A primavera tinha chegado. Tudo pareceu ter cor e vida novamente. A diferença na aparência de Jimin era mais do que notável, os raminhos em seus galhinhos estavam quase todos cobertos por flores róseas lindas e saudáveis, as madeixas de mesmo tom pareciam cintilar ao sol, os olhos estavam ficando em sua cor habitual cor de rosa por mais tempo. Tudo estava indo extremamente bem. O Park estava saudável e bem... Nossos sentimentos tinham sido esclarecidos.
Não poderíamos estar melhores. O menor e eu apenas ficamos ainda mais próximos, meus pais estavam preocupados com o mundinho superficial deles e tinham me deixando em paz depois que resolvi enfrenta-los face a face. Finalmente minha vida parecia estar entrando nos eixos.
Naquele mesmo dia, Jimin, Cookie e eu fomos dormir demasiadamente cedo. Eram apenas 20h00 da noite quando caímos no sono, eu acariciando os cabelos do Park, o menor com a cabeça contra meu peitoral e o Spitz deitado entre nós dois aos nossos pés. Não tinha um motivo específico para estarmos tão cansados, já que tínhamos ficado o dia inteiro curtindo um ao outro e mais nada. Todavia, dormimos rápido mesmo assim.
Acordei horas depois, espreguiçando-me e estranhando o fato do rosado não estar mais deitado na cama comigo. Ainda com meus olhos fechados, direcionei a minha mão até o outro lado da cama a fim de sentir Jimin ali. Minhas mãos se perderam em meio aos lençóis e logo uma brisa fria atingira o meu corpo ao entrar pela janela.
Senti minha garganta ficar secar e sentei-me na cama com o intuito de ir em direção às cortinas, à janela que tanto me atraía. Eu fui e quando olhei para fora, encontrei Jimin parado em frente à cerejeira, abraçando o próprio corpo por causa do frio. Senti-me mais tranquilo, por isso vesti um agasalho, pegando uma blusa para o menor também.
Saí do quarto e desci as escadas com cuidado e atravessei a cozinha para ir até o cômodo que antecedia o jardim. Abri a porta que se encontrava fechada e fui em direção ao rosado com um sorriso no rosto. Ele parecia tão bonito sob a luz do luar, parado ali em nostalgia.
Andei sorrateiramente até o menor e acabei por deixar o agasalho que tinha trazido em cima de seus ombros para esquentá-lo, abraçando-o o por trás e me curvando para apoiar o meu queixo em dos seus ombros. Alguns segundos longos de silêncio perpetuaram entre nós dois. Tudo o que se era audível era a brisa noturna e o balançar das flores da árvore de cereja, que de tão frágil caíam aos montes como uma chuva rósea.
—O que está fazendo aqui tão tarde, Chim? —questionei como quem não quer nada, brincando com a barriga do menor com as pontas dos meus dedos.
—É lindo, não é? —o rosado indagou sério, seu olhar se perdendo na árvore em sua frente. Olhei-o de soslaio, seus olhos pareciam brilhar ao encarar aquela bonita cena.
—Assim como você. —respondi em um tom de brincadeira e provocação e deixei um beijo na bochecha gordinha alheia, no mesmo local onde eu sabia que se encontravam aquelas suas constelações de sardinhas. O que mais eu poderia querer? Eu tinha o céu e a terra como a pessoa que eu mais amava. —Você está se sentindo nostálgico?
No momento em que a última pergunta deixara a minha boca, Jimin fungou e virou-se de frente para mim dando-me a completa visão de suas feições chorosas e doloridas. Os olhos cor de rosa marejados como nunca antes, as lágrimas irrompendo sem parar sobre o rosto alheio.
A única pergunta que me inquietava a mente era: Por quê?
O menor direcionou ambas as mãos até os meus ombros, acariciando-os e descendo o toque para todo o meu braço até encontrar minhas mãos, as quais ele pegou em suas semelhantes.
—Eu estava dormindo quando uma borboleta me visitara, Jeonggukie, convidando-me para vir aqui. —começara. —Você sabe o que borboletas com hábitos noturnos significam para nós, flores? O final de um ciclo, a paz e a constatação de que nossa missão chegou ao fim. —comprimiu os olhos fortemente em dor.
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under the cherry blossom tree | pjm + jjk / jikook
Fiksi PenggemarDesde a infância Jeongguk fora fascinado em procurar respostas para perguntas complexas. Foi dessa forma, que em sua adolescência, ele começou a questionar a si mesmo e o porquê de se machucar tanto ao longo dos anos devido as circunstâncias familia...