Incontri

08

E vamos de capítulo novo.
Gostaria de aproveitar o momento para agradecer ao meu amor Jesca, que dedica deu precioso tempo para corrigir meus muitos erros gramáticos. E também para dizer o quanto eu amo minha vidinha Duda, poxa você é a minha maior preciosidade, provavelmente não teria escrito metade desses capítulos se você não tivesse insistido.
Amo vocês ok.

Esse cap não tem música, mas sugiro que ouçam Unchained Melody quando ela aparecer.
Espero que gostem.

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Era 24 de Dezembro e estávamos meu pai, minha mãe e eu em volta da mesa, apenas nós. De mãos dadas com eles enquanto minha mãe fazia orações, eu pensei em como esse Natal estava sendo triste. Desde que os meus avós paternos faleceram, os pais da minha mãe sempre passavam o Natal com a gente, principalmente depois que meu irmão foi morar com eles na Toscana para ajudá-los. Esse ano eles não puderam vir, o que causou uma onda de saudade coletiva, mas a gente fingia que estava tudo bem.

Eu sentia muita falta do Chris, ele sempre foi a pessoa que mais me protegeu e que sempre esteve do meu lado. Vero e Lucy sempre estiveram lá também, mas o Chris me ensinou a lutar e enfrentar o mundo. Quando criança eu era bem pior do que sou hoje, mas ele me ensinou a ter coragem. Há 3 anos ele foi para longe e tem sido cada vez mais difícil, mas eu continuo tentando enfrentar o mundo como ele me ensinou. Nós nos vemos duas vezes por ano, durante o Natal e nas férias de verão quando passo algumas semanas na Toscana, agora vou ter que esperar mais 6 meses para vê-lo.

Depois do jantar descemos para conversar com alguns vizinhos, mas por causa do frio decidi voltar para casa e ficar lendo na cama com Duke dormindo do meu lado. E sem que eu estivesse esperando o telefone tocou na sala e eu corri para atender, poderia ser o Chris.

- Lauren? – Uma voz masculina falou do outro lado do telefone, mas não era o Chris.

- Sim. – Respondi.

- É o Matteo... Feliz Natal. 

- Oi Matteo, Feliz Natal. – Respondi. – Como foi o jantar? 

- Chato. – Respondeu sorrindo. – Tá cheio de gente velha e chata aqui em casa, aí decidi ligar para o pessoal e desejar feliz Natal.

- Você é um cara legal. – Falei sincera, já que essa possibilidade não passou pela minha cabeça.

- Eu sou né? – Brincou. – Só não consegui falar com a Camila.

Camila. Não a vi desde o episódio no arco e não nos falamos desde o dia em que ela viajou. Eu estava usando esse tempo para mim e para tentar sufocar todo sentimento além da amizade que eu sentia por ela. Era a primeira vez que ficávamos distantes de verdade desde que nos conhecemos, e isso deve me fazer bem.

- Eu não sei como funcionam ligações internacionais. – Falei envergonhada por não saber como continuar o assunto.

- Eu também não. – Ele sorriu. – Hey Lauren... – Ele iniciou a frase.

- Humm... – Dei a deixa para que ele continuasse.

- Onde você vai passar o ano novo? – Perguntou.

- Na Piazza Vecchia, provavelmente. – Respondi.

- Eu não queria ser inconveniente... – Seu tom foi meio envergonhado. – Mas eu poderia passar com você? – Perguntou. - É que aparentemente todo pessoal vai viajar e meu pai vai convidar mais amigos do trabalho aqui para casa e eu queria fugir disso. – Se explicou.

- É... Claro que pode. – Como poderia negar? - Acho que a minha mãe vai amar, na verdade. – Sorri.

- Você não poderia julgá-la. – Eu podia vê-lo dando uma piscadela.