FUTURO

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QUATRO ANOS DEPOIS....

-Esquerda, direito, esquerda direita, abaixa.... e ...banda... – Harvey falou.

-Ei isso não foi justo... – Heaven reclamou depois que a banda que o pai havia lhe dado a fazendo cair de bunda no chão.

Harvey riu. – Lembre-se disso, nem sempre seu adversário será justo... – Ele falou abaixando para ajudar ela a levantar mas desistiu e acabou fazendo cocegas na barriga dela.

-Ah... papai... – A menina ria se ficar sem folego. – Papai...para...

-Ok, ok... melhor irmos andando ou a mamãe vai por toda a polícia atrás de nós... – Ele falou tirando suas luvas.

-Vamos passar na padaria? – Ela perguntou animada, também tirando suas pequenas luvas cor de rosa.

-Como sempre, afinal precisamos repor nossas energias perdidas... – Ele piscou para ela.

Harvey guardou a coisas da ginastica na bolsa de academia, depois ajudou a filha a pôr o casaco e rindo quando olhou para a franja da menina, ele e Donna tiveram que levar ela no cabeleireiro porque a filha tinha resolvido cortar o cabelo sozinha. 

Harvey pegou na mão da minuscula da filha comparada com a dele e saiu com ela. Heaven era e mistura perfeita dele e de Donna, Ela tinha os olhos e o nariz de Donna, o sorriso e o maxilar de Harvey e um longo cabelo era um pouco ruiva mas com algumas mechas mais claras que pareciam loiras com cachos nas pontas. Heaven era muito independente e adorava fazer as coisas sozinhas, ela ia para academia com Harvey e desde que tinha dois aninhos, ficava sentada ou agarrada na grade que separava a arenas só observando Harvey lutar, no inicio Donna ia junto mas depois percebeu que era algo mais entre pai e filha e deixou que ele fosse sozinho com ela. Aos Três anos, a meninas de livre e espontânea vontade pediu uma luva para treinar com Harvey e desde então eles fazem isso três vezes por semana.

-Papai, papai, acho que não posso andar...- Heaven falou.

-O que aconteceu? – Harvey se preocupou.

-Acho que cai muito forte no chão...talvez eu precise ir nas suas costas... – Ela falou usando o mesmo tom que Donna usava quando queria alguma coisa dele.

-Oh, então você acha que se eu te levar nas costas elas vão melhorar? – Ele falou rindo.

-Sim, sim... – Ela disse se fazendo de vítima.

-Tudo bem... – Harvey pegou a filha e a colocou empoleirada em suas costas, Heaven apoio os bracinhos na cabeça dele, era mais um dia frio em Nova York.

Então Harvey foi caminhando em direção a padaria antes de voltar para sua casa.

-Papai, você sabia que e o Marvin vamos fazer cinco anos ano que vem.... – Ela falou animada, outra característica que ela havia herdado de Donna era que falava pelos cotovelos.

-Não é mesmo, isso é uma grande coisa! – Ele falou.

-Sim, vamos para a escola das crianças grandes... – Ela falou animada. – E você sabe o que eu quero de presente?

-O que? – Harvey perguntou imaginando o que ela iria pedir.

-Uma irmã! – Ela falou convicta.

-Filha, já conversamos sobre isso.... – Harvey suspirou.

-Mas é muito injusto, porque o Marvin vai ganhar um irmão como ele pediu e eu não ganhei uma irmã? – Ela disse cruzando os braços em cima da cabeça de Harvey.

-Você ganhou um irmão... – Harvey falou.

-Não, isso não foi o que eu pedi, tio Louis diz que sempre recebemos algo que não queremos podemos rencorer e devolver.... – Ela falou.

Honra e SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora