I will come Back to You - noart concluída

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    VOLTEEEEEEI
Eu tava totalmente desanimada pra escrever, mas aí eu parei pra ler os comentários de vocês e saiu isso
😁

  como vocês acham que eu sou? curiosidade kkkk

Sina on

Dor. Sensação penosa, desagradável, produzida pela excitação de terminações nervosas sensíveis a esses estímulos, e classificada de acordo com o seu lugar, tipo, intensidade, periodicidade, difusão e caráter.
Trabalhamos muito com definições, com a ciência, o que podemos ver, a explicação lógica, o que está ali, materializado, bem na sua frente em forma de matéria. Mas nem tudo é assim.
Dor, o que eu sinto é dor, meu próprio corpo me corrói por dentro, minha cabeça não para de girar um minuto. E eu só procuro um minuto de paz, mas as marteladas na minha cabeça não param nem por um segundo, eu só preciso de paz, e eu sei onde posso encontrar essa tão desejada paz nem que por míseros segundos, míseros instantes. Encontrei uma única forma de conforto. E não pretendo larga-la e nem deixar que tudo vá por água abaixo, que a dor vença a guerra, eu contra mim mesma, me torturando.
Me sinto incapacitada, não tenho forças para nada, meu estômago embrulha só em ouvir falar em comer, me sinto impotente para dar nem que sejam alguns passos, a dor é maior, ela me puxa para baixo e transborda pelo meu rosto em forma de lágrimas.
De início eu me sentia um nada, um grande nada. Depois veio o costume de conviver, isso, aprender a conviver. Sabe quando você tem aquele vizinho chato que vive fumando na varanda ao lado? A dor é o meu vizinho ao meu lado, é irritantemente detestável. Mas sempre estará ali.

Ela está perdida mesmo sabendo onde ela está, está morta mesmo respirando, está cansada mesmo tendo ficado deitada o dia todo,
ela só não está bem.

Noah on
 
  Depois daquele dia no chuveiro tudo foi melhorando aos poucos, agora Sina tentava manter o sorriso no rosto, mas de vez em quando eu ainda a pegava chorando pelos cantos ou se olhando no espelho cutucando sua barriga.
  Eu sabia, cada dia é uma tortura par ela, noto sinais de melhora, mas ao mesmo tempo noto que ela sofre. Sina não é daquelas que supera as coisas rapidamente, mas aos poucos tudo está se voltando ao normal.
  Ela não sai de casa, mas pelo menos não está tão sério quanto antes, ela não é mais um vegetal. De vez em quando consigo arrancar um sorriso ou algumas risadas, mas nada mais.
  Tudo estava sendo muito difícil, mas aos poucos os cacos estavam sendo recolhidos. Sina ainda não falava com ninguém, mas eu entendia, as outras pessoas a lembrariam do que ela faz de tudo para esquecer 24 horas por dia.

Abro meus olhos ainda sonolento e os fecho novamente, coloco minha mão ao lado a fim de puxar sina para mim, mas tomo um susto ao não senti-la.
Abro meus olhos imediatamente. Ela não está na cama. Olho o relógio que marcava 11:30, já estava tarde. Mas... Sina não levanta da cama sem que eu tenha que força-la, mesmo que ela já ande sozinha coisa e tal eu ainda preciso ficar no seu pé.
Franzo minha sobrancelha e saio da cama em um pulo. Passo pelo espelho, você está um gostoso sem camisa, Noah. E vou correndo até a sala, quando estou prestes a ter um ataque de pânico olho em direção à cozinha e me deparo com a única cena que não esperava ver.
Sina está comendo uma maçã. Ela está comendo algo sem que eu tenha que quase enfiar goela a baixo. Mesma coisa de andar, ela já come sozinha, mas eu tenho que ficar no pé, e às vezes ela faz birra. A encaro com a expressão mais assustada do mundo. Meus olhos estão arregalados, eu estou parado de um jeito estranho e minha boca está aberta. Ela me encara com a testa franzida, ah, agora ela ter levantado e estar na cozinha comendo é normal.
- Bom dia? - Ela sorri fraco quando vê que eu nem me movo
- B-bom dia - Finalmente vou até ela - Você tá bem? - Pergunto chegando mais perto
- Melhor que nunca - Ela morde mais um pedaço de sua maçã
Franzo minha testa e passo por ela indo em direção a geladeira, Sina levanta do banquinho caminhando na direção oposta da minha, saindo da cozinha. Enchi rapidamente um copo de leite para mim.
- A propósito, você está gostoso - Fala sem mais nem menos e vai em direção a sala
E o meu copo de leite cai sobre a pia.
Mas que porra está acontecendo????
Franzo a testa e me toco de que melei toda a pia de leite. Jogo uma água e foda-se o café da manhã.
Vou até a sala. Sina está sentada no sofá escolhendo um programa na Netflix.
- Sina... - Começo mas ela se vira para mim brutalmente
- Olha, já... já se passou um mês, um mês e dez dias desde o que aconteceu, nós nos beijamos ontem finalmente, e com aquele beijo eu... eu tive forças, eu recuperei forças, parece que foi algum tipo de incentivo, como se esse beijo fosse algo da minha vida antiga, digo... antes do que aconteceu. - Fala Sina com os olhos arregalados
- Tudo bem... Tudo bem, eu vou te ajudar - Me sento ao seu lado no sofá
Sina se aconchega mais nos meus braços e em pouco tempo estamos agarrados assistindo um filme de comédia que nós dois adorávamos.
- Sina - A cutuco
- Hm
- Você quer outro incentivo? Sabe... - Ela me bate de leve e começamos a rir
Foi bom vê-la rir novamente, tudo estava voltando a ser como era.