Capítulo 4 Aceitação

1.3K 110 4
                                    

Corri por nem sei exatamente quanto tempo, estava exausta e faminta. Estava quase pensando em parar quando ultrapassei o a fronteira de La Push. Logo os lobos viriam, eu precisava voltar a minha forma humana antes do Embry ou do Quil aparecer, não queria compartilhar meu imprinting com eles ainda. Mais eu estava sem roupa alguma. Corri pra minha casa e consegui chegar sem encontrar com nenhum lobo. Entrei e fui procurar uma roupa, eu sabia que a casa estava vazia. Coloquei uma calça de moletom que ainda me servia e um casaco com capuz, peguei um coturno que estava na sala que com certeza não era meu, devia ser do Seth, mais de um Seth de alguns anos atras, por que se fosse de agora com certeza não me serviria. Sai da casa e dei de cara com um Sam atônito.

_ Leah?

_ O que Sam?

_ Os garotos falaram que você havia cruzado a fronteira. Tudo bem?

_ Eu quero falar com a minha mãe primeiro Sam. Depois conversamos.

Falei já desviando dele e correndo. Eu sabia muito bem aonde minha mãe estava por que a mais ou menos três anos ela havia dito que se mudaria para a casa do Charlie. Corri na minha forma humana até a casa de Charlie. Bati na porta e esperei o que pareceu uma eternidade até que ela fosse atendida.

_ Leah.

_ Oi, mãe.

Ela deu espaço para que eu pudesse entra e depois me conduziu até a sala. Se sentou no sofá e me fez sinal para que fizesse o mesmo. Ela me olhou por um longo tempo e depois falou.

_ O que aconteceu minha filha?

_ Eu não sei mãe. Eu corri, sem nem pensar pra onde ir, e quando eu vi eu estava em La Push e tudo que eu queria era a senhora. _ Antes que pudesse conter minhas lágrimas começaram a cair. Eu estava chorando. Havia muito tempo que não chorava, a muitos anos atras eu havia me prometido que ninguém nunca mais me veria vulnerável, nem mesmo minha mãe e irmão.

_ Oh meu amor. _ Minha mãe disse me abraçando, o que me fez ter mais vontade de chorar.

Deitei em seu colo e chorei como nunca havia feito, enquanto ela acariciava meu cabelo. Ficamos assim por um longo tempo, até que meus soluços começaram a cessar. Ela continuava a acariciar meus cabelos.

_ Tá mais calma Leah? _ Ela disse com uma voz suave.

_ Sim. Acho que sim.

_ O que aconteceu meu amor?

_ Aconteceu mãe. Eu tive o imprinting.

_ E isso é ruim? Achei que quisesse isso.

_ Eu também.

_ O que é tão ruim afinal? Ele é um cara ruim?

Me sentei no sofá novamente. Procurando pelas palavras certas. Mais quem eu estava querendo enganar. Eu não era boa em procurar as palavras certas, nunca fui.

_ Não é um cara, é uma garota. UMA GAROTA. Eu to apavorada mãe.

Minha mãe olhou para meu rosto como se ainda tentasse entender o motivo pra tanto medo e receio. Ela segurou minha mão a acariciou e disse:

_ Eu não me importo por ela ser uma garota Leah, o que me importa é que ela te faça feliz. Que te faça voltar a sorrir. E se ela fizer isso. Não me importo se ela é uma garota ou uma vampira ou o que quer que seja desde que te faça feliz. E não devia te importar isso também. Ela é quem você veio procurando por todos esses anos. Sua chance de finalmente ser feliz.

Ela tinha razão, eu procurei por ela em cada pessoa que encontrei na minha vida. Todo meu ser buscava por ela. E ela era tão linda, devia ser uma garota incrível e eu precisava conhece-la melhor. Um sorriso bobo brotava nos meus lábios, todo meu corpo já sentia falta dela.

_ Como ela é? _ Minha mãe perguntou sorrindo.

_ Ela é linda, mãe. É ruiva de cabelos cumpridos ondulados até o meio das costas, tem olhos verdes, tem varias sardas na bochecha e nariz. Eu nunca senti isso, por ninguém. Eu quero muito ficar perto dela, mais eu fiquei com tanto medo que fugi.

_ Tudo bem meu amor. O medo as vezes nos faz fugir, as vezes nos paralisa, e as vezes nos faz lutar com mais força.

Nesse momento apropriado que estava, meu estômago roncou. Estava tão focada em correr pra longe dela que não parei de correr por uns dois dias e pouco e nem havia me preocupado em comer ou dormir nesse tempo. Minha mãe se levantou e foi pra cozinha me fazendo segui-la. Ela preparou três sanduíches enormes, um copo de suco já deixando a jara por perto e um bolo que já estava pelo meio. Nem tinha percebido que estava com tanta fome até começar a comer.

_ Meu deus a quanto tempo você não come?

_ Um pouco mais de dois dias._ Falei devorando o terceiro sanduíche.

_ Você ta parecendo o Seth. _ Ela riu quando parei pra fazer cara de brava.

Conversamos mais um pouco, estava quase no horário do Charlie chegar, mais resolvi sair antes disso por que eu precisava dormir antes de começar a voltar pra minha ruiva no dia seguinte. Cheguei na minha antiga casa e estava puro silencio. Tomei um banho demorado,  depois aproveitei o silencio pra pensar, mais não durou muito, estava tão cansada que logo apaguei.

Lupina esmeraldaOnde histórias criam vida. Descubra agora