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Meredith PoV

O despertador toca, é cedo demais, por que o mundo acorda tão cedo?
- Bom dia
Eu digo pra ver se ele acordou
- Bom dia
Ele responde
- Desculpa
- Vamos levantar
Ele sai da cama e então eu percebo que ele não disse nenhuma vez se me desculpou, ele sai do banheiro já pronto
- Você leva as crianças hoje? Eu tenho que ir mais cedo
- Levo
- Ta bem
Ele sai, não gostei disso e não quero acreditar que não tem nada demais

To na cozinha com as crianças
- Cadê o tio Andrew?
Zola pergunta
- Ta no hospital
- Por que?
Agora foi o Bailey
- Ele foi trabalhar
- Ele não vai levar a gente?
- A mamãe vai
A Cristina chega na cozinha
- Bom dia, gente
- Bom dia
- Bom dia
Eu olho pra Zola
- Zola
- Bom dia
A Cristina olha pra mim e volta a falar com a Zola
- Zozo, eu cuidei de você quando você era bem pequenininha
- É, eu sei
A Cristina tá tentando mas a Zola não quer conversa
- Do meu tamanho?
A Ellis pergunta
- Não, ainda menor
- Do tamanho do Leo?
A Cristina olha pra mim
- O bebê do Owen
- E da tia Amy
O Bailey completa
- Ah, então é, do tamanho do Leo
Zola continua sem participar da conversa
- Então Zozo, eu soube que você vai ser cirurgiã quando crescer
- É
- Quem sabe não é cardio, como eu
- Não, neurocirurgiã como meu pai
- Ah, muito bem, seu pai era incrível
Ela fica calada e a Cristina continua
- Que tal se a gente sair pra fazer alguma coisa mais tarde? Quando você chegar
- Não posso
- Ah, vamos Zozo, vai ser divertido
- Eu já disse que não
Ela responde m
- Zola, não fale assim
Eu elevo o tom de voz e os três olham pra mim, eu não costumo brigar com eles assim, Zola sai da mesa, chorando
- A mamãe gritou com a Zozo
A Ellis disse
- Por sua culpa
O Bailey completou
Os dois saíram da mesa com os olhos cheios de lágrimas, atrás da Zola, droga
- Ela não tem que ir, Meredith, a menina tem opinião, admiro
- Ela tem que ser educada mesmo assim, vou falar com eles, come que temos que ir
- Ta bom
Eu vou direto pro quarto deles e antes de entrar ouço a Zola falar com alguém
- To, eu to mais calma
-Eu não vou ficar triste
- Você promete?
- Tá bom, tchau
Percebo que ela tá no telefone, eu entro e os três estão na cama da Zola
- Posso entrar
- Aham
Vou até a cama dela
- Desculpa por ter gritado com você
- Ta bom
- Mas você não deve tratar mal as pessoas
- A Cristina trata e você não faz nada
Eu percebo que ela não chama mais a Cristina de tia
- E você gosta do jeito que ela trata as pessoas?
- Não
- E vai fazer igual?
- Não
Ela baixa a cabeça
- Desculpa, mãe
- Vem cá
Ela chega mais perto e nos abraçamos
- Nós temos que ir
- Ta bem
Eles descem da cama e vão pegar as coisas, meu telefone toca, é o Andrew
- Vocês já conversaram?
- Quem?
- Você e a Zola?
- Ah, foi pra você que ela ligou, claro
- Gritou com ela por causa da Cristina? Sério, Meredith?
Eu saio do quarto
- Não foi isso
- Foi o que ela disse
- Andrew, isso não é da sua conta
- É sim, apartir do momento que ela me liga chorando porquê você gritou com ela
- Eu não gritei com ela, eu briguei porquê ela foi mal educada, a filha é minha e eu sei o que eu to fazendo
- Não vamos voltar pra essa história de novo, não é?
- Não tem história pra voltar, você não tem que dar palpite na maneira que eu crio os meus filhos
- Nós realmente vamos brigar de novo? Todo dia agora? É melhor desligar e a gente conversa depois, vê se não grita com as crianças enquanto isso
E ele desliga, as crianças saem do quarto e eu to bem irritada
- Cristina, vamos
Ela vem da cozinha ainda com a caneca de café, deixo as crianças na escola e estamos indo pro hospital
- Por que tá irritada?
- Não estou irritada
- Ah tá sim
- Andrew
- Ainda estão brigados?
- Fizemos as pazes ontem e já brigamos de novo ontem
- Um tipo de recorde, né?
- To achando
- Muito drama, né? Sempre foi assim?
- Não, mas ultimamente
Eu suspiro
- Ta fazendo você repensar, Meredith?
- Tá, pior que tá
- Isso não é bom
- Não, não é
Ficamos em silêncio até chegar no hospital
- Então, o que tem hoje?
- Eu quero ir ver a Cece agora cedo, algumas consultas, cirurgia só a tarde
- Que dia chato
Eu ri
- Sempre tem a emergência
- Ainda bem
Nós rimos, ela continuava igual, eu tenho que ir pra consulta e ela vai na emergência vê se acha alguma coisa pra fazer.
Depois de algum tempo sou chamada na emergência pela Jo, chego lá tá o maior tumulto, me aproximo, Alex e Cristina estão discutindo baixo mas algumas pessoas já estão ao redor
- O que é que tá acontecendo aqui?
Todo mundo olha pra mim
- E vocês, estão olhando o que?
Rapidamente todo mundo sai
Olho pros dois
- O que vocês estão pensando? São internos de novo?
- A questão aqui é simples, eu sou o chefe, ela é visitante, respeito é o mínimo
- Você é só o Alex, eu não tenho que te pedir autorização pra nada
- Você tem sim
- Gente, tá bom, o que foi?
A Cristina começa a explicar
- Chegou uma emergência aqui, eu atendi e era cirúrgica, cardíaca, eu chamei a interna dele e mandei ela preparar uma sala, ela chamou sua irmã que chamou ele e mandou a Maggie ir operar o meu paciente
- Precisa disso, Alex?
Ele me olha muito sério
- Claro que você ficaria do lado dela né? Não importa, eu sou o chefe aqui, eu decido, a Maggie é chefe da cardio e se ela não quiser você não opera, simples assim
Ele sai e a Jo olha pra mim
- Você sabe que quando ela for embora, você vai ficar sozinha né?
E também sai

Merluca T15Onde histórias criam vida. Descubra agora