Abri meus olhos, sem lembrar por que já estava sorrindo. Pisquei algumas vezes, tentando colocar minha visão em foco, e suspirei preguiçosamente. Um perfume bom encheu meus pulmões, me fazendo alargar o sorriso. Minha mão estava ao lado do meu rosto, espalmada sobre o peito dela, que subia e descia calmamente de acordo com sua respiração. Seu cheiro estava por toda parte, me entorpecendo, e seu braço envolvia meus ombros, me impedindo de me mexer.
Olhei pra cima e vi que Dalila ainda dormia como um bebê, mesmo após umas duas horas de sono. Sorrindo feito uma retardada, apenas fiquei observando-a dormir, fazendo carinho devagar em seu peito e me lembrando de tudo que tínhamos feito antes de apagarmos.
- Você pretendia ficar me olhando por quanto tempo? - ouvi a voz dela dizer baixinho, me fazendo corar de leve. Dalila abriu os olhos e me encarou, com um sorriso desconfiado no rosto.
- Não sei, talvez até você acordar e me fazer essa pergunta. - respondi, fazendo seu sorriso aumentar. Sem dizer nada, Dalila me beijou delicadamente, e virou de lado, nos deixando de frente uma pra outra na cama.
- Pra sua informação, eu já tava acordada. - ela murmurou, deslizando sua mão pela minha cintura devagar. - Você é que ficou dormindo feito pedra em cima de mim até agora pouco.
- Me desculpe se a instituição de ensino onde a senhora trabalha e eu estudo me faz acordar às 6 da manhã todo santo dia. - falei, fingindo estar ofendida, e fazendo-a rir.
- Nossa, mas que menina mais brava que eu fui arranjar. - ela disse, me puxando pra mais perto dela.
- Sou mesmo. - confirmei, fazendo cara de irritada e me apoiando num cotovelo. - Se não gostou, eu vou embora agora mesmo e não te incomodo mais.
- Olha só, além de brava é independente! - Dalila riu, me segurando com mais firmeza pelo quadril como se quisesse me prender ali. - Quero ver você continuar com essa coragem toda pra levantar daqui.
Quando fui abrir minha boca pra retrucar, ela me calou com um beijo intenso e sua mão subiu do meu quadril pro meu rosto, enquanto a outra me abraçou pela cintura. Obviamente tudo que eu pensei em dizer sumiu da minha memória assim que nossas línguas começaram a brincar uma com a outra, num misto de provocação e tranquilidade. Pude sentir Dalila sorrir durante o beijo, vitoriosa por ter conseguido me calar, e não consegui não sorrir junto.
- Ainda tá bravinha? - ela murmurou, ainda sorridente, quando partiu o beijo.
- Idiota. - resmunguei, fechando os olhos em sinal de derrota e vergonha. Dalila riu baixinho e me deu um selinho demorado, deitando sua cabeça bem próxima da minha e fazendo com que as pontas de nossos narizes se tocassem.
- Você fica linda demais com vergonha, sabia? - ela disse, me abraçando pela cintura suavemente. - Mais do que já é.
- Você não se enxerga mesmo, né? - falei baixinho, com um sorriso derretido enquanto acariciava seu rosto, desenhando seus traços e fazendo-a fechar os olhos algumas vezes. - Não existe nada em você que não me agrade, nada que te estrague. Você é simplesmente perfeita, não tem nem o que dizer. Esse rostinho de bebê, esse sorriso lindo, seu corpo, seu jeito… Tudo.
Dalila, que estava de olhos fechados quando comecei a falar, abriu-os e me olhou firmemente, ouvindo com atenção tudo que eu dizia e alargando seu sorriso a cada palavra.
- Incrível como uma garota de 17 anos pode dizer coisas que uma mulher de 30 não teria sensibilidade nem pra sonhar em dizer. - ela sorriu com os olhos brilhando, fazendo carinho em minha bochecha com o polegar. - E que só te deixam mais linda aos meus olhos.
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My Biology - Vamila
RomanceO que fazer quando você se vê envolvida com sua professora de biologia, mas terrivelmente atraída por sua insuportável professora de laboratório? Camila não esperava pelas reviravoltas de seu último ano no colégio e nem que seus pensamentos seriam t...