Não demorou muito para que chegássemos em casa. Eu já tinha esclarecido tudo para Jimin sobre como um piquenique funcionava e o menor pareceu gostar bastante da ideia de um momento divertido ao ar livre entre mim, ele e Cookie.
Passamos rapidamente em uma loja de conveniência e compramos alguns snacks levinhos, leite de banana e morango, doces e uns biscoitinhos de petisco para o Spitz. Arrumamos tudo o que precisávamos levar, tomando apenas mais uma ducha antes de ir e nos agasalhando já que a tarde era um tanto quanto fria devido ao pôr do sol.
Após pegarmos um táxi e andarmos por algum tempinho em meio ao parque para mostrar todo o território ao menor que não estava acostumado com tudo aquilo, com ele guiando Cookie pela coleira, acabamos por achar um espaço estratégico para nos acomodarmos e presenciarmos o sol se pondo e dando início á noite.
Tinha que admitir que nós éramos um trio e tanto, já que quando fomos esticar o lençol para deixá-lo sobre a grama um tanto quanto seca daquele ponto, além de mim e Jimin, Cookie também pareceu ajudar puxando o tecido com os seus dentes em uma das extremidades soltas. Acabamos por rir bastante com as travessuras do cachorrinho que fazia de tudo para ganhar os petiscos que eu tinha comprado.
Tudo pareceu perfeito naquela tarde. Eu não tinha nenhuma preocupação, minha cabeça parecia estar em meio às nuvens, todo o estresse que eu experimentei durante anos, todas as inseguranças e as cicatrizes... Tudo pareceu sumir, desaparecer gradativamente.
Era como eu estava me sentindo nos últimos tempos, como se tudo fosse possível, como se minhas forças fossem todas renovadas a cada escorregão. Eu estava feliz. Genuinamente feliz, algo que nunca pensei que um dia estaria. E tudo por causa de uma flor. Por causa de Park Jimin, que me trouxera tudo isso, que me dera Cookie. Que me dera vida de novo.
Encontrava-me observando Jimin enquanto o mesmo comia alguns dos snacks que havíamos comprado com o leite de banana que ele tanto gostava. Ora ou outra o menor desviava de um Cookie eufórico e guloso que tentava a todo custo furtar um biscoitinho do Park.
O rosado também encarava tudo ao redor como se realmente pertencesse ali, à natureza, maravilhado com as pessoas que passeavam ao redor com seus animais de estimação, que conversavam, brincavam entre si. Ele parecia realmente fascinado e nostálgico. Nostálgico ao notar as árvores com suas folhas alaranjadas pela deficiência de clorofila, algumas caídas secas ao chão.
—Você gosta? —questionei chamando a atenção de Jimin ao passo em que atraí Cookie para lhe dar mais um petisco.
—Hm? —o menor encarou-me confuso com um amontoado de biscoitinhos na boca fazendo com que suas bochechas ficassem infladas e ruborizadas por ter sido pego no pulo. Ele mesmo riu cobrindo a boca com uma das mãos. Precisou de um tempinho para mastigar tudo aquilo e engolir, antes de falar. Tomou um pouco do seu leite para ajudar tudo aquilo a descer. Tudo o que eu pude fazer foi observar tudo aquilo com um sorriso singelo no rosto, sútil. —Desculpe, eu me empolguei. —ele pediu envergonhado. Meneei a cabeça de leve para dar a entender que aquilo não tinha sido nada demais, mas o menor continuou meio hesitante, por isso tive que agir.
—Dê-me um saquinho desses. —apontei para os salgadinhos perto do Park e o mesmo pegou um deles me entregando. Ele estava um pouco confuso com o rumo daquilo.
—O que você tinha me perguntando mesmo aquela... —o questionamento do garoto fora interrompido por mim que abri a embalagem do salgadinho e literalmente virei um pouco do conteúdo para dentro da minha boca, ficando com as bochechas infladas igualmente ao Park segundos atrás e ainda me atrevi a falar.
—Você gosta? —tentei dizer, mas provavelmente algo totalmente diferente fora ouvido pelo menor que começou a rir sem limites ao encarar-me daquela maneira. Deu-me uns minutos até que eu estivesse liberado para falar, ainda um pouco incrédulo pelo que eu havia feito. Abusei da minha caixinha de leite de morango.
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under the cherry blossom tree | pjm + jjk / jikook
FanfictionDesde a infância Jeongguk fora fascinado em procurar respostas para perguntas complexas. Foi dessa forma, que em sua adolescência, ele começou a questionar a si mesmo e o porquê de se machucar tanto ao longo dos anos devido as circunstâncias familia...