A jornada começa

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O dia amanheceu mais uma vez graças ao Deus Sol, que ele esteja cuidando do meu povo que estás no outro mundo e de mim, nessa eterna jornada da minha vida. Esse garoto é muito interessante, pois uma criança branca, para estar interessada em acabar com a escravidão, possui um nivel de compreensão e de intelectualidade superior a de muita gente adulta, mas, ele não é o único. O político Abraham Lincoln, possui os mesmos ideais, talvez Norman não tenha que chegar tão longe.
- Bom dia, princesa hora de despertar. - disse empurrando o garoto com a perna.
- Hã o que? Já é de manhã?
- Sim, agora levante e vamos comer algo e voltar para nossa viagem para Utah.
- Olha só, os desgraçados viraram carvão.
- Se outros vierem terão o mesmo destino. - disse o pistoleiro
Comemos algumas frutas e voltamos para a viagem, em cima do cavalo continuei a fazer meu arco e finalmente o terminei, Sol Negro me emprestou as flechas dele e disse que me ensinaria a fazê-las também, eu nunca havia usado um arco mas é importante saber caçar pra ter comida quando acabar o dinheiro.
- A comida que eu tenho está no limite acho que teremos que caçar, quer dizer, você vai ter que caçar.
- Eu? Mas eu não tenho experiência...
- Norman! Chega de dizer que não tem isso, não tem aquilo...chega disso, você aprende fazendo, então você vai pegar o arco e vai caçar. Eu irei te ensinar como se faz.
- Certo.
Eu sei que eu reclamo muito mas se eu não sei usar como vou fazer para conseguir matar um animal.
- Você quer salvar a garota?
- Quero.
- Eu não ouvi!
- Eu quero!
- Então tá na hora de virar homem e ir atrás do que quer da sua vida, nada é como você sempre teve; Esse mundo é cruel Norman e quando você dormir esse mundo irá te jogar no fundo do buraco, chega de pensar que as coisas tem que vir de bandeja para você, vá atrás. Quer salvar a garota, vamos atrás dela. Quer matar William Collin, você irá matá-lo a vingança é sua.
- Irei tentar mudar.
- Acho bom. Vamos sair desse deserto e ir logo para Utah.
E assim voltamos para a estrada, eu não via a hora de irmos logo atrás da Anna mas trato é trato, iremos para Utah caçar algum sujeito que nos pague bem, então se pra ter ajuda eu terei de trabalhar ,então assim será e não haverá perdão para tamanhos animais como a gangue de Willian Collin.
5 dias depois

- Sol...já estamos chegando?
- Não, ainda faltam uns 5 dias.
- Meu Deus! Que lugar longe, como estamos de comida?
- Acabou.
- Que calor...QUÊ?!
- O que você ouviu, a comida acabou portanto já sabe.
- Ah não mesmo.
- Sim senhor, vai sim.
- Por quê eu?
- Porque você precisa aprender a sobreviver sozinho, eu não vou estar aqui para sempre para cuidar de você.
- Eu posso me virar.
- Você não ia durar um dia em florestas grandes. Precisa aprender a caçar e deixar de ter arrogância.
- É que eu não tenho como fazer isso...
- Você vai aprender e vai fazer.
Sol negro parou em meio as árvores, amarrou o cavalo em uma delas e disse para eu fazer o mesmo. - Pega o arco. Naquele momento eu pensei: Puta que pariu, fodeu.
- Vejamos. Há rastros de coelho por aqui, perfeito para uma primeira caça, consegue ver os rastros?
- Não.
- Foco, olhe bem para o chão...
Parecia loucura acreditar que eu veria pegadas na grama...eu tinha que abrir minha boca, depois de me focar consegui ver as pegadas.
- Estou vendo.
- Viu, é questão de enfoque apenas siga os rastros e você achará o coelho.
Fiz o que ele disse, segui os rastros que o animal deixou, achei fezes dele também, segundo Sol Negro aquilo significava que ele estava por perto. A caçada continua...lá estava ele...comendo. - Agora pegue a flecha e prepare -a para atirar. Coloquei a flecha no arco e puxei até a parte do meu rosto, pensei como se fosse um revólver e precisa de foco, mirando calmamente eu respirava firme, o coelho não percebeu minha presença e então...disparei, a flecha matou o coelho na hora, pensei que seria muito difícil mas foi fácil.
- Consegui!
- Muito bem garoto, você aprende rápido. Agora chega de comemorar, pegue isso e retire a pele.
- Mas como se faz isso?
- Pegue o coelho segure o pelas pernas e puxe a cauda pra fora.
- Assim...
- Isso está quase.
Puxei com toda força, a pele do coelho. Saiu por inteiro e foi estranho, tinha um cheiro ruim mas pelo menos tínhamos comida.

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