A revolução dos escravos

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- Está muito calmo... Muito calmo... Não estou gostando disso. Disse Norman inquieto
  Norman olhou para o lado e viu uma moça com um vestido rosa claro, de cabelos castanhos e cuidando de uma roseira, ela pega uma das rosas e a cheira... Norman estava focado nela, a moça era bela e graciosa, após cheirar sua rosa ela se vira e olha para Norman e pisca para ele, Norman ficou corado e viu ela desaparecer atrás da roseira. Curioso ele vai atrás da roseira e não a encontra
- Mas o quê?! Como ela... Sumiu?! – disse confuso
- Está procurando alguém? – disse a moça aparecendo atrás dele
- Hã não... Eu estava procurando um pássaro que eu vi voar para cá.
- Huum. E como é esse pássaro? – disse ela aproximando o nariz da flor
- Ele era rosa... E muito bonito... – disse Norman sem jeito
- Até onde eu saiba, não existem pássaros rosas. – disse sorrindo para o jovem garoto
- Estou olhando para um agora... – disse Norman
- Hahaha, você é engraçado. Qual seu nome seu guarda? – perguntou a moça
- Nor... Luigi.
- Engraçado, nunca te vi por aqui Luigi.
- É que sou novo e vim a contrato.
- Até onde eu saiba meu pai não contrataria alguém da sua idade, você deve ter 17 anos não é?
- Não... Eu t-tenho 23 anos. – respondeu o garoto
- Então você é baixo mesmo?
- É... Não acho que sou tão baixo assim. Na verdade sou até um pouquinho al...
- Então senhor Luigi, me levaria para uma caminhada pela fazenda? – disse a moça pegando no braço de Norman
- Hã... Sim. Esse é meu dever senhorita.
- Então vamos. A propósito sou Hanna, Hanna Blackewood. – disse a moça
- Entendido senhorita Blackewood. – disse Norman
- Só me chame de Hanna. – disse agarrando mais forte o braço de Norman que ficou vermelho como um pimentão.
Enquanto isso Anna e os outros cuidavam da senhora Busara que estava desmaiada, ela acordou mas estava fraca e desorientada. Todos ficaram aliviados ao vê-la “bem”.
- Senhora Busara, a senhora está bem? – perguntou Bruce
- Sim... Bruce, obrigada... Então vocês vieram, afinal. – disse a senhora olhando para Anna, Xan e Gai.
- Como assim... A senhora sabia de nossa vinda? – perguntou Anna
- Sim... minha jovem Anna. Estava escrito que um grupo destemido nos salvaria de uma eterna servidão, agora por favor me digam onde está aquele que chamam de... Norman.
  Todos empalideceram ao escutar aquilo, aquela doce senhora previu a chegada do grupo de Norman e antes mesmo de falarem algo, chega James suando como um porco.
- Pessoal! Temos um problema. – disse James
- O que aconteceu?
- Sol Negro foi pego... Ele deve estar sendo torturado.
- Isso não é bom, ele precisa ser salvo. – disse Busara – Este que chama de Sol Negro é um de nós e veio nos ajudar e agora somos nós quem devemos ajudá-lo.
- Senhora Busara perdoe minha palavras mas nós não podemos fazer nada, não somos guerreiros... Somos escravos. – disse um homem com várias cicatrizes no rosto
- Paul... Lembra de quando lhe contei as histórias de nossa terra natal?
- Sim, senhora Busara. – respondeu
- Pois então. Nossos antepassados viveram guerras por questões culturais e políticas, povos eram escravizados entre si e então morreram muitos de ambos os lados mas pela liberdade eles lutaram e buscaram a paz, não estou lhes dizendo que devemos almejar a guerra mas precisamos estar prontos para ela. E nesse caso não há opção a não ser esta que é para alcançar a liberdade. – disse Busara
Enquanto isso...
- Aaahh! Aaaaahhh! – gritava Sol pela tortura
- Você aguenta bastante, apesar de sua cara estar bem arrebentada. – disse Blackewood
  Sol cuspiu sangue no sapato do patrão
- Posso aguentar o dia todo... Já me torturaram de maneira pior, haha. – debochou Sol
  Blackewood ficou sério e chutou a cara de Sol!
- Aaaaahhh! – gritou Sol
- Que audácia? Vou te ensinar a ter disciplina. Vejamos... A... B... – disse o patrão – De que lado dói mais? Do primeiro! Ou do segundo!!!
