Capítulo 11 Blue Eyes.

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–Visão de Aya Drevis-

Saindo do laboratório, eu resolvi voltar ao sótão, para ver se encontrava algo a mais que poderia ser útil. Bem, lá embaixo havia uma porta bloqueada por barris, então agora, eu posso finalmente ter o meu caminho limpo. É só eu usar esta motosserra, e pronto. Eu espero não me machucar com isso. Não tenho muita habilidade segurando essa coisa, e ela é bem pesada... Realmente espero que eu me acostume logo.

Quando passei em frente ao meu quarto, meus pés foram impedidos de continuar. Eu caí no chão, e graças a isso fiquei com um pouco de tontura. Mas quando olhei para trás para ver no que meu pé tinha se prendido, que eu realmente me surpreendi. Não havia nada. Inicialmente, achei que meu pé poderia ter se prendido no tapete ou algo do tipo, mas não havia nenhuma onda no tapete. Não havia nada. E quando digo nada, é nada mesmo. Eu "tropecei no ar."

Mas aquilo ainda iria piorar. Eu senti algo gelado pegando em minha perna. E eu ia sendo arrastada pra trás. Eu tentei me agarrar ao tapete, mas seja o que quer que estivesse me puxando, era bem forte. Eu comecei a me debater com todas as minhas forças. Não sabia pra onde aquilo estava me levando. Logo eu comecei a chorar. Quando já havia perdido as forças e aceitado que aquele poderia ser o meu fim, a criatura me soltou. Eu nem parei para pensar o porque disso. Pelo contrário, eu sai correndo.

Localização : Sala de recepção.

Por coincidência, acabei vindo parar aqui. Eu corri pra onde podia correr. Este lugar me parece seguro. Eu poderia passar uma noite aqui. É bem calmo e aconchegante. Eu poderia bloquear a porta com uma cômoda, depois de passar umas quatro horas tentando arrastá-la... Pois é. Aquele quadro da Mona Lisa ainda está me incomodando, mesmo eu não creditando que algo vai sair de lá outra vez.

Pensando bem, como aquele monstro saiu de trás do quadro da Mona Lisa ?

Eu movi o quadro. Havia uma passagem lá. Uma brisa leve batia em meu rosto. Havia um lugar ali. Mesmo não sabendo o que me aguardava ali, eu resolvi passar. Espero que esta não tenha sido mais uma daquelas decisões estúpidas que eu sempre tomo...

Localização : Pátio

Um vento leve, o barulho da grama, a água corrente do pequeno lago, este lugar não mudou nada. O céu estrelado ilumina um pouco, e consigo ver o reflexo da lua as águas do lago. Eu me lembro. Foi aqui que meu pai brigou comigo poque eu havia pegado a motosserra vermelha. Eu ouço um barulho leve, e não é a água, nem a grama, e nem o próprio vento. Era como um choro. Eu me lembro de ter ouvido algo assim antes. Bem, parece que vem da sala de recepção. Mas eu acabei de sair de lá, e não havia nada de incomum...

Lembrei do balde de madeira que peguei na sala de taxidermia. Pensando bem, se eu vou descansar na sala de recepção, eu devo apagar o fogo da lareira primeiro. Lá está quente demais, e não quero passar muito calor. Calor me deixa com preguiça, porque me faz bem. Eu também não entendo isto, mas se você comparar isto a minha casa cheia de zumbis, não é tão estranho sentir preguiça com algo que gosta. Eu enchi o balde com água. A medida que eu ia chegando a sala de recepção, o choro que ouvi ficava mais alto. Principalmente, quando cheguei perto da lareira.

Localização : Sala de recepção.

Apaguei o fogo da lareira usando o pequeno balde com água. a temperatura aqui se tornou agradável o suficiente para me fazer bem. Parece que, a lareira também esconde algo em seu interior... Tal como o quadro da Mona Lisa. Parece que há algo debaixo da lenha. Retirando a lenha, pude ver um buraco bem grande. Chegando perto, ouvi o som de uma garota chorando. Estava escuro, e eu não conseguia ver direito de onde ela estava estava. Mas eu sei que ela estava trancada em uma cela pequena, e havia uma alavanca vermelho-sangue na parede.

Mad Father - Um pai psicopataOnde histórias criam vida. Descubra agora