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| RUEL 🍥

Algumas semanas se passaram, e Ruel e Maria se tornaram ótimos amigos. Felizmente, Ruel estava se sentindo mais motivado para escrever. Contou seu problema para a brasileira, e desde então, ela tem feito de tudo para ajudar o amigo a encontrar a luz vermelha da qual falava.

Mesmo tentando adiar, o inevitável aconteceu – os pêssegos acabaram. Maria só falava desses pêssegos há 3 dias, e de como não seria capaz de viver sem os mesmos.

Ruel vinha planejando levá-la em uma feira de frutas tropicais. Encontrou na internet, esse evento que acontecia todo dia 12 do mês. Como o dia era 12 de outubro, resolveu levar Maria ao lugar.

– Aonde está me levando? – perguntou Maria, dando impulso no skate (nessas semanas, Lucas ensinou a irmã a andar de skate, e sair para praticar com Ruel se tornara parte de sua rotina!).

– Você vai ver. – respondeu o loiro. Não queria que soubesse antes — esperava surpreendê-la. Tinha certeza que adoraria.

Em alguns minutos os adolescentes chegaram na feira. Os olhos de Maria de encheram de brilho. Esse brilho, esses olhos... algo neles fazia com que Ruel não conseguisse nem andar em linha reta.

– Pêssegos! – exclamou, sorrindo. Ruel sorriu também, mas observando a garota. Maria se agarrou no pescoço de Ruel dizendo várias vezes a palavta "obrigada" em seu ouvido. Talvez tenha sido o momento mais feliz da vida do loiro.

– Vamos, vamos. – disse, puxando o garoto pela mão. Ruel sentiu seus joelhos vacilarem com o toque.

Compraram vários pêssegos e saquinhos de chá, coisa que Maria amava mais que as músicas de Del Rey. Anestesiada de felicidade, Maria sugeriu que se sentassem um pouco na areia, para ver o por do sol na praia. Ruel topou. Toparia fazer tudo que Maria quisesse.

Sentados ali na areia, com o brilho do sol batendo nos cabelos esvoaçantes da brasileira, Ruel teve certeza que a garota teria um efeito sobre ele. E, não podia mentir, gostava desse efeito.

– Maria? – chamou, apoiando os antebraços na areia.

– Hm? – respondeu.

– Eu não sei porque nunca te perguntei mais... Por que você veio pra cá tanto tempo depois do Lucas?

– Ah. – ela olhou para baixo, passando o cabelo para trás da orelha – Eu morava com a minha mãe, no Brasil. Meus pais eram separados. E.. ela.. bom, ela morreu. Pensei que Lucas tivesse te contado. – sorriu fraco.

O coração de Ruel se quebrou em mil pedacinhos. Não devia ter perguntado. E de fato, não sabia porque Lucas não contara algo tão importante.

– Sinto muito, M. – disse o loiro – Eu não sabia.

– Tudo bem. – respondeu, deitando-se na areia. Ruel não poda acreditar que a menina alegre e bem humorada que conhecera, era a mesma que perdera a mãe há pouco. Maria era incrível.

– Como ela era? A sua mãe. – deitou-se ao seu lado, virando os rostos um para o outro – Se não se importar.

– Sublime. – respondeu com um sorriso.

Sublime.

Maria se aproximou de Ruel, quase colando seus rostos. Ruel hiperventilava. Estava disposto a ser quem ela quisesse. Por um segundo, pode jurar que Maria iria beija-lo. Mas ela não fez. Ruel também não. Apenas se olharam. Olharam-se até o anoitecer.

Ruel levou a ruiva em casa, e depois seguiu seu caminho. Quando encontrava-se em seu quarto, o loiro pôs-se a escrever.

E naquela noite, Ruel escreveu uma música. Escrevera uma música sobre a influência que Maria tinha sobre ele.

Ruel havia alcançado sua luz vermelha.

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cap maiorzinho por razões de: surto time

𝐌𝐔𝐒𝐄 | [ruel van dijk] Onde histórias criam vida. Descubra agora