria podia achar infantil, mas eu achava meio... Camila.

Como uma espécie de compulsão incontrolável, me permiti passear o olhar por seu corpo, suas costas desnudas eram tocadas apenas pelos fios dos seus cabelos, senti vontade de tocá-la, vagar meus dedos lentamente e delicadamente por sua coluna, observando sua pele dourada arrepiar, aproximar meu rosto do seu corpo e sentir seu cheiro.

A essa altura meu coração batia a mil, estava me achando inconveniente, uma pervertida, e eu não queria ser esse tipo de pessoa, mas era como se eu não conseguisse desviar o olhar, até que ela fez que iria se virar e o medo me fez olhar rapidamente para o teto.

- Olhos verdes? – Era a voz da Dinah. – Você acordou? – Aparentemente meus movimentos foram muito bruscos.

- Oi. – Sussurrei, tentando esconder meu ofego.

- Você precisa salvar a minha vida... Pega a água no corredor. – Ela pediu.

Em uma ação automática levantei da cama, a dor de cabeça aumentou, fui até a porta e abri, encontrando uma bandeja com uma jarra de água e três copos, a peguei, voltei para o quarto, e logo me servi de um copo d’água.

- Você tá bem? – Dinah perguntou me olhando enquanto ficava de pé – Tá tremendo. – Concluiu.

- É só a ressaca. – Respondi enquanto ela se aproximava. 

- Lauren acordou? - Tentei agir normalmente quando ouvi a voz de Camila.

- Isso se ela conseguiu dormir. – Dinah respondeu.

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