Guardian angel - Noany

capítulo sete

Noah Urrea

― E aí a gente foi morar juntos, em uma outra casa, nos mudamos recentemente. ― Concluo, rolando a página da banda no YouTube. ― E desde então já fazem dois anos.

Depois que almoçamos, Any conseguiu fazer com que Maya dormisse. ― Porque Josh a manteu acordada por um bom tempo ontem a noite. ― E ela comentou sobre querer saber sobre a banda, então, cá estamos.

― Que legal. ― Murmura, o queixo apoiado nas mãos. ― E você se sente realizado? Tipo, profissionalmente, é o que você queria, né?

Era estranho falar sobre onde tinha chegado. Acredito que ainda não estamos no auge da nossa carreira, mas havíamos chegado bem longe. É como se um filme passasse na minha cabeça.

― É, é sim. ― Acho que pareci um pouco confuso, mas logo tento suavizar minha expressão, e sorrir para ela novamente. ― Exatamente o que eu queria.

― É legal que você tenha realizado um sonho tão grande. ― Não percebo que estava a encarando demais. Any me deixa pensativo, e, de alguma forma, preso na imagem dela, e isso era confuso.

― E você? Quais são seus sonhos? Ou planos, ou metas. No que você pensa pro futuro? ― Minha curiosidade realmente fala mais alto, foi praticamente automático quando toco o encosto de sua cadeira, para empurrar um pouco 'pra trás e rodar para o lado.

Assim estávamos de frente, ela entrelaça os dedos nos fios de cabelos cacheados e apoia o cotovelo na mesa de madeira, a cabeça apoiada na mão. Suspira antes de começar.

― Dar um futuro para Maya, eu acho. ― Pisca algumas vezes, ela não quis manter contato visual dessa vez.  ― E... Arranjar um lugar 'pra mim, tipo, meu. Na verdade, meu e da minha filha.

É a minha maior revolta, com certeza. Não era 'pra ser assim, eu queria ouvir qualquer bobeira vindo dela, qualquer sonho fútil ou coisa do tipo, mas, infelizmente, Any teve muitas responsabilidades em suas costas muito cedo.

― Ah, droga. ― Murmuro, deixando um sorriso quase que involuntário escapar. ― Você é incrível, Gabrielly.

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― Eu passava quase o tempo todo cantando, antes de tudo acontecer. ― Any murmura, talvez com vergonha, com as mãos dentro do bolso do moletom que eu havia a emprestado.

― Sabe... Eu achava que ninguém era perfeito, até conhecer você. ― Sorrio a olhando, e a mesma me retribui.

Como prometido, minha mãe me mandou uma mensagem quando estava perto de chegar, e eu não podia esperar para apresentá-la para Any, então eu a trouxe.

― O Bailey vai gostar de você. ― Chio. ― Quando ele sair dessa crise louca. ― Acabo rindo. Ela me acompanha. ― Você não se incomoda com ele te ignorando o tempo todo?

― Acho que não. ― Dá de ombros. ― Não dá 'pra chegar assim e esperar que todo mundo goste de você, entende?