07 - Olivia

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- Bom dia, mui bela. - A voz doce e suave de Laurence ressoou em meus ouvidos e me fez sorrir em meio ao sono leve.

- Bom dia, ragazzo. - Respondi com o melhor do meu italiano.

Rolei na cama até estar de frente para o meu doce marido que me recepcionou com um radiante sorriso matinal.

- Pronta para as nossas aventuras?

- Já nasci pronta, querido. - Me inclinei e recebi os seus lábios cheios e macios a acariciar minhas bochechas e testa, distribuindo beijinhos. Com as mãos, passeei por seu dorço nu e apalpei todos os seus músculos bem trabalhados do seu braço.

Laurence, como o bom ator que é, me deixou continuar as carícias até eu estar com a mão a beira do elástico de seu moletom.

- Olivia... não é esse tipo de aventura matinal que estou me referindo. - Mas aquele sorriso sapeca continuava a lhe estampar a cara.

- Eu sei, meu amor. - Movi os lábios por todo seu rosto e alcancei os seus. Como esperado, ele não me recusou. - Mas podemos nos aventurar assim um pouquinho...

Desci a mão um pouco mais e ele suspirou.

- Ragazza... prometemos que voltaríamos com as corridas depois daquela temporada em Nápoles. - Ele me reprimiu, mas os olhos estavam trincados de prazer enquanto minhas mãos hábeis exploravam um pouco mais da área.

- E vamos cumprir a promessa. - Beijo seus lábios novamente como que pra selar o pacto. - É só que... - Eu preciso muito me distrair do fato da minha ex amante estar namorando. - Eu preciso muito.

- É? - Ele se anima. Literalmente. - Muito quanto?

- Muito muito. - Pego uma de suas mãos e a levo para o ponto úmido entre minhas pernas.

...

Uma brisa fresca soprava do Central Park quando Laurence e eu atravessamos a avenida que ligava nosso prédio ao famoso parque. Nova York estava bem movimentada, como de costume, e os turistas abarrotavam as cafeterias e lojas da Times Square. Uma frota de táxis amarelos continuou o tráfego após a abertura do semáforo, muito mais reluzentes pelas gotículas de água espalhadas nos para brisas.

- Será que choveu a noite? - Laurence me perguntou ao observar ao nosso redor.

Algumas pessoas levavam guarda-chuvas nas mãos e as nuvens acima nos cobriam como uma grande gaiola acinzentada. A luz do Sol, pálida e suave, provia de uma única frestra entre elas.

- Não constantemente. - Já estávamos entrando no parque quando meu Nike caríssimo recém adquirido e nunca usado pisou em uma poça de água. - Mas as pancadas foram fortes entre 2h e 4h.

- Estava acordada esse horário? - Ele me olhou de lado com um pouco de preocupação.

- Sim. Não tenho dormido muito bem a noite. - Balencei a cabeça para livrar meus pensamentos do motivo disso ter acontecido.

- Desde quando? - Opa, Sherlock. Para quê a investigação? - Você sempre dormiu bem.

- Não sei bem desde quando ou porquê. - Minto profundamente. É claro que sei com imensa precisão a data e as causas da minha insônia. Mas o que eu poderia dizer? Ai, amor, acontece desde que terminei meu caso lésbico secreto com uma adolescente de 17 anos. - Mas acho que desde de Nápoles e o fim da fashion week.

- Pode ser estresse por causa disso tudo. - Ele procura minha mão em meio a fila que as pessoas faziam na entrada do parque e a acaricia entre as suas enormemente grandes. - São semanas bem pesadas para vocês. Castings, desfiles, photoshots... é bastante coisa.

BAZAAR // season 02Onde histórias criam vida. Descubra agora