Situação crítica

60 6 0
                                    

2 anos depois (1858)

- Robert, prepare os homens, hoje teremos uma visita muito importante. - disse o pai
- Meu pai, quem se deve a nos visitar?
- Bill Macfarlane, dono de propriedade, proprietário de fazendas de algodão e exerce o cargo de Governador do estado da Califórnia.
- Mas o que o Governador iria querer conosco?
- É isso que vamos descobrir quando ele chegar, ele quer tratar de negócios, meu filho avise seus irmãos dessa visita.
- Sim, senhor.

Do outro lado da fazenda
- Pronta?
- Pronta!
- Já!
Norman e Anna saem em disparada descendo de uma árvore, eles começam a correr no campo da fazenda, passam pelas plantações e os escravos, passam pela casa de preparação do algodão, dão uma volta completa ao redor do casarão, pulam pela janela da cozinha e conseguem pegar uma maçã rapidamente como se já conhecessem e soubessem como pegar rapidamente, de lá foram para a floresta, pularam o cercado, driblaram as árvores e logo a frente estava a cabana que já estava terminada e então logo Anna tomou a frente e entrou primeiro.
- Eu venciiii!
- Puff...Você melhorou muito haha.
- É mesmo né, olha só até te venci.
- Hahaha convencida.
Os dois se deitaram no chão e ficaram lá conversando sobre seus sonhos.
- Um dia eu espero que a escravidão acabe e eu vou lutar se necessário pra isso acontecer, as pessoas tem que entender que somos iguais.
- Se isso acontecer eu vou ser muito feliz.
- Ah falando em felicidade, olhe o que eu trouxe para você...um livro e um caderno para sua escrita.
- Isso é para você pegar o costume de ler e escrever, aproveitar e ver todo esse tempo de aulas de leitura.
- Obrigado, significa muito pra mim. - disse abraçando-o
- Não tem de quê haha.
- Preciso ir agora Norman, depois podemos nos ver de novo?
- Talvez mais tarde.
- Certo tchau.
- Tchau.

Na casa de produção

- Dam o que eu te disse sobre parar de trabalhar.
- Perdão senhor mas minhas mãos estão machucadas de trabalhar.
- Eu disse pra trabalhar ou vai querer sentir o poder do chicote.
- Calma senhor não precisa disso.
- EU DISSE PRA TRABALHAR! - disse Joseph o atacando com o chicote.
- Aaaaaaahhhhh!!!
- Tome isso seu crioulo miserável!!
- Por favor, chega-a-a...
- Eu nem comecei ainda. - disse Joseph voltando a chicoteá-lo
- PARE!!
- ...Norman?...
Norman se jogou na frente do chicote levando o golpe, seu irmão desesperado largou o chicote e foi socorrê-lo.
- Não sou eu que você tem que ajudar, é ele que precisa de ajuda. - disse Norman apontando para o homem negro.
- Está maluco, rapaz. Você não pode se jogar na frente de uma chicotada assim.
- E ele merece ser chicoteado por estar com as mãos machucadas de tanto trabalhar? Não é assim que devemos resolver as coisas meu irmão, olhe pra esse pobre homem ele está sangrando muito, não vai levar a nada essa violência. Então por favor vamos mudar isso.
- O que deu em você?
- Joseph...o que está acontecendo aqui? Ah isso não importa agora. O pai disse pra que estejamos preparados pois teremos visita importante.
- Quem exatamente?
- Bill Macfarlane...
- Do que precisamos?
- De homens armados e prontificados pra proteger a chegada dele, e temos que estar bem vestidos para a ocasião.
- Quantos dos nossos homens?
- Quantos podemos prontificar?
- 13
- Então serão 13 e quanto a você Norman, deve estar conosco para a chegada deste homem.
- Certo irmão. - Robert saiu do local e a discussão voltou.
- Eu levarei esse homem para sua casa. - disse Norman
- Faça o que quiser irmãozinho.
- Não precisa senhor, eu posso me levantar. - disse caindo.
- Eu insisto em ajudá-lo. - disse colocando o homem em seu ombro o apoiando para andar.
- Qual o seu nome senhor?
- Dam, senhor...
- O senhor é o pai de Anna?
- Sim, senhor.
- Não se preocupe vou levá-lo até sua casa.
- O..O..Obrigado.
Norman andou até os pequenos casebres dos escravos, quando chegou em sua casa ele bateu na porta e quem abriu foi Anna, espantada ela ajudou Norman a colocá-lo na cama. Depois disso Norman voltou para a casa grande e roubou remédios que tinha em estoque, escondido levou-os para Anna e sua mãe.
- Como posso te retribuir Norman?
- Não precisa, não podia deixar um homem machucado ser chicoteado até a morte.
- Agora me desculpe preciso voltar para o casarão ou irei ter problemas, com licença e fiquem bem.
Norman caminhou até a saída e quando pisou do lado de fora, Anna o segurou e lhe deu um beijo na bochecha. Ruborizado ele sorriu e voltou a andar para o casarão.
- Este menino não é igual nenhum outro, fizeste tanto por nós, nos defendeu contra sua própria família, por quê será que ele faz isso? - diz Agatha
- Eu não sei mãe mas tem algo nesse garoto loiro que me encanta. - disse Anna olhando pela janela
- Não vai me dizer que você está gostando dele? - Agatha olhou para Anna e ela estava desenhando um coração na janela.
- Filha você está gostando mesmo dele. Você sabe que não pode, vai se tornar um problema pra nós.
- Um amor proibido mãe, como posso negar o que sinto depois de tudo que ele demonstrou.
- Quem sabe um dia minha filha; os brancos sejam mais como ele.

O Velho OesteOnde histórias criam vida. Descubra agora