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  Devo soltar outro mais tarde
Tenho uma surpresa pra vocês que vai ser anunciada no próximo ep,
sugiro que sigam lá no insta @noartbabys e ativem as notificações, a surpresa vai ser por lá😉

Lisa on

  - O que tá acontecendo lá dentro? - Fico na ponta dos pés para tentar ver algo, mas apenas Dylan é alto o suficiente para enxergar alguma coisa
  - Eles estão da mesma forma que eu te falei das últimas trezentas e cinquenta e sete vezes e nas últimas duas horas - Responde revirando os olhos - Agarrados um no outro, Sina aparentemente chorando e o Urrea tá tentando confortar ela, mas o idiota também chora, bem pouco, mas chora
Encosto na parede e me arrasto até o chão, logo as lágrimas tomam conta de mim.
Dylan se senta ao meu lado, sem falar nada.
- Porque com ela, Dylan? - Pergunto - Porque com a Sina? - Afundo minha cabeça em minhas mãos enfiando meu cabelo entre meus dedos com brutalidade - Porque esses dois tem que sofrer tanto?
- Acontece, Mclary... - Comenta e noto que ele está com uma voz chorosa
  - Dylan - O cutuco acalmando um pouco minhas lágrimas - Você está chorando? - Pergunto com um meio sorriso
  - Não, eu não - Ele limpa os olhos fungando - Você que tá
  - Vem cá - O puxo para um abraço
  E realmente, ele estava chorando. Dylan chora de soluçar, como um bebê, acaricio suas costas e ele continua, sinto suas lágrimas molhando o meu jaleco.
  - Que porra é essa - Ele se solta bruscamente - Eu não choro - Limpa seu rosto se encostando na parede novamente
  - Acontece, Dylan... - Brinco repetindo o que ele falou para mim há poucos instantes
  - Não, não comigo, eu não choro - Fala fechando sua expressão
  - Dylan...
  - É só que... eu não entendo porque isso aconteceu com ela, porque com a Sina? Justo ela, a que faz de tudo por todo mundo - Ele encosta sua cabeça na parede e olha para cima
  - Dylan... Algumas coisas simplesmente acontecem - Encaro seu rosto avermelhado
  - Eu sei, e eu sou um filho da puta por ficar desse jeito, eu... Eu estou me perdendo Mclary, eu nunca fui esse coração mole, sempre fui duro como pedra o que... o que está acontecendo? - Pergunta e sorrio
  - Você está amadurecendo, está se tornando mais humano - Ele direciona seu olhar para mim e enxugo uma lágrima de seu rosto - Algumas coisas - Sorrio - Simplesmente acontecem
  A cada segundo o rosto de Dylan ia ficando mais próximo do meu, conseguia sentir sua respiração acelerada no meu rosto... mas então ele vira para o outro lado, me deixando totalmente sem reação.
  - Que merda - Ele resmunga sozinho
  E então eu resolvo fazer algo, com um movimento rápido subo em seu colo colocando meus joelhos um de cada lado de seu corpo, me aproximo dele, coloco minhas mãos em seu pescoço e selo nossos lábios em um beijo suave, sem agitação, sem desespero, sem ele enfiando a mão dentro da minha blusa, apenas um beijo suave e sereno. Nos separamos por falta de ar. Dylan encosta sua testa na minha, nós dois estávamos ofegantes e ambos com os olhos fechados.
  - Algumas coisas... Simplesmente acontecem - Ele sussurra me fazendo soltar uma risada
  - Precisou uma situação de luto pra você perceber que me ama? - Pergunto
  - Cala a boca Mclary - Ele revira os olhos - Eu ainda sou o gostosão
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  {duas semanas depois}
Sabina on