- AAAAHHHHH!!! – gritou Sol ao levar golpes com um chicote bem nas costas
- Ah... Nada como ter um chicote para ferir um negro como você. Olha... Seu sangue está vazando, boomm... quer dizer que está fazendo efeito...
- Sabe... Quando  eu taquei fogo na sua cara, devia ter mirado na sua garganta, pra ver se você calava essa boca! – disse Sol
- Boa ideia, tragam alguns carvões... – disse o patrão
- Agora fodeu... – murmurou Sol
  O grupo estava retirando todos os escravos da fazenda o mais rápido possível já que a maioria optou por não lutar. Preocupados carregam seus revólveres e os colocam em seus coldres e Norman estava tomando chá com a moça desconhecida.
- Me diga Luigi, por quê me olhas deste jeito? – perguntou a mulher
- De que jeito? – disse tremendo as mãos que segurava o pires e a xícara
- Desse jeito, haha. Está até tremendo.
- Ah... Isso é... Emoção. – disse Norman
- Emoção? Está emocionado de estar comigo?
- Ah sim... DIGO NÃO!! DIGO SIM!!! -Disse envergonhado
- Hahaha, Luigi você é uma figura. Pena que não é quem diz ser... – disse a moça tomando o chá.
- O-O Quê?... Norman não se deu conta e acabou desmaiando
  Algum tempo depois
- O-Onde estou? – perguntou Norman acordando e estando acorrentado a uma cadeira de frente para uma mesa
- Fique calmo Norman, estou aqui também. – disse Sol sentado e amarado a sua frente
- Sol, o  que aconteceu com você?
- Não se preocupe com isso. Ele vai ficar bem. - disse um homem aparecendo da escuridão – Meu nome é Charles Blackewood, sejam bem-vindos ao meu espetáculo, neste vocês estão amarrados sem chance de escapatória, apenas a mão direita de ambos vocês, ficará  livre e nem pensem em tentar fugir, estou certificado de que morram se fugirem.
- Você é o senhor de escravos? – perguntou Norman
- Sim, eu mesmo. Achou que ia conseguir se disfarçar de um dos meus homens? Eu sei de todos que trabalham aqui, minha sorte é que minha filha é muito esperta.
- Ah pode deixar, já entendi seu recado. (Droga! Como não fui perceber?)
- Tá brincando comigo, né Norman? Você foi capturado assim fácil?
- Não tinha como saber, ela botou alguma coisa no chá que eu tomei, estava tentando conseguir informação!
- É... Sei. – disse Sol – Seja mais cuidadoso, avalie quem vai espionar.
- Tentarei não cometer o mesmo erro.
- Que coisa mais linda, agora vão dar as mãos e andar no parque? – debochou Blackewood
- Ah, quando eu conseguir acender um fogo... – murmurou Sol
- Como é que é? – perguntou o Lorde Blackewood
- Nada. – respondeu Sol
- Muito bem, que comece o espetáculo! Diante de vocês há uma pistola mosquete com apenas uma bala, só um sairá com um vida. Será o mestre ou o aprendiz?
- Não seremos suas cobaias em seus jogos maníacos, Blackewood. – disse Sol
- Tem certeza? Nem mesmo querendo saber o que aconteceu com o... Arthur? – disse o homem direcionando um olhar maquiavélico para Sol
- O quê?!! O que você quer dizer com isso?!! Responda!!! – esperneou Sol
- Quem sabe não é Sol Negro?
- Quem é Arthur?? Sol? – perguntou Norman
  O silêncio tomou a sala e então ouvia-se um choro e soluços
- Ele... foi o meu mestre... – disse Sol com os olhos cheios de lágrimas
- Mestre? – perguntou Norman
- O nome dele era Arthur Mason, este... era o nome do homem que me salvou da escravidão. Ele me comprou quando eu tinha 15 anos, cuidou de mim e me ensinou tudo  que um homem dessa era, precisa saber... que é como se defender com um revólver em mãos. – disse Sol com os olhos brilhando de tantas lágrimas.
16 de maio de 1842
- Sol, lembre-se não vamos atacar sem pensar, temos que avaliar o local antes de agir. – disse Arthur
- Eu não acho, devíamos atacar todos esses caras enquanto ainda dá tempo. – disse Sol
- Paciência meu jovem, apenas deite e relaxe e espere até o anoitecer. – disse Arthur encostando em uma árvore e colocando seu chapéu no rosto.
