Alina Mickiewicz estava vivendo o sonho de qualquer um da sua idade: estudava seu curso dos sonhos na Universidade Columbia; tinha uma família rica; tinha tudo planejado para o futuro. Mas chegar em Nova York, uma cidade tão agitada e moderna, poder...
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1 hora se passa. Não tenho mais unhas para roer. Odeio o fato de estar me preocupando novamente com Anneliese, mas não consigo evitar!
E além disso, meu coração está partido e não entendo o porquê.
Simplesmente me encontro só nesta grande sala de TV, esperando por minha prima e passando por sentimentos estranhos de tristeza e um nó na garganta que insiste em me atormentar.
Nem O Pequeno Príncipe me anima agora.
Assim que levanto para beber água, ouço o ruído de caminhonete. Por via das dúvidas, decido correr para o meu quarto. Não quero que Anneliese me veja e nem o brutamonte do Petrus.
Também não quero ver minha prima em tão pouco tempo. Como ela pode ser tão despreocupada e egoísta?
Ouço vozes lá fora e o barulho de portas se fechando. Tenho certeza de que ela irá dormir durante o resto da manhã.
Ora, ela vai ver uma coisinha. Ou melhor, ouvir.
Assim que o relógio aponta para as 8 horas, levanto-me determinada a fazer uma faxina na casa. Ligo a rádio e ponho num volume além do aceitável e lavo a louça de forma desastrada e barulhenta.
Não dou nem dois minutos até que ela acorde.
― Que porra é essa? ― não falei?
― Olhe como fala, mocinha!
Anneliese está vermelha de raiva e suas bochechas estão infladas. É uma careta engraçada.
― O que te deu na cabeça para fazer faxina a essa hora? ― ela continua gritando.
Ah, simples, minha priminha, você me deixou acordada a noite inteirinha e agora eu quero tirar seu sono também.
― Hum, acho que a casa está bem suja.
Ela bufa e amarra o cabelo arrepiado com um elástico preto.
― Lin, a minha noite foi ótima e espero que você não estrague o meu bom humor.
― Sério? A minha noite foi péssima, portanto, deixe-me ficar de bom humor destruindo o seu.
Ela me olha de cenho franzido e se aproxima de mim.
― O que aconteceu? Teve pesadelos de novo?
Eu odeio ter que dizer a verdade, mas não posso evitar:
― Fiquei preocupada com você, ora.
Anneliese se apoia contra a pia e suspira em impaciência. Sei muito bem o que está passando pela sua cabeça. Que sou uma menina enxerida e estou me preocupando atoa e blá blá blá.
― Como pode ver, estou viva e intacta. ― diz antes de encher um copo de água.
― E eu certamente sou vidente para saber que você estava bem. ― confronto.
