CORINNE É UMA VÍTIMA

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CORINNE É UMA VÍTIMA

"Sem lágrimas, por favor. É um desperdício de bom sofrimento"

Terceira Pessoa, 13h00

O grupo caminhava olhando ao redor com medo de Blackburn aparecer. Corinne, um pouco distante dos colegas, tentava absorver os acontecimentos, querendo entender por qual razão seu companheiro ter matado tantas pessoas. Suspirando levemente o ar gelado, deixará uma lágrima escorrer por seu rosto, limpando-a rapidamente.

— Acham que vamos sobreviver? — Cori, murmura, fazendo todos parar e olhar para trás. — Não sabemos quantos dias estamos nessa maldita floresta, nem ao menos, se alguém lembrou que viemos para esse local distante.

Riu, amarga.

Mia, aproximou-se da jovem, que não se aguentou e acabou por derramar lágrimas no casaco da mais velha. Ambos refletem o que foi dito. Afinal, quando isso irá acabar? É uma pergunta que ronda a mente de todos.

O que ninguém imaginava, era que após a saída dos alunos da faculdade, os amigos de Blackburn, apareceria pelo local o procurando. O homem havia fugido para ir atrás de sua mais nova vítima, e por esses colegas, queriam deixar avisado para a menor que não deveria se aproximar do rapaz. Ele seria capaz de qualquer coisa para tê-la só para si. E é exatamente isso que Blackburn está fazendo agora.

É, infelizmente, não foram capazes de aparecer antes. Mas, todos os familiares dos alunos já estão sabendo da situação e a procura dele, mesmo sem saber que já fez tudo que queria e mais um pouco, em apenas alguns dias do acidente.

Cansados por terem andado a noite toda, o grupo decide parar e descansar.

— Aisha, você deveria andar armada, não? — Grizz, pergunta, olhando-a com superioridade. Para ele, a mulher era parte do plano macabro de Blackburn.

— Deveria. — cruza os braços, olhando para ele, sorrindo de lado. — Afinal, quem iria imaginar que isso tudo iria acontecer, não é mesmo? Então, eu acho melhor você para de especulações, imbecil.

— Aposto que não é policial coisa nenhuma! — ergue a voz, fazendo Schneider, encolher-se nos braços de Mia.

— Escuta aqui, filhinho de papai. — aproximou-se dele, deixando os estudantes alarmados. — Caso não percebeu, estamos no mesmo barco! Ou seja, vamos morrer, e para isso não tem necessidade alguma de você ficar criando coisas na sua cabecinha minúscula.

— Aisha...

— Põe uma coisa nessa cabeça de minhoca. Nem você ou eu, esperávamos isso. Aqui você é um ninguém, como todos nós. Assim como eu posso morrer... Ops! Você também. Então, sossega a porra do cu e cala a boca, antes de falar besteira. — o empurrou, sentando-se ao lado da amiga.

Deixando o local tenso, ambos preferem manter o silêncio, antes de partir, novamente, em busca de sobrevivência.

— Quantas pessoas acham que, agora, está morta? — Salena, abriu a boca. Corinne, ri.

— Paige, certeza. — a jovem fala.

— Benjamin, Martina, Ivan, Nikolai e Dimitri. — Gareth, se pronuncia, suspirando.

— Brayce e Logan... É provável. — Mia, também comenta.

— Espero que tenha mais sobrevivente, além de nos. — Aisha, murmura.

— Também. — é a última fala pronunciada de Corinne, antes de escutar explosões.

Sem perceber, os colegas, acabam deixando-a para trás, travada no tronco de árvore, até que, novamente, torna a escutar as explosões, dessa vez, mas próximo dela. E é o momento exato, em que ela corre, sem olhar para trás, ou, notar que foi deixada para trás. Após estar longe suficiente, cai no chão, cansada e com fome. E é nesse instante que perceberá gotículas de sangue por todo local em que se encontrava.

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