Alina Mickiewicz estava vivendo o sonho de qualquer um da sua idade: estudava seu curso dos sonhos na Universidade Columbia; tinha uma família rica; tinha tudo planejado para o futuro. Mas chegar em Nova York, uma cidade tão agitada e moderna, poder...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ainda enrolada na minha jaqueta, posso ouvir sua respiração cansada e os dentes batendo uns nos outros.
Teve que abrir uma das janelas para Anneliese poder vomitar.
O vento é forte, mesmo eu dirigindo numa velocidade lenta. Pobre Alina.
A garota ainda está assustada com o estado da prima. Nunca viu uma pessoa de porre, então é compreensível. Fiquei minutos tentando convencê-la de que não valia a pena gastar dinheiro levando Anneliese para o hospital.
Nós tivemos que ouvir xingamentos e sofremos com alguns puxões de cabelo. Anneliese não sabe beber. Por Deus!
Alina insistira em sentar-se ao lado da prima, nos bancos de trás. O que eu posso fazer, não é mesmo?
― Acho melhor fechar a janela novamente. ― comento.
― Não. Anneliese precisa de ar.
Ok, senhora Sofro, mas protejo pessoas que não merecem.
As garotas moram em Morningside Heights, e acredito firmemente que nem sabem onde moram. A única informação que tenho é o nome da rua, mas nada sobre as coordenadas.
Não há pessoas acordadas para pedirmos informações e eu nunca andei por esse bairro chique, então teremos que nos virar com as placas.
― Moram por aqui há quanto tempo? ― pergunto.
― Uma semana. ― ela responde, sem gaguejar.
Merda.
― Estão sozinhas?
― Não. Nosso tio sempre está por lá. Ele é General, mas sempre que pode nos visita.
― General? Vocês têm grana. ― comento, rindo.
― Não é pra tanto. Minha família inteira vem do exército. Apenas eu e Anneliese que decidimos ir para a vida acadêmica.
Ah, agora entendi.
Sorrio com a esperteza dessa menina.
Tudo bem, ela está num carro de um estranho, num lugar estranho e com uma prima bêbada. Porém, ela não teve escolha alguma.
Vejo que segura algo na bolsa há muito tempo. Provavelmente algo para se defender de mim.
E agora está expondo que vem de uma família poderosa e, se eu pensar em agredi-la, estaria fodido.
Gostei dela.
Por consideração, finjo que caí em sua... ameaça disfarçada de uma conversa inocente.
― Bom para você. Meus pais são donos de uma padaria. ― rio e consigo ver um projeto de sorriso em seu rosto. Bem parecido com o que eu vi quando ela soube que sua prima estava a salvo.