9. Uma peça do quebra cabeça

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"Eu deveria te agradecer todos os dias pelos sorrisos arrancados do nada e sem esforço algum, pelos momentos que o tempo não apaga, pela verdade que expressa no olhar e por todas as vezes que mesmo precisando ir, escolheu ficar"

Livro, aquilo que faz meu coração florir

POV Park, {Jeon}, Jimin

Se te disserem que sou metódico e sistemático, talvez não estejam completamente errados, eu prefiro me negar a acreditar, mas é o que dizem, e no fundo tenha alguma verdade.

Eu diria que sou prático, e que prefiro simplificar as coisas que a maioria das pessoas deixam tão complexas.

Mas modéstia a parte, talvez um pouco sistemático e ranzinza, o que não significa que eu não pratique eufemismo ou a lei da boa vizinhança, eu o faço, só não sou um doce o tempo todo, aliás quase tempo nenhum.

Vou explicar.

Os últimos dias passaram voando de uma maneira enlouquecedora, e eu estou na semana de provas da faculdade, estou a ponto de pôr um ovo.

Quase a personificação de uma das letras do Raul seixas, puta que pariu, meu gato pôs um ovo, mas gato não põe ovo, puta que pariu de novo.

Não julgue meu gosto musical, é arte, que quase ninguém entende.

Estava estressado.

Distraído.

Odeio a pressão da semana de provas, a gente mal respira.

Tantas coisas me intrigam.

Tanta coisa do dia a dia, eu não queria gastar um réu primário que talvez nem tivesse.

E já foi estressado que acordei nessa segunda feira, depois de dormir super tarde estudando.

Tae? Eu sequer via, parecia duas garotas na tpm, mas não, os hormônios tinham nada a ver com nosso mau humor, só a benção do sistema de ensino que estava tentando comer o meu cu com brigadeiro.

O único momento que eu o via era nas refeições, como agora, que queria tomar café da manhã.

Outra coisa que me estressava era o trabalho, lugarzinho toxico cheio de assédio, eu era um vendedor, não um produto ou sexólogo. Tudo me levava ao limite, e tinha até razão, o que piorava a situação.

E hoje não foi diferente, seres babacas, e pior, fui repreendido pelo gerente por responder grosseiramente algumas insinuações que ultrapassavam limites.

Bem, eu estava no meu limite. E eu precisava mudar isso antes que eu enlouquecesse.

Estava tão bravo que voltei para casa a pé, pouco me importando com o sol quente, apenas de alguma forma de me manter em movimento e esvair o estresse.

Cheguei em casa, e me enfiei debaixo do chuveiro, na água fria, que até que enfim esfriava minha cabeça, por um momento me permiti fechar os olhos, e relaxar, sem me preocupar com nada além dos minutos naquele banheiro. O mundo lá fora não existia mais.

Mais calmo.

Estava dando uma organizada na cozinha quando tomo um susto ao ouvir a porta ser aberta, pego a primeira panela em sinal de alerta e me dirijo a porta. Eu estava pronto para nocautear alguém, eu acho. Mas soltei um suspiro aliviado a ver Taehyung cheio de sacolas nos braços entrando.

Clichê? REESCREVENDOOnde histórias criam vida. Descubra agora