Mudanças

315 12 16
                                    


Anteriormente

MESES DEPOIS

-Donna, como você está? – Harvey perguntou preocupado.

-Bem...- Donna falou sem olhar para ele acariciando a barriga de quase oito meses.

-Nós ficamos preocupados...- Harvey disse olhando desconfiado para Thomas.

-Eu disse que ela estava bem, não é mesmo querida...- Ele falou.

-Mas porque você não atendeu nossas ligações? – Rachel perguntou preocupada, ela estava com oito meses quase nove.

-Eu falei, o médico disse que a morte do pai abalou o estado emocional dela, ela precisava se afastar por um tempo...- Thomas falou apertando a mão da mulher.

-Donna, podemos ajudar...- Rachel falou ignorando Thomas.

-Eu estou bem. – Donna falou.

-Assim vocês me insultam, eu estou me desdobrando para dar a Donna um lugar calmo e sereno para que ela possa descansar até que nosso bebê nasça e vocês insinuam que ela precisa de ajuda...- Thomas disse fingindo indignação.

-Sabemos o que você fez...- Rachel gritou.

-Amei demais a sua amiga, isso foi o que eu fiz...- Thomas disse. – Agora saiam daqui!

-Você é um monstro...- Rachel falou.

-Você tem alguma prova? – Thomas perguntou. – Maria, por favor, acompanhe nossos convidados até a porta.

-Eu acho bom não acontecer nada com ela, porque se não...- Harvey falou em tom ameaçador.

-Isso é uma ameaça Specter?? – Thomas o provocou.

-Isso é um lembrete... Donna, nós vamos, mas vamos voltar. – Harvey falou segurando a mão dela e pela primeira vez ela olhou nos olhos dele, ele teve a certeza de que algo estava muito errado.

-Saiam ou eu chamo a polícia. – Thomas falou.

Harvey ajudou Rachel a sair e com um nó na sua garganta teve que deixar Donna para trás.

-É comovente o quanto ele se preocupa com você... não sei se ele continuaria assim sem licença, sem emprego, enfrentando um processo e principalmente, sabendo a verdade sobre o bebê...- Thomas falou. – Maria, pode arrumar as coisas da Donna, vamos voltar para a outra casa...

-Sim, senhor Thomas. – A senhora falou e foi para o quarto.

Flash Back On...

-Quem é o pai do seu filho porque claramente eu não sou.... – Thomas disse.

-Eu não vou te contar... – Donna falou tentando manter segurança na voz.

-Você tem moral e ética, não acredito que iria me trair com qualquer um... – Thomas falou. – Então essa criança só pode ser do Specter...- Thomas falou e as lagrimas começaram a escorrer pelos olhos de Donna. – É dele, não é?

- O que você quer de mim Thomas? – Donna perguntou colocando a mão na barriga instintivamente.

-Você não vai me humilhar assim.... – Thomas disse andando de um lado para o outro no quarto explodindo em raiva.- Vocês deviam rir pelas minhas costas...Eu vou acabar com ele...

-Thomas não...ele...ele...ele não sabe... – Donna falou. – Me deixa ir embora, você nunca mais vai ouvir falar de mim...

-Você acha que eu sou estúpido? – Thomas falou. – Você acha que vou acreditar nessas mentiras mesmo? –Ele gritou.

-Não é mentira, ele nunca vai saber, eu prometo.... – Donna falou. – Ele estava muito bêbado eu tinha tomado muito vinho e aconteceu....

-Tanner me contou que ele tem problemas com infidelidade, isso é verdade? – Thomas perguntou agora mais calmo.

-O que isso tem a ver? – Donna perguntou.

-Responda, é verdade? – Ele perguntou.

-Sim é, mas o que isso tem a ver...- Donna perguntou confusa Thomas saiu do quarto deixando ela apavorada.

Flash Back Off

Todo o corpo de Harvey estava contorcido, ele deveria ter percebido antes que tinha algo de errado com ela, como ele não percebeu.

-Harvey, não é sua culpa, eu também deveria ter percebido...- Rachel falou chorosa.

-Rachel, ela tem medo dele...precisamos fazer alguma coisa...- Ele falou saindo do elevador. – Isso tudo é culpa sua, você deveria ter me dito assim que soube... – Ele gritou para Mike quando entrou no escritório dele.

-Hey, calma aí, eu te falei assim que juntei as peças, mas eu nunca podia imaginar que aquele acordo era o dela.... – Mike disse levantando as mãos em defesa.

-Harvey, ninguém poderia imaginar, eu fiz o contrato, eu nunca imaginei que Thomas fosse capaz de adulterar, se tem um culpado, esse seria eu...- Louis falou.

-É bem bonito ver vocês brigando para ser o culpado, mas isso em nada ajuda a Donna! – Samantha falou nervosa também.

-Ela está certa...- Rachel respondeu.

-Pessoal eu não queria piorar as coisas, mas Thomas acaba de abrir uma ordem de restrição contra nós, não podemos chegar mais que 200 metros perto dela...- Alex falou.

-AAAAAAAAAAAAAAAH EU VOU MATAR ELE! - Harvey disse jogando todas as suas coisas que estavam em cima da mesa no chão enquanto Rachel começou a chorar e foi amparada por Mike.

Longe de lá, Donna chegou na casa que Thomas a mantinha em cativeiro, ele contratou uma empregada e um segurança que ficava com ela, ele só a visitava duas vezes por semana e sempre era para irritar ou a provocar. Era uma propriedade que ficava a mais ou menos três horas da cidade, em uma zona rural de difícil acesso. Donna ficava trancada em um quarto onde só tinha uma cama velha e uma cadeira de balanço, Maria era cordial e tentava ajuda-la, mas também tinha medo de Thomas.

-Hey baby, eu espero que esteja tudo bem com você...- Donna disse acariciando a barriga, ela estava agoniada pois não fazia pré-natal e não fazia ideia de como seu bebê estava se desenvolvendo, apenas rezava para que tudo estivesse bem. – Não se preocupe, o papai vai tirar a gente dessa...

No dia seguinte como toda manhã, ela e maria passeavam pelo jardim da casa, sendo seguidas de perto pelo segurança.

-Então senhora, acha que é um menino ou uma menina? – Perguntou Maria.

-Eu não sei, mas eu vou amar o dois de qualquer maneira, só espero que tenha saúde...- Ela falou com certo pesar.

-Já pensou em nomes? – Maria perguntou.

-Eu não sei, acho que prefiro ele ou ela nascer e olhar no rostinho para saber qual nome vou dar...- Donna falou sorrindo.

-Eu já acertei tudo com a parteira, assim que a senhora entrar em trabalho de parto, ela vira até aqui...- Maria falou.

-Maria, por favor, eu preciso de ajuda, meu bebê corre perigo...- Donna disse baixo para o segurança não ouvir.

-Senhora, eu não posso fazer nada...- Maria disse baixo.

-O segurança tem um telefone, eu preciso ligar para os meus amigos, eles podem ajudar...- Donna falou em desespero. -Por favor....

-Está na hora de entrar, a senhora já tomou muito sol....- Maria falou ignorando pedido de Donna.

Depois da caminhada, Donna voltou para o quarto, e sorriu quando sentiu seu bebê se mexer dentro dela, apesar de tudo ela amava estar gravida, então ela se lembrou como tudo aconteceu.

Flash Back on...

Honra e SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora