three

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| RUEL 🍥

Ruel tentara prestar atenção no que seu amigo dizia, mas não conseguia. Não conseguia tirar os olhos da garota ruiva sentada no outro lado do pátio. Nunca a vira antes, deveria ser novata. Mas algo nela, tão diferente... seria da Australia mesmo?

– Eii! Ruel!! – Noah chama, estalando os dedos na cara do amigo.

– Oi. – o loiro responde, após piscar algumas vezes.

– O que está olhando? – Noah, que estava de costas para a garota, se vira para encontrar o que causara tamanho interesse em seu amigo que não seria capaz de prestar atenção em sua história – Uma garota! – Noah exclamou, surpreso.

– Você acha que ela é daqui? – Ruel pergunta, endireitando o corpo.

– Definitivamente não. As meninas daqui são quase todas iguais.

– Ela está sozinha.

– E?

– Ela é novata. E ninguém se preocupou em conversar com ela.

– Não acho que seja na nossa conta. As vezes ela é esquisita.

– Pode ser. – Ruel pensa – Ela parece esquisita pra você?

– Pelo amor, Ruel! Vamos logo falar com essa garota!

– Mas eu- – o loiro tenta impedir, mas seu amigo já estava perto da menina de cabelos ruivos. Ruel engoliu em seco e se aproximou devagar.

– Oi. – Ruel disse. A garota, que estava brincando com um anel em seus dedos, olhou para os dois meninos ao seu lado. Ela sorriu.

– Oi. – disse, sem o famoso sotaque australiano.

– Oi. – Noah interrompe – Eu sou o Noah, e o gatão aqui é o Ruel. – ela ri, fazendo Ruel corar – Você não é daqui, né?

– Oi. Eu sou a Maria. Não, na verdade. Sou do Brasil.

– Do brasil?! Perdão mas você não parece Brasileira. Nem sabia que lá tinham ruivos!

– Sim, temos ruivos! – ela ri novamente – Me mudei para cá esses dias. Coisas de família.

– Seja bem vinda. – Ruel diz.

— Obrigada! – ambos sorriem um para o outro, enquanto Noah observava a situação com um sorrisinho malicioso no rosto.

– Ninguém veio falar com você? – pergunta o moreno.

– Am, não exatamente. Meu irmão me abandonou para ficar com os amigos. Ele, ao contrário de mim e minha mãe, já mora aqui há 2 anos. Mas, respondendo a sua pergunta, não, ninguém veio falar comigo ainda.

– Bom, nós viemos. Pedimos perdão pela péssima recepção.

– Tudo bem. – a ruiva ri. Ruel notara algo de familiar na garota, e então lembrou-se de uma coisa.

– Quem é o seu irmão?! – perguntou.

– Lucas. Está no segundo ano. E eu, no primeiro.

– Cara, ela é irmã do Lucas! – exclama Noah – Somos amigos do seu irmão. Ele é muito gente fina.

Gente fina. – repete a ruiva, segurando o riso. Esse tipo de adjetivo não se ouvia no Brasil com frequência.

– Acho que temos que ir, Ruel. – diz Noah, conferindo o horário no relógio.

– Ok. Ah, espere. Maria, você sabe como chegar na sua sala?

– Eu dou um jeito. – sorri.

– Onde é? Eu posso te levar.

– Q.07. Tem certeza? Não quero que se atrase por mim.

– Não tem problema algum. É perto da minha. Noah avisa a professora por mim, certo Noah?

– Certo. – afirma o moreno.

Noah e Maria se despedem, e Ruel vai andando com a ruiva até a sua sala. De fato, era muito perto. No caminho, o loiro perguntou se ela estava gostando da autralia ate agora. Foi respondido com um largo sorriso, e as palavras "é brilhante!"

– É aqui. – diz, parando na frente de sua sala. Conseguiu ouvir algumas meninas do primeiro ano sussurrando e tendo tipos de surto ao vê-lo. Estava acostumado, afinal, não é todo mundo que estuda na mesma escola que um popstar de 17 anos. Maria pareceu notar, mas não pareceu saber o motivo. Ruel pensou que nem deveriam saber seu nome do Brasil.

– Muito obrigada. – ela sorri.

– Te vejo mais tarde? – pergunta o garoto.

– Até depois! – ela se despede do loiro e entra na sala, se sentando na primeira carteira.

No caminho para sua sala, Ruel não conseguiu parar de pensar em duas coisas. Uma delas era se Maria sabia quem ele era. E a outra, era seu sorriso.

𝐌𝐔𝐒𝐄 | [ruel van dijk] Onde histórias criam vida. Descubra agora