   Arthur Mason e Sol Negro na época estavam procurando um tipo de ouro pioneiro e estavam observando um grupo de foras da lei que estavam procurando o mesmo, ambos pareciam estar com uma das metades das informações da localização do ouro, enquanto Arthur relaxava esperando a noite cair, Sol muito impaciente resolveu agir sozinho. Verificou os revólveres, pegou seu arco no cavalo e junto dele sua machadinha.
  Sozinho ele ataca o grupo de maneira cautelosa, matando 1 a 1 escondido mas não demora e Sol é capturado e é deixado desarmado, assustado e com medo ele é levado até o líder encapuzado que era alto e forte.
- Está bem longe de casa crioulo. Por quê matou meus homens? – disse o homem se agachando para falar cara a cara com Sol
  Sol não respondeu apenas fez uma cara séria
- Tá certo...
  O homem se levantou e chutou a cara de Sol que começou a sangrar.
- O que você quer aqui? Hm? – perguntou segurando Sol pelo pescoço
  Sol frangiu as sobrancelhas e cuspiu sangue na máscara do homem, que enfurecido chutou mais uma vez Sol, ele seria espancado até a morte se não fosse por...
Bang!! Bang!! Bang!!
- CORRA SOL!!! – gritou Arthur dentre as árvores disparando
- Arthur!...
- CORRA!!!
  Sol obedeceu e saiu correndo sem rumo
- Matem esse filho da puta e peguem aquele crioulo... – ordenou o homem
Bang!! Bang!! Bang!!
- VOLTA AQUI CRIOULO!! – gritou um dos homens que perseguia Sol
Eles atiravam contra Sol que só podia se esquivar
Bang!! Bang!! Pow!! – estralou a bala ao acertar uma pedra perto de Sol
Bang!!!
- Aaaaaaahhhhh!! – gritou Sol ao sentir a bala perfurando sua perna e o desequilibrando – Merda!...
  Desequilibrando e sangrando aos montes, cambaleia até um precipício com um córrego embaixo, sem saída ele para e pressiona o ferimento da bala
- Parado aí crioulo!
- ( O QUE EU FAÇO?!!)
  Sol estava quase apagando quando de repente um tiro atravessa a cabeça de um dos homens que perseguia Sol... ERA ARTHUR QUE VEIO LHE SALVAR!
Bang!!
- O’Brian!! – gritou o companheiro do malfeitor ao ver seu parceiro ser baleado
Bang!!
Arthur disparou no outro sujeito que despencou no chão
- Arthur! – disse Sol feliz ao vê-lo porém...
Cof* Cof*
- Arthur??
  Seu mestre estava ferido... por uma bala no abdômen e rigidamente cuspia sangue
- Arthur!! Está sangrando muito!!! – disse Sol desesperado
- Sol...
- O que foi?!! Consegue falar?! Por favor não me deixe Arthur... Não morra por favor!! – disse sol chorando – É tudo culpa minha... se eu tivesse esperado nada disso teria acontecido, te decepcionei Arthur...
- S-Sol, você sempre foi meu orgulho, lutou como um bravo guerreiro. Eu não me importo de morrer pra te proteger. Lembre-se de quem você é... não deixe ninguém mu-mudar vo-você... você está destinado a grandes feitos, achará um dia algo que vai amar tanto que não vai se importar em dar sua vida pra proteger.
  Arthur se levantou mais uma vez e disse para Sol pular o precipício
- Pule... enquanto eles não chegaram. Vá!!
- Mas Arthur...
- Não se preocupe comigo, estou logo atrás de você...
  O homem encapuzado chegou e apontou uma escopeta para Sol e Arthur, Arthur carregava um revólver enquanto tentava se manter em pé.
- Se vocês se mexerem vou matá-los. – disse engatilhando a escopeta
  O homem mira para Sol que fica espantado ao não saber o que fazer, Arthur engatilha seu revólver mas o problema é que só restava
uma bala...
- PULE SOL!!! BANG!! – gritou Arthur disparando no ombro do sujeito encapuzado
- AAAAAAAHHHHHHHH!!! SEU FILHO DA PUTAAA!!!
  Arthur se virou para Sol e apenas sorriu... BANG!!! O homem disparou em Arthur, o matando sem dó e nem piedade...
- NÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOO!!! – gritou Sol ao ver seu mestre e amigo morrer diante de seus olhos, o protegendo sem hesitar.
