O resgate de Anna - Parte 2

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- Se Sadique é o que você está me dizendo, então parece que terei que sujar minhas mãos com o sangue dele.
- Você não vai fazer nada Norman, Sadique não é alguém para você encarar e também quem tem rixa com ele sou eu.
A porta do quarto se abre e quem era...era James com uma cara de que ia brigar
- Sol Negro, que show foi aquele lá embaixo?
- Não foi nada...
- Nada...você estava pronto pra socar aquele velho.
- Não foi nada eu já disse.
- Ah é pois eu tenho uma coisa pra te dizer, para de cair na rede desse velho porque se você vacilar, eles vão matar todos nós...esquece esse velho e pensa no que mais importa que é resgatarmos a garota.
- Certo, tem razão.
- Agora o mais importante, perguntei ao Loggeman sobre a Anna e ele me disse que tem sim uma escrava com esse nome e que ela chegou na fazenda a mais ou menos 2 meses e meio.
- Deve ser ela mesmo. - disse Norman
- Mas precisamos confirmar, então amanhã quero que você esteja lá e veja sem ninguém do pessoal do Loggeman perceber se é ela mesma. Eu não vou pagar $10.000,00 pra esse cara, é muito dinheiro, temos que dar outro jeito de comprá-la.
- A ideia foi sua, da um jeito aí. - disse Sol
- Que tal um joguinho de pôquer...quem sabe eu possa ganhar nas cartas e não que usar o dinheiro.
- James...você já está passando dos limites, está fazendo a jogada errada.
- Pode ser, eu tenho os $10.000 mas não quero pagar ele.
- É mais e agora o que você quer fazer? Já fechamos o acordo só precisamos dos documentos.
- Já sei! Vamos continuar com o plano mas vamos dizer que vamos levar a Anna primeiro pra mostrar a nossa residência pra ela primeiro já que o papel dela seria te servir Norman mas isso só na atuação e então quando formos com ela, não voltamos mais, olha que plano maravilhoso.
- Vai dar merda. - disse Sol
- Você é pessimista . - disse James
- Não e pessimismo é que esse plano está indo longe demais.
- Certo vão dormir. - disse James se retirando do quarto
Eu estava quase indo dormir quando de repente alguém bate na porta e era o filho do Loggeman.
- Arthur? - perguntou Norman
- Boa noite Vincent. - disse Arthur
- Hãã...boa noite, o que você deseja?
- Podemos conversar?
- ...claro.
- Venha comigo então.
Acompanhei Arthur até a varanda da casa e ele finalmente desembuchou.
- Vincent...eu sei porque você está aqui...
- É claro né, meu pai disse o porque...
- Pare de fingir.....Norman Hilston... - disse Arthur
- !... - Norman empalideceu na mesma hora
- C-Como você sabe?
- Eu sei quem você é, porque Anna me contou. Você é Norman Hilston o último sobrevivente da família Hilston.
- A Anna te contou?
- Sim
- Ela é sua amiga?
- Sim, ficamos amigos desde que ela chegou aqui e ela achava que você estava morto, e agora que descobri que tu estás vivo, acho que ela merece saber que seu namorado veio atrás dela.
- Por favor Arthur, me leva até ela.
- Venha comigo e em silêncio.
Segui Arthur até a senzala da fazenda, na minha fazenda não havia senzalas e sim cabanas para cada escravo então vejo que éramos um pouco melhores e preciso dizer que estou com o coração na boca, Arthur pegou a chave e abriu a porta, todos os escravos acordaram.
- Senhor Loggeman?... - perguntou um escravo
- Shiiuu - fez Arthur simbolizando para o escravo ficar quieto
Estava muito escuro apenas a luz do luar para me iluminar e mesmo assim não conseguia ver muito.
- Anna...Anna...acorde.
- A-Arthur o que você faz aqui? - perguntou Anna
Quando ouvi sua voz, não consegui segurar a emoção e meus olhos se encheram de lágrimas mas logo os tentei secar.
- Eu trouxe uma pessoa para te ver...
- Quem...a essa hora tá muito tarde... - disse Anna
- A-A-Anna...é você?
- ...quem me chama?
Me aproximei em passos lentos e calmos me adentrando na senzala e a luz do luar revelou meu rosto
- ...n-n-não é possível...
- Sou eu amor...
- ...NORMAN?! - disse alto com os olhos em lágrimas
Minha respiração ficou ofegante pela emoção de vê-la viva e bem, ela pulou em cima de mim, me agarrou com tanta força que eu nem podia respirar, segurei-a com a mesma força e não ia soltá-la por nada, ela soluçava e chorava muito, afastei-a e limpei-lhe os olhos e dei um beijo nela para marcar minha felicidade extrema ao vê-la.
- Eu vi você ser deixado pra morrer Norman...
- Todos pensaram isso mas eu fui resgatado por um amigo, ele está aqui comigo, vim te trazer de volta pra minha vida.
- Você está vivo...Norman eu não consigo acreditar nisso!
- Eu estou e vamos ficar juntos pra sempre agora, só peço que espere mais um pouco meus amigos e eu estamos negociando sua liberdade, logo amanhã de manhã você e eu vamos sair daqui juntos.
- Isso é sério?...por favor me belisque se eu estiver sonhando
- Você não está...
- Ei que barulheira é essa?!! - disse um guarda se aproximando
- Precisamos ir Norman... - disse Arthur
- Até amanhã... - disse me despedindo de Anna

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