Demorei? Sim. Me perdoem! Eu ando meio ocupada por conta da minha semana de provas e eu estava sem inspiração nenhuma, até que tive uma ideia de escrever um final alternativo com o Stan no IT: Capítulo 2. P.S.: Eu amo essa música♥️ ⚜️⚜️⚜️⚜️⚜️⚜️⚜️🔸⚜️⚜️⚜️⚜️⚜️
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🔸Eu juro... — Stanley U.🔸
27 anos depois
O celular começou a vibrar e tocar encima da mesa de vidro que fica no meio da sala. Stanley estava na cozinha, terminando de lavar a louça, enquanto S/N saia do banheiro enrolada numa toalha de cor amarelo claro.
— S/A! O celular tá tocando! — Stan gritou enquanto esfregava a esponja no prato que segurava.
— Já tô indo! — a mulher gritou e de toalha mesmo foi até a sala, pegou o celular e olhou o número, vendo que no identificador estava "Derry". Sentiu seu coração apertar e sua respiração falhar levemente.
S/N olhou para o Stan, que estava de costas para ela enquanto lavava. A cozinha tinha uma bancada que dava à vista para a sala. Saiu da sala e entrou no quarto, fechou a porta e sentou na cama, apertando o botão e colocando no ouvido.
— Alô? — a mulher disse, no tom mais baixo o possível para que seu marido não a ouvisse.
•S/N Meu coração batia de forma rápida e acelerada, sinto um mal pressentimento em relação a esta ligação.
— S/N? Aqui é o Mike, de Derry. — a voz disse e tive um curto flashback de Mike e eu conversando na pedreira.
— Mike?! Como vai? — falei tentando ignorar a sensação que incomoda cada vez mais.
— Bem... eu só queria dizer que a Coisa voltou e que você precisa voltar pra Derry. — Mike disse e eu fechei os meus olhos, como se eu os abrisse não passaria de um sonho.
— Mike, e-eu não posso...
— Você prometeu lembra? Fizemos uma promessa. — ele disse e eu acenei, mesmo ele não podendo ver.
— Tá, eu vou. — falei e Mike disse um "estarei te esperando, até" e eu murmurei um "até" também.
A porta abriu e Stan colocou o rosto na fresta que ele tinha aberto, abaixei o celular e fiquei segurando com as duas mãos e o olhei. Stan entrou e sentou ao meu lado, levantando o meu rosto e o fazendo olhar. Tive um momento de flashback, onde Stan está na banheira e olhava para o nada com os pulsos sangrando.
— S/A?! O que houve? — ele disse e segurou minha mão, balancei a cabeça e dei um selinho nele.
— Está tudo bem, Stan. Só estive pensando. — sorri e ele me olhou desconfiado.
— Quem te ligou? — ele apontou para o celular.
— Ligaram por engano. — falei e ele apenas concordou e ficou olhando pro nada. Me levantei e fui pegar algo pra vestir, Stan não acreditou no que eu disse. Ele sempre sabe reconhecer os nossos verdadeiros sentimentos mesmo quando nos tentamos esconder.
Me vesti na frente dele mesmo, já somos casados a bastante tempo para eu não ter mais vergonha de me trocar na sua frente. Saímos do quarto em silêncio, a imagem dele na banheira ficava a todo instante aparecendo na minha mente. Foi só uma ilusão? Talvez só seja algo da minha cabeça.
Nos sentamos e começamos a ver o programa que Stan assistia todas as noites, onde uma família passava por alguns testes para quando vencer ganhar uma certa quantia de dinheiro. Stan vez ou outra falava as respostas antes dos participantes, murmurava algumas coisas e ria de algumas situações. Sorri lembrando que era apenas uma imaginação minha e me levantei, indo pra cozinha preparar um lanche para mim. Enquanto eu pegava o copo de suco, escutei ele falando alguma coisa e suspirando. Olhei pela bancada vendo que ele estava em uma ligação, sua voz soava baixa e rouca.
Ah não.
Logo tudo ficou em silêncio, apenas o som da TV que continuou mas soava em um volume baixo e parecia tão distante que quase eu não percebia. Stan se levantou como se estivesse hipnotizado e a imagem veio na minha cabeça novamente.
Soltei o copo de qualquer forma — ele quebrou dentro da pia depois que soltei com força — e corri até o meu marido, o segurando pelo pulso. Meu coração doía como se estivesse levando facadas, minhas mãos tremiam e suavam. Stanley me olhou com os olhos sem vida e o rosto pálido, senti meus olhos se encher de lágrimas.
— Stan... — fiquei na frente dele e coloquei a minha mão no seu rosto, que pôs a sua em cima e fez um carinho.
— Ele voltou, S/N. — Stan sussurrou, e eu concordei já com o rosto cheio de lágrimas. — E-Eu estou me lembrando de tudo, dos momentos de terror que passamos juntos, do medo que eu sentia, que nós sentíamos...
— Stan, você precisa se acalmar. — coloquei minhas mãos no seu peito e o empurrei até o sofá, fazendo ele sentar e eu me ajoelhar na sua frente. — Dessa vez as coisas vão ser diferentes.
Sussurrei e ele aproximou o seu rosto do meu, como se estivesse contando um segredo.
— Só conseguimos sair vivos daquela vez por um milagre, o que garante que sairemos vivos?
Engoli seco, ele voltou a encostar no sofá e olhar pro nada.
— Somos adultos agora, temos mais forças e mais conhecimento que antes, Uris. — falei e ele sorriu. Um sorriso triste.
— Eu amo você, S/N, mas não vou voltar e nem você. — ele disse e ameaçou se levantar, mas novamente o impedi.
— Por que?
— Eu estou com medo... — ele sussurrou. — Estou com medo da Coisa e de perder você.
Me sentei ao seu lado e peguei na suas mãos, beijei sua bochecha esquerda, encostei nossas testas e fiquei o olhando.
— Não vou morrer e não vou deixar ele se aproximar de você, ouviu? — falei e ele sorriu levemente. — Por favor, Stan. Fizemos um juramento lembra? Faça isso por mim, pelo juramento, pelos Losers Club!
— Certo, vamos arrumar as nossas coisas... — ele murmurou e eu sorri, o beijando.