  - É isso Dra. Sullivan, ela não come, não bebe, não sai da cama, não quer abrir as cortinas e nem trocar de roupa - Falo contando nos dedos para a moça sentada na poltrona em minha frente
  - Ela fala com alguém? - Pergunta a Dra.
  - Mais ou menos... Sim, com o namorado - Me lembro da única pessoa que a Sina teve contato desde o ocorrido
  - Conte mais, como é a relação dos dois? - Dra. Sullivan pega um bloquinho e começa a anotar
  - Bem... - Olho para cima contanto tudo o que minha mente alcança sobre eles - Os dois éram amigos desde o berço e sempre foram muito grudados, há uns seis anos mais ou menos começaram a namorar, mas tiveram um término muito traumático, porém como todo bom conto de fadas os dois surtudos do caralho...
  - Senhorita Hidalgo! - Dra. Sullivan me repreende
  - Ops, desculpe, continuando, os dois sortudos voltaram graças a Sabininha aqui, e desde então não se desgrudaram mais... Na verdade eles discutiram antes de... de você sabe o que, mas desde que voltaram esses dois não conseguem ficar muito tempo separados - Finalizo sem fôlego por ter contado uma bíblia inteira
  Ela fica pensativa por algum tempo quando finalizo, mas logo volta a anotar.
  - Como é a relação deles, digo, são mais grudentos ou...
  - Puts, grudentos! Muito grudentos puta que pariu! - Reviro os olhos
  - Senhorita Hidalgo... - Ela também revira seus olhos castanhos e solto uma risadinha - São muito carinhosos, dengosos...?
  - Isso, isso mesmo! Toda hora um cafuné, eu te amo pra lá eu te amo pra cá, ficam agarradinhos no colo, um selinho fofo, um abraço... um não - Solto uma risada - Vários abraços e vários selinhos, só dormem agarrados, e a galeria do celular dos dois é entupida de fotos fofas e zoadas deles
  Ela sorri com o que eu falo
  - Uma relação realmente baseada no carinho e no afeto? - Pergunta e confirmo com os olhos arregalados - Mas... A criança era dele? - Pergunta
  - Não, lembra que falei a senhora que eles terminaram e voltaram depois de seis anos? Ela voltou grávida - Falo e Dra. Sullivan anota mais com os olhos arregalados
  - Então eles nutrem sentimentos muito fortes um pelo outro - Comenta
  - É, ele nem pestanejou em assumir a paternidade da criança... Mencionei que ele já é pai? - Pergunto e ela arregala mais os olhos
  - Não... E como é a relação dos dois? - Pergunta
  - Ah, isso eu já não sei
  - Ok - Ela finaliza suas anotações com um sorriso satisfeito
  - E então? - Pergunto
  - É senhorita Hidalgo... A sua amiga vai precisar de muito apoio de amigos e familiares - Fala e vou assentindo com a cabeça - Em relação a não querer fazer nada, isso é completamente compreensível e normal, é a forma de luto que ela encontrou, uma situação dessas é realmente muito dolorosa, vocês precisarão ter bastante paciência, já o apego todo nesse momento com namorado é uma forma de... - Ela olha para cima buscando a palavra que melhor define o que quer dizer - Conforto, refúgio, compreende? - Ela me encara e assinto com a cabeça - Como se ela precisasse de alguém para amenizar toda a dor que está sentindo, e esse alguém foi a pessoa que provavelmente ela possui mais apego, que se sente segura, protegida, imagino que a relação dedes seja muito bonita - Ela abre um sorriso
  - É... - Sorrio também - É bem bonita na verdade
  Conversamos mais algumas poucas coisas já que o tempo estava acabando. Finalmente me levanto e agradeço a atenção
  - Obrigada dra. Sullivan, até a próxima sessão
  Sorrio caminhando até a sala de espera, onde uma porrada de olhares curiosos me encarravam.
  - E aí! - Exclama Bailey - O que ela disse?
  - É, a gente tava quase arrombando aquela merda daquela porta - Fala Dylan
  - Cala a boca, Dylan - Lisa revira os olhos- desembucha, amiga!
  - Calem a boca todos vocês, deixem ela falar! - Exclama Heyoon
  - Seguinte... - Começo
  Narro tudo o que aconteceu para eles (Bailey, Dylan, Lisa, Heyoon e Any), e tentamos pensar em algo para anima-la, mas não havia muito que pudéssemos fazer. Combinamos então que eu e Heyoon passaríamos no apartamento de Sina no caminho para casa para tentar dar ao menos um abraço nela, já que Sina não falou com ninguém depois de sair do hospital.

