Capítulo 17 Most precious doll of them all. - FINAL

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–Visão de Aya Drevis-

Localização : Sala de Cultivação.

Antes de seguir em busca do cachorro, não pude deixar de reparar em uma porta que estava um pouco a frente. Minha curiosidade manda em mim na maioria das vezes, então, eu entrei. E cá estou eu. Sala de cultivação, o local das plantas. Ao lado de fora, um pequeno quebra-cabeça era necessário de ser resolvido para que eu pudesse entrar. Era um quebra-cabeça cujo as peças haviam um desenho com a minha imagem no fim, então foi fácil. Ao adentrar na porta trancada, vários vidros com uma espécie de planta estavam lá. Eu poderia tentar abri-los, mas achei melhor pesquisar nos livros ali sobre alguma informação. Já fiz besteira demais nisso daqui...

"Alraune

Uma planta perene no Mediterrâneo.
Também conhecida por "Mandrake" ou "Mandrágora".

Graças a sua composição tóxica, é usada a muito tempo para medicina para sono e anestesias.

No folclore, é usada na magia e alquimia. E além disso, quando desenterrada, dá um grito infernal que traz a morte para quem o ouve."

...E eu pensando em tirar algumas de seus vidros... Bem, continuando a explorar o local, um vaso rachado chamou minha atenção. Para acabar com minhas dúvidas, sem pensar duas vezes, usei o martelo que tinha para quebrá-lo, e dentro dele, haviam míseros tampões de ouvido. Acho que eram usados quando alguém precisava fazer estudos nas mandrágoras, ou algo do tipo. Havia uma delas em um pote ali. A única ainda enterrada, já que as outras estavam em cápsulas de vidro. Como não achei mais nada ali que chamasse minha atenção, resolvi voltar para minha procura pelo cachorro.


Localização : Beco sem saída.

E eu o achei. Ali, perambulando de um lado pro outro, sem fazer nada de diferente além daquilo. Eu teria que abrir o cachorro para pegar a chave que ele engoliu, mas para isso eu teria que matá-lo. Eu não usei minha serra elétrica para matar zumbis dessa forma, mesmo porque, é nojento demais. Se ao menos houvesse um jeito de matá-lo sem envolver sangue...

E tem. Voltei para a sala de cultivação o mais rápido que pude, pegando o vaso onde a mandrágora estava enterrada. Eu me escondi atrás de algumas pedras, e rapidamente coloquei os tampões de ouvido, logo depois puxando a mandrágora rapidamente para fora do vaso. O cachorro ficou paralisado por um momento, logo depois de cair morto no chão. Peguei a faca que havia retirado da barriga daquela garota loira lá atrás, e respirei fundo tentando tomar coragem para aquilo. Espero que ele possa me desculpar por isso...

Tratei de sair dali rapidamente, pois o clima daquele local já não me agradava mais. Fui obrigada a voltar para a sala onde o corpo da garota loira estava. A aparência das bonecas ainda me dava calafrios, mas eu estava ali para fazer algo, e não seria um bando de bonecas que iria me desviar daquilo. Usei a chave para abrir a grande porta a minha frente. A porta que iria me levar ao incinerador.


Localização : Sala do Incinerador.

Um fogo incessável queimava lá embaixo, cujo qual eu podia sentir dali onde estava. Estava jorrando chamas para todos os lados. Quem no mundo poderia imaginar que algo assim estaria aqui embaixo? Não, eu não posso me deixar levar por meus pensamentos. A garota me disse que eu só poderia passar daquela porta ao queimar o espírito dentro da boneca, e é isto que eu preciso fazer aqui. Eu peguei a boneca de minha mochila, segurando-a a minha frente, e me preparando para jogá-la, já distraindo minha mente pensando no que haveria atrás daquela porta para ela estar sendo protegida por um espírito.

– Você quer me destruir? -O espírito dentro da boneca parecia ler minha mente naquela hora, mas aquilo já era perceptível. Eu dei um passo a frente para confirmar minhas ações seguintes a ele, porque só de pensar em trocar palavras com aquela criatura, eu fico com calafrios.- Eu não vou abrir a porta se você fizer isto!

Mad Father - Um pai psicopataOnde histórias criam vida. Descubra agora