- E então foi assim que aconteceu, meu mestre estava morto e por minha culpa. – disse Sol
- Sol, não foi sua culpa. – respondeu Norman
- Bom... voltemos ao espetáculo, Sol Negro você deve matar seu aluno com esta pistola mosquete... – disse Blackewood
- Você é um psicopata... o que faz achar que vou fazer isso?!!
- Simples... você não sabe quem era o homem que matou o Arthur não é?
- Não.
- Mate seu aluno e eu lhe direi tudo sobre este homem...
- ...E seu eu não fizer?... – perguntou Sol
- Haha... eu faria se fosse você, afinal seus amiguinhos estão em perigo... – disse Blackewood iluminando o lugar e mostrando que o grupo estava acorrentado ao chão
- Anna...James...Xan...Gai... – disse Norman se enfurecendo – Você está nos testando... quando eu sair daqui vou acabar com a sua raça!!
A sala ficou quieta por um instante e então Sol cortou o silêncio pegando a arma de cima da mesa
- Sol? Não me diga que vai...
  Click... Bang!!
  Sol segurou a arma e a disparou... nas correntes  de Gai.
- Agora Gai!! – gritou Sol
Gai se libertou e atacou Blackewood, mostrou ser bem habilidoso em combates corpo a corpo, Gai era mais magro e mesmo assim conseguia acertar bastantes golpes eficientes mas Blackewood era um brutamontes e ainda conseguia se defender.
- Seu amarelo de merda!! Acha que pode me vencer?! – disse Blackewood socando a cara de Gai
- Aaaaahhhh!!
  Gai revidou e tentou empurrar o sujeito contra a parede com toda sua força e por um breve momento ele conseguiu
- Vai Gai, você consegue!!! – gritou Norman
- Desgraçado! Toma isso!! - Gai o empurrou com tanta força que ele atravessou a parede de madeira, Gai estava  com o nariz sangrando pelo golpe que levou mas isso era o de menos, ele avista um machado e o pega e vai em direção a James para cortar as correntes mas no momento que ele ia cortá-las...
- SURPRESA!!! – gritou Blackewood pegando o cabo do machado das mãos de Gai e o forçando contra seu pescoço, Gai estava perdendo seus sentidos
  Sol começou a balançar sua cadeira até cair...
- Vamos... Vamos lá!... Woooww! – gritou ao se libertar da cadeira
- Agora é minha vez. Vem cá Blackewood, vamos acabar com isso. – disse Sol provocando
- Com prazer... – disse soltando Gai e indo para cima de Sol
  Sol e Blackewood desferem golpes um contra o outro, Sol estava em desvantagem pois seu oponente era mais forte e quanto a Gai tentava quebrar as correntes dos outros com o machado.
- Se o Sol conseguiu, eu também consigo... – disse Norman balançando a cadeira de um lado para o outro.
- Quase...! Aaaaahhhh! Crack! – a cadeira espatifou com a queda e Norman estava livre
- Aguenta firme Sol, eu vou te ajudar! – disse Norman indo para cima de Blackewood pelas costas
- CABEÇADA!! – gritou Norman segurando os braços de Blackewood atrás das costas dele.
   Sol pulou e deu uma cabeçada em Blackewood, foi tão forte que os desnortearam por um instante e deu tempo de Norman acertá-lo um golpe enquanto estava desnorteado.
- Seus desgraçados, eu vou matar os dois!!
  O homem furioso ergueu seus punhos e atacou Norman, com um cruzado de direita que o jogou no chão com força tirando-lhe o fôlego, Sol contra-ataca com uma cotovelada na cabeça e um gancho de direita, sangrando ele se defende com os punhos e soca o nariz de Sol Negro.
- Corta logo isso irmão!! – disse Xan
- Calma!!
Crack!
- O único cara que mexe com esse negro sou eu!! – gritou James atacando Blackewood com uma madeira
Crack! Crack! Crack!
Golpeava com a madeira, até que Blackewood parou com a mão e a arrancou das mãos de James.
- Agora fodeu... Calma... Calma!! – disse James se esquivando
- Vem cá!! Foge de mim não!! – disse Blackewood correndo atrás de James que saíra do porão
Unidos atacaram o Lorde, golpeavam e espancavam o dono de escravos mas por mais que estivessem em maior número ele era um brutamontes forte que conseguia contra atacar, não demorou e os guardas invadiram a casa armados com mosquetes e escopetas, disparando contra o grupo desarmado.
- Fiquem abaixados!! – ordenou Sol se protegendo em meio aos tiros.
