10. Rápido demais

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"Eles vão

Como se nada tivesse acontecido

Eles voltam

Como se nunca tivessem ido

-Fantasmas"

Livro, o que o sol faz com as flores

POV [Jeon], Park Jimin

Eu de fato fui para Luna, e sim eu o convidei para o jantar lá em casa, aparentemente já estávamos próximos o suficiente para algo tão íntimo, me chamem de dramático, mas eu estava o levando para casa. E a pior parte, ele aceitou sem nem hesitar.

Eu poderia ate cogitar que ele ansiava por isso, e tudo bem que realmente conversamos bastante nas últimas semanas, e que ate mesmo as conversas comuns e simples eram, diferentes. Até flertávamos as vezes.

O problema, ou não, era talvez eu ser detalhista demais, eu ele verdadeiro demais, talvez fossemos demais. A naturalidade com ele, para mim, era demais, a ligação, a forma que me olhava, tudo era demais, eu só não sabia se era bom demais, ou intrigante demais.

Meu lado supersticioso diria que a Lua o colocou no mundo para mim, deus como chamam, talvez fosse magia, talvez eu fosse louco.

E agora a ficha ia caindo, enquanto nos encaminhávamos para a sala das aulas de pintura, mantínhamos uma conversa agradável, será que seria agradável meu irmão e ele? Nem sei como chegamos no assunto que estávamos

- Acredita em destino? – eu perguntei

- Sagrada Lua não faz as coisas por acaso, então acredito em destino, e sei que o nosso nos aguarda – erámos péssimos no flerte, com orgulho, talvez eu quisesse que o destino nos unisse

- Supersticioso, mas eu também sou, mas como pode afirmar isso? – comentei, e aproveitei para questioná-lo, estávamos nisso a tanto tempo

- Eu sinto, sabe quando você olha para pessoa e simplesmente sente que ela tem um papel importante na sua vida? – ele dizia alternando o olhar por onde andava e para mim

- Sei, já senti isso, mas como sabe que é algo bom? – chegávamos na sala, nos sentamos próximos

- Confio nos meus instintos – falou simplesmente, encerrando o assunto, e fomos continuar as telas das aulas passadas que estávamos trabalhando

Eu ficava besta com o talento dele, e ele ainda insiste em dizer que é apena por diversão, era magico. Sabe, simplesmente acontece, talvez essa frase não faça muito sentido, mas garanto, se estivesse assistindo-o, como eu estou, faria todo sentido do mundo.

Se bem que nem ele faz muito sentido, a única coisa que eu tenho certeza é que ele pintando é magico, acho que essa afirmação é mais um sentimento do que qualquer outra coisa, eu explico, é um sentimento pelo jeito que ele sente e expressa a arte, o jeito que parece sentir cada movimento do pincel como se fosse umas das coisas mais preciosas do mundo. O mundo particular dele, era encantador, eu afirmo.

Minhas horas ali se dividiram em tentar prestar atenção no que eu estava fazendo e me inspirando nele, um verdadeiro artista.

Ao fim da aula, meu quadro não estava nem perto do que deveria, certo de que não é certo julgar uma obra antes de estar finalizada, mas ainda estava muito estranho o que quer que eu estava tentando expressar. Talvez porque o foco estava mais no ambiente.

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