  Toquei a campainha a primeira vez, nada, Heyoon tocou também, e nada. Apertei impaciente pela terceira vez, e finalmente a porta é aberta.
  Nos deparamos com a figura de Noah... Noah? É ele mesmo? Estava... totalmente acabado. Ele estava apoiado no batente da porta com uma cara de sono enorme, usava seu típico casaco de sua banda favorita chump change, seu cabelo estava uma bagunça e olheiras profundas marcavam presença em seus olhos, vestia também uma calça moletom cinza. Foda-se, se qualquer mulher passasse aqui suspiraria por ele do mesmo jeito.
  - Uou - O encaro de cima a baixo - O que aconteceu com você?
  - Shh! - Ele colocou o dedo em frente a boca - Ela finalmente pegou no sono - Ele esfrega seus olhos, aparentemente cansado
  - Urrea, são cinco e meia da tarde - Falo e ele retira sua mão dos olhos
  - Não importa - Ele da de ombros - E aí, o que fazem aqui? - Pergunta
  - O que tá todo mundo querendo fazer, Noah - Fala Heyoon - Queremos vê-la, apoiá-la, saber como estão as coisas
  Ele fecha os olhos esfregando-os novamente, depois de mais ou menos o que pareceu uma eternidade ele volta a falar
  - Eu já tentei conversar com ela, mas não adianta nada, Sina não quer ver ninguém
  - Não interessa - Bato o pé impaciente - Noah, você tem noção do quanto tá todo mundo preocupado? Ela têm comido? Sei lá, ela faz alguma coisa?
  - Sabina calma - Heyoon toca suavemente no meu braço - Noah, mesmo que ela não queira nos ver, conte como ela está, o que... o que ela faz o dia todo? - Pergunta a coreana
  - Entrem - Ele chega para o lado nos dando espaço, depois que ficamos acomodadas no sofá ele volta a falar - Ela dificilmente sai da cama, só algumas vezes que eu a forço andar pelo quarto ou pelo apartamento, ela chora varias vezes ao dia, e normalmente nesses momentos ou ela se agarra em mim ou se enfia nas cobertas - Notei que os olhos de Noah começaram a ficar vermelhos, ele estava prestes a chorar - Eu tento dar comida para ela, já fiz de tudo, obviamente eu a forço a engolir alguma coisa, mas nunca é muito. Eu a faço tomar banho pelo menos uma ou duas vezes por dia já que fica todo o tempo no ar condicionado... Eu... Eu estou tentando, eu juro que estou tentando - E Noah é vencido pelo choro
  Ele afunda seu rosto nas mãos. Eu e Heyoon acariciamos suas costas, e depois de algum tempo ele levanta o olhar para frente
  - Vocês não tem noção do quanto é doloroso para mim ajudá-la a andar ouvido o choro a cada passo, fazê-la comer forçada, vê-la chorar profundamente... Eu...
  - Noah, tá tudo bem, nós viemos ajudar - Heyoon sorri para ele e sorrio também
  - Obrigada, meninas, mas... Eu acho que precisamos superar essa juntos - Fala - Além do mais... Ela... Chora - Ele abre um sorriso triste - Quando falo que vocês querem vê-la, quando falo que querem saber como tudo está
  Ele estava segurando uma barra do cacete. Uma barra do cacete. Agora realmente eu tenho a plena certeza, sem dúvida alguma que é esse homem que eu quero pra minha amiga.
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  Se preparem psicologicamente para o próximo

I will come Back to You - noart concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora