Com a chegada do inverno, uma calmaria não habitual tomou conta da rotina. As aulas mudaram de horário devido às nevascas e até mesmo algumas empresas fecharam suas portas por não se sentirem seguras a trabalharem naquela condição de tempo. Todo um hábito fora mudado e o Park não escapara dessa circunstância.
Antes mesmo de chegarmos à estação cortante de tão fria, alguns dias antes, onde o clima já tinha sido adornado por características do inverno, Jimin me avisara que eram raras as vezes em que sentia bem naquele período. Por essa mesma razão toda vez em que eu saía para ir à faculdade e perguntava se o menor queria me acompanhar, ele continuava agarrado às cobertas dizendo estar sem forças para levantar.
Quando o rosado sentia a minha preocupação, garantia que tudo ficaria bem e que se ele precisasse de qualquer coisa pediria para a senhora Lee, que o tratava com extremo carinho a esse ponto, para me convencer.
E o bendito convencia. Convencia-me tanto com suas desculpas que demorei alguns dias para notar que o Park realmente não se encontrava nada bem com todo aquele frio. Os galhinhos em sua cabeça encontravam-se ressecados e muitas vezes congelados devido ao clima, nenhuma flor podia ser vista adornando os ramos deles e de vez em quando notava o menor cambalear e trocar os pés, alegando ter sentido uma tontura corriqueira.
Foi assim até Jimin aparecer extremamente resfriado, espirrando e tossindo para todos os cantos, sem conseguir levantar da cama ou dar atenção para Cookie, este que também ficara doentinho com a ausência de carinhos e atenção por parte do menor.
Ele teve uma semana de melhoras, para o meu alívio. Tinha o alimentado com canjas e sopinhas leves e nutritivas para que não enfraquecesse, dando antitérmicos e o agasalhando bem para precavê-lo de alguma reação pior. E tudo pareceu dar certo, até certo ponto.
10 de março. Já estávamos na reta final da estação rigorosa e eu me encontrava perdido em meu mais profundo sono agasalhado em roupas quentes e cobertores térmicos quando ao meio da madrugada, fui abraçado por um Park Jimin extremamente trêmulo buscando por mais calor humano de tanto frio que sentia, onde na verdade estava com sua temperatura tão alta ao ponto de me assustar com o contato.
No mesmo momento sentei-me na cama ouvindo um murmúrio de descontentamento vindo por parte do menor e acendi a luz do abajur ao meu lado. Logo notei as feições alheias pálidas como nunca antes, o suor encharcando os agasalhos do Park fazendo que seus cabelos grudassem contra sua testa, os lábios estando roxos e quebradiços.
Alertei-me de imediato, a sensação grogue de sono se esvaindo do mesmo jeito que a preocupação tomara conta de mim.
—Jimin. —chamei com um tom deveras desesperado e tentei levantar o corpo inerte do outro para se recostar na cabeceira da cama, o que foi uma tarefa árdua e totalmente desaprovada pelo rosado.
Elevei uma das minhas mãos em direção à testa do Park e me choquei quando realmente senti sua temperatura demasiada quente, ameacei retirar as cobertas de cima do corpo do menor já que estavam contribuindo para a alta febre, e Jimin apenas tentou me impedir com suas mãos.
—E-está muito frio. —ele dissera batendo os dentes, o corpo tremendo devido a intensidade do frio que sentia.
Eu deveria esperar por isso, nos últimos dias o garoto tinha ficado quietinho e amuado em seu canto, sem fazer muita coisa, sem dizer muita coisa... Mas eu realmente pensei que ele estava melhor. E também tinha o fato de que era nessa época que as flores caíam, era nessa época em que elas... Bem, toda aquela hipótese me assustava em demasia.
—Jimin, acorda. A gente precisa abaixar sua temperatura, vem vamos tomar um banho. —disse determinado, procurando força e foco até mesmo onde eu não tinha pra conseguir ajudar o Park da forma mais racional possível. Eu não podia deixar que nada acontecesse com ele.
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under the cherry blossom tree | pjm + jjk / jikook
FanfictionDesde a infância Jeongguk fora fascinado em procurar respostas para perguntas complexas. Foi dessa forma, que em sua adolescência, ele começou a questionar a si mesmo e o porquê de se machucar tanto ao longo dos anos devido as circunstâncias familia...