Alina Mickiewicz estava vivendo o sonho de qualquer um da sua idade: estudava seu curso dos sonhos na Universidade Columbia; tinha uma família rica; tinha tudo planejado para o futuro. Mas chegar em Nova York, uma cidade tão agitada e moderna, poder...
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Esplêndido!
Extraordinário!
Magnífico!
Não tenho ideia de que horas são. Não tenho ideia de quem é essa gente toda. Não tenho ideia se minha bolsa está segura aqui.
Ora, vamos! A quem eu quero enganar? É óbvio que minha bolsa não está segura no meio dessa gente suada, estranha e... fedorentas.
Sim, tentei ao máximo ser gentil e compreensiva aqui nesta cidade. Mas é impossível ignorar as estatísticas de violência em Nova Iorque! A taxa de estupros sobe, a de overdose por drogas pesadas e nem citarei os assassinatos.
Ah!, maldita Anneliese!
Ah, droga! Esse lugar está me fazendo tão mal que estou começando a amaldiçoar a minha própria prima. Acima de tudo, uma filha de Deus.
Oh, Cristo! Estou desconfiando e menosprezando toda essa gente!
Não, não, não. Padre Julius me daria uma bronca daquelas!
Certo, Alina. Respire fundo e conte de um até dez.
Um...
― Lin, olha só aqueles gostosos! ― Anneliese grita, mesmo estando a alguns centímetros longe de mim.
Tudo bem, não a culpo. Aquele lugar está muito barulhento.
Dois...
― Uh... ― Anneliese geme e preciso segurá-la imediatamente antes que ela caia e se ja pisoteada por todos aqueles homens selvagens.
Três...
O clube em que estamos seria um lugar aconchegante se não fizesse tanto calor, se não cheirasse a vômito e mijo e se não fosse tão escuro. A única iluminação que há são luzes de neon que viajam pelas cabeças dos outros e ofuscam a minha visão.
Quatro...
― Ah, vai começar!!! ― Annelise grita novamente.
Creio que a gritaria dela soaria como a música do Elton Jhon se comparada com o som que a guitarra fez.
Cinco...
Uh, a fonofobia ataca novamente.
Acho que não conectaram essa guitarra muito bem, pois o som agudo que se inicia é capaz de estourar os meus miolos.
Minha cabeça começa a doer. Há duas bigornas imaginárias imprensando a minha cabeça, enquanto que meu coração começa a bater cada vez mais forte e minha respiração se torna falha e dificultosa.
Eu fico apavorada.
Ótimo, começou!
Estamos muito perto do palco, mas eu ainda observo o chão e não tenho a mínima vontade de ver os integrantes daquela banda.