Do outro lado da fazenda
- Isso são tiros, precisamos ir dar apoio! – disse um dos guardas do arsenal
  O arsenal sem vigias é repentinamente arrombado, várias pessoas entram nele e tomam as armas que ali estavam.
- O que faremos? Sem armas não podemos nos defender!!
Bang!! Bang!! Bang!! Pow!!
As madeiras do casarão estavam estourando e espatifando, Norman e outros estavam encurralados e sem escapatória. Até que...
- BLACKEWOOD!!! VENHA ATÉ AQUI, ISSO SE TIVER CORAGEM!!!
- Quem ousa me desafiar? – disse o homem saindo do casarão
  Espantado vendo todos os escravos do lado de fora armados até os dentes com as armas da fazenda e quem os representava era Bruce
- Diante de você há 100 armas carregadas e apontadas para você, exigimos nossa liberdade!!! – gritou Bruce
- Liberdade?? Crioulo, isso é uma piada? Agora larguem essas armas e tudo será perdoado... – disse o Lorde
- Não queremos perdão... queremos liberdade!
- Que seja então... MATEM ESSES MACACOS!!! – gritou Blackewood sacando um mosquete e disparando
Bang!! Bang!! Bang!! Pow!! Pow!!
Uma guerra disparou dentro da fazenda, os escravos contra os guardas... acharam que iriam esquecer do grupo? Norman e os outros atacavam todos a sua volta, as balas passando por eles, Norman roubou um mosquete e disparou contra um dos guardas, o resto o seguiu fazendo o mesmo.
Bang!! Bang!! Bang!! Pow!!
Os mosquetes expeliam muita fumaça que voava direto para o atirador e ainda demorava em torno de 8 minutos para recarregar então não são práticos, o bom é que tem revólveres para a ocasião.
- Ah que se foda!! – disse Norman saindo de sua proteção e disparando com um revólver que pegou de um dos corpos.
- PELA LIBERDADE!!! – gritou Bruce liderando os escravos
  As munições estavam acabando mas os escravos estavam tomando a fazenda, de ambos os lados muitos foram mortos, pessoas foram mortas buscando a liberdade.
- LIVRES OU MORTOS!! LIVRES OU MORTOS!!  - gritavam os escravos em uni solo avançando sobre os guardas da fazenda
- Segurem eles o máximo que puderem! – ordenou Blackewood enquanto fugia
- Ah mas não vai mesmo!!
  Sol sai do casarão e persegue Blackewood, derrubando qualquer um que entrasse no seu caminho e tentasse pará-lo, sem parar de correr Sol derruba Blackewood e mira seu revólver na cara do mesmo.
- Dessa vez, você não vai fugir de mim! Não dessa vez!
- Então me mata crioulo. ME MATA!!
  Norman chegou perto de Sol e apenas olhava a situação
- Antes... quero saber quem era o homem que matou o Arthur.
- E se eu não falar?
  Click!
- Vai morrer mais rápido. – respondeu Sol apontando a arma no nariz do Lorde
- Hahaha... O homem que matou ele... FUI EU!! – disse o Lorde rindo
- Você não me reconheceu na segunda vez que nos encontramos, diferente de mim que ouvi rumores sobre o famoso pistoleiro negro desde que você queimou a minha cara!!
- Você matou o Arthur... seu filho da puta...
  Sol tremia a mão, bufando e ansiando para puxar o gatilho
- Me mata logo seu crioulo maldito!! – gritou Blackewood
- EU NÃO VOU DEIXAR!! – gritou a moça que enganou Norman
  Ela estava armada com um revólver Remington cal.36 e apontava para Sol, tremendo e querendo proteger Blackewood.
- Filha, saia daqui!!
- Filha?! – perguntou Norman
- Isso mesmo. Hanna Blackewood, primogênita de Charles Blackewood.
- Interessante...
- FIQUEM TODOS PARADOS!! – ela ordenou
- Ninguém está se movendo. – disse Norman calmo
- E então Sol Negro? Vai vingar a morte do seu mestre? – disse Blackewood
- ...Olho por olho e o mundo acabará cego... – disse Sol desengatilhando a arma – Matar você, não seria o que o Arthur iria querer e me sujar com seu sangue podre não é o meu objetivo, prefiro ver você viver com essa angústia para o resto da vida, perdido para um negro que você odeia tanto.
  Sol seguiu seu caminho andando calmamente sem levantar um dedo a mais, mas o Lorde não admitiu essa humilhação e pegou a arma da filha, apontando-a pelas costas de Sol.
- Vai morrer dessa vez crioulo!!!
