Não aguenta mais nada, a minha mente cansada.
Estou em uma caixa bem fechada, sem ter como sair, sufocando até morrer.
Não quero mais, não quero mais nada, não me importo com mais nada.
Quando cheguei nesse ponto? Quando foi que fiquei assim? Como fiquei assim? Por quê?
Não sei de nada.
Nada...
Vazio.
É tudo que tenho dentro de mim: um imenso vazio, um deserto de emoções e pensamentos vazios.
Não estou indo para lugar nenhum.
Não estou fazendo nada.
Não tenho sonhos, nem objetivos.
Não tenho esperanças, nem vontades, nem nada.
Vazio.
Para mim, todas as ruas estão vazias, todas as estradas têm espinhos e todas as rosas já morreram. Não resta nada.
Estou sufocando.
Aponte uma direção e eu irei, somente para fazer algo com a minha existência, algo que não seja somente existir. Quando foi que eu vivi? Até hoje eu não vivo, eu existo - assim como uma peça da mobília ou o chão que a tudo sustenta, eu somente existo.
Por quê?
Para quê?
Me responda, em que eu me agarro antes de dormir senão a imensidão do sufocante vazio que me abraça até que não reste mais ar em meus pulmões?
O que eu tenho senão uma enorme vontade de sufocar meus problemas antes que eles acabem com a minha existência?
Eu...
Maldito Eu.
Eu que não sou.
Eu que não respiro... Eu que. Não. Respiro...
Morrendo estou.
Sem nada ter feito.
Morrendo, sufocando no vazio, sufocando com o peso de não ter vivido.
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Dilemas, Problemas e Caixas - um livro estranho sobre qualquer coisa
RandomEste não é um livro comum. ................. Estou convidando você para um passeio: Juntos, vamos explorar a mente humana, lugares mal iluminados, as canecas vazias, os dias de chuva; vamos entrar em paradoxos, nos contradizer e discutir sobre caixa...