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Stanley Uris — Você é incrível
— S/N, é só um filme... — Stan disse, passando a mão delicadamente pelas minhas costas.
Decidimos assistir Titanic, quando chegou na parte que Jack morre, eu não aguentei e acabei chorando. Stan, me abraçou e ficou me consolando para tentar me acalmar, fazendo carinho em mim também. Talvez seja a tpm ou sei lá.
— É m-muito triste! — eu solucei e escutei Stan rir, me afastei do abraço vendo ele rir levemente de mim. — O que foi?
— Até chorando você fica uma graça S/N. — ele sorriu e eu senti minhas bochechas arderem. Fiz bico e revirei os olhos.
Murmurei um palavrão e peguei o pote de sorvete que estava na mesa, começando a comer sendo observada por Stanley.
— O que foi Stanley? — perguntei e ele deu de ombros. — você está me olhando o dia inteiro! Não cansa não?
— Com essa beleza sua? Impossível. — ele sorriu e eu revirei os olhos. Coloquei novamente o pote de sorvete na mesa e me aproximei de Stan, coloquei minha mão na sua testa. — S/A?
— Vendo se você tá com febre. Acho que tá delirando ou passando muito tempo com o Richie. — falei e foi a vez dele revirar os olhos, fazendo eu cair na gargalhada.
— Não posso ser romântico com você por um minuto e você já diz isso? — ele cruzou os braços.
— Desculpa Stan. Mas só não tô preparada para ser de repente. — falei e ele acenou concordando comigo em silêncio. — Quer dar uma volta?
— Quero, mas antes eu acho melhor você lavar essa sua cara de choro. — ele riu e eu corri rapidamente para o banheiro, lavando o meu rosto. Voltei à sala e saímos da minha casa, de mãos dadas.
Fomos ao parque e ficamos sentados em um banco de madeira, observando a paisagem. Stan me contava sobre algumas coisas que eu não sabia e tinha dúvida e eu fiquei fazendo graça pra ele. Somos o oposto, enquanto Stan é maduro e mais sério, eu já sou igual o Richie, sempre fazendo piadas a diferença é que minhas piadas são boas e não tem besteira.
Mas talvez seja isso que faz sermos tão felizes com o relacionamento, apesar das diferenças e semelhanças, sabemos lidar com elas. Segundo os Losers somos o casal mais fofo de Derry e eu sempre concordo. Depois de um tempo, decidimos voltar e no caminho comprar um sorvete para ir tomando.
— Certo S/N, fique aqui. Eu vou lá comprar! Já volto. — Stan beijou minha bochecha e foi até a sorveteria, fiquei sentada esperando o menino dos "cachos dourados" voltar com o meu sorvete. Observei que algumas crianças fizeram uma rodinha e pareciam brigar já que algumas estavam se movendo de forma inquieta.
Devo ir lá ou finjo que nada aconteceu?
Me levantei e andei até a rodinha.
— Olá! Tudo bem? — perguntei parando um pouco perto deles, que se viraram para mim e reparei que tinha um menininho deitado encolhido no chão e outros meninos em volta dele.
— Quem é você tia? — argh, isso doeu. Respirei fundo e me abaixei, ficando cara a cara com o menino.
— Sou S/N S/S, posso saber o que vocês estão fazendo? — falei e as crianças riram. Olhei para eles confusa. — O que foi? Tenho cara de palhaça agora?
As crianças pararam de rir e ficaram sérias. Sorri vitoriosa e me levantei, fiz um sinal para eles se afastarem do menino e coloquei a mão no ombro dele.
— Hey, tudo bem? — perguntei e ele me olhou, seus olhos e nariz vermelho me mostram que estava chorando e percebi que tinha alguns hematomas. — Quem fez isso com você?
Ele se sentiu e passou a mão no rosto, balançando a cabeça. Voltei a insistir na pergunta.
— Foram eles não é? — o menino ficou em silêncio e olhei para os outros. — Acham isso legal?! Isso é o cúmulo de babaquice! São tão novos e já agem assim? Seus pais devem estar decepcionados com vocês! Agora sumam daqui e nunca mais perturbem ele, ouviram? Melhor, nunca mais perturbem ninguém! Senão eu vou ser bem pior na próxima vez que eu souber!
Os meninos me olharam espantados, até mesmo o garotinho. Confesso que exagerei sim, mas isso é para eles entenderem que é errado e não se tornar um Bowers na vida!
— Ouviram? — perguntei e eles concordaram. — Ótimo! Agora vão embora!
Obedientes, foram embora. Ajudei o menino a se levantar e limpei um pouco de sujeira que tinha nele.
— Vá para casa! Qualquer coisa é só me falar. — falei e ele riu, concordando.
— Obrigada. — ele sorriu e eu sussurrei um "de nada" para ele, que saiu correndo do parque. Assim que me virei em direção ao banco mais cedo, percebi Stan segurando os dois sorvetes e rindo.
— O que foi?
— Você é incrível S/N. — ele disse e eu apenas sorri, dando um selinho rápido nele. — Vamos comer antes que derreta.