  Bang!!
  O tiro esvaiu-se pelo ar, todos ao redor ouviram... a fumaça expelia mas quem levou o tiro, Sol apareceu ileso diferente do Lorde que estava com um buraco no peito, feito pela bala da arma de Norman.
- Aaahhh... – o homem despencou no chão em menos de 1 minuto
- NÃÃÃÃÃOOOOO!!! PAAIIII!!! SEU ASSASSINO DE MERDA.
- Assassino? Você me chama de assassino? Tem razão eu sou mesmo, sou um assassino de assassinos. – disse Norman guardando o revólver – Se entrar no nosso caminho de novo, não haverá perdão. Adeus senhorita Blackewood.
Snif! Snif! Snif!
- Pai...
Junto dos escravos do outro lado da fazenda
- Liberdade!!! Somos livres!! Finalmente livres!!! – comemoravam os escravos
- Aí vem nossos heróis!! – disseram apontando para Sol e Norman
Os escravos os recebiam de braços abertos, agradecendo pela ajuda que lhes deram até que a velha senhora apareceu e disse:
- O destino se cumpriu, vocês nos tiraram da escravidão. – disse a Busara
- Não, vocês se livraram sozinhos. – disse Sol – Apenas puxamos o gatilho pra se libertarem.
- Bom mas e agora, o que faremos?
- Ora... Acabamos de vencer uma batalha, vamos comemorar!! – disse James entusiasmado
- Isso aí!! Vamos comer e beber até amanhecer!!
- É!! – responderam todos unidos
  Pegaram o máximo de bebida e levaram para o campo aberto, acenderam uma fogueira e aproveitaram a festa ao máximo dançando de todos os jeitos, ouvindo a música que os escravos comporão.
- Heeyyy!!! Heeeyyy!!! Hooo!!! – diziam todos dançando e cantando
- Pensei que nunca ia ver tanta felicidade reunida em um só lugar... – disse Norman olhando a festa
- O que é bom não é amor? – disse Anna
- Com certeza meu amor. – disse dando um selinho em Anna – Chega de ficar aqui parados, vem vamos dançar!! – puxou Anna para dançar
- Olha Norman, eu não sei dançar...
- Ah isso é um problema... Porquê eu também não sei! Haha
Assim Anna e Norman dançavam de um jeito livre, solto, único e amoroso
- É então... – disse James se aproximando de Sol
- Você quer dançar né? – perguntou
- É meio que por aí...
- Então o que está esperando? Vamos logo! – disse Sol o puxando
  Norman e Anna trocavam olhares apaixonados ao dançarem e então Anna o puxou para perto, dando-lhe um beijo que era quente como as chamas da fogueira, que ardiam em amor cada vez mais e mais.
- Meus irmãos, escutai o que tenho a dizer-lhes. Devemos fazer um bran...um bom...um brun... aquilo que os nossos donos faziam com os copos.
- Você quer dizer um brinde. – disse Norman
- É isso mesmo, meu jovem. Um brinde a nossos heróis que nos salvaram! A sua saúde! – disse Bruce
- Saúde. – disseram unidos
- Sol, não tem nada a nos dizer? Acabamos de nos tornar homens e mulheres livres. – disse Busara
Sol subiu em cima de uma pedra e olhou ao redor vendo todos que estavam ali.
- Primeiramente, estou muito feliz de ver mais uma vez o meu povo liberto mas isso não significa que acabou pra nós...
- Como assim Sol? Fomos libertos.
- Não na lei... Na lei somos ainda escravos e agora que fugimos somos considerados foras da lei. – disse Sol
- No meu caso eu fui comprado como um homem livre, então isso não se aplica a mim. Mas por ter ajudado vocês, sou cúmplice.
- Essa não, quer dizer que estamos ferrados?
- Não mas agora temos que dar um jeito de nos esconder ou de continuar e lutar pra sobreviver. – disse Sol – Meus irmãos... está chegando a hora da guerra de raças, ninguém lutará essa guerra por nós. Agora chegou a hora dos negros se libertarem, de hoje em diante e terem os direitos que merecem... então eu declaro guerra as fazendas que possuem escravos, SEREMOS LIVRES... OU MORTOS!!
- SOL NEGRO!! SOL NEGRO!! SOL NEGRO!! – clamavam
- Vamos lutar essa guerra juntos, todos nós juntos! – disse Norman para o povo negro.

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⏰ Última atualização: Feb 19, 2020 ⏰

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