Good Nigth, Demon!

Play Dirty

Vocês sentiram minha falta, docinhos??? Estamos de volta! As músicas desse capítulo são: Lions Inside - Valley of Wolves / When the Truth Hunts You Down - Sam Tinnesz/ She - Harry Styles/ Can't Stop Me Now - Oh The Larceny/ Play Dirty - Kevin McAllister ft. Sebell.

Divirtam-se como eu me diverti escrevendo, beijinhos, e boa leitura!

Sua cabeça girava. Sinceramente? Não era para menos.

Em um minuto, Jeny se queixava da sua existência, dos mistérios por trás de toda sua vida. No outro, beijava seu vizinho, também famoso por ser um guerreiro anjo. E o pior... ela se sentia única. Queria muito estar arrependida. Queria não gostar. Queria se sentir muito mal. 

Tudo desmoronava no seu mundo, e ela precisava fazer algo. Mas onde estava? Em um quarto desconhecido, de um desconhecido, em um prédio desconhecido. E parando para pensar, não ligava nem um pouco.

Sua vida era uma grande montanha russa sem total nexo. Jeny vivia em altas emoções, e quando parecia que tudo tinha acabado, ela descia com tudo até o chão e perdia os sentidos. Ela precisava disso. Precisava de algumas mais normal. Mais carnal.

Entrou em transe no primeiro beijo. Foi tímido. Como se eles estivessem conhecendo o terreno, até então, inexplorado. E quando se deu conta, Lucas a tinha no colo, dentro do quarto pouco iluminado que ela não se deu ao trabalho de prestar atenção nos quadros renascentistas nas paredes, ou os móveis antigos. Nada ali interessava a ela, apenas se descontrair.

Sentiu o anjo beijar seu pescoço com cautela, enquanto suas unhas percorriam o pescoço dele. Tudo era um mix de sensações, e Jeny realmente não sabia o que estava fazendo. Lucas desenhava suas costas com os dedos, fazendo as borboletas existentes no seu estomago se animarem loucamente e cada pedaço tocado por ele ficar em estado de dormência. Seus sentidos se afloraram e toda a loucura de um ano pareceu se dissipar naquele momento.

Lucas se afastou calmamente, segurando a nuca dela e fitando seus olhos. Ele sentiu o gosto da culpa se acumular na garganta. Viu dentro dos olhos verdes o desespero, a vontade de ser curada, e talvez, mas só talvez o desejo. 

- Se eu lhe contar que isso é proibido? 

Os dentes da garota apareceram em um sorriso divertido. Alguma coisa acordou depois daquele beijo. Talvez depois do baile. 

Se aproximando mais do corpo dele e com o indicador nos lábios macios do garoto, Jeny sibilou devagar:

- Eu diria que fica mais interessante ainda.

Seus lábios se tornaram um só e os dedos dela adentraram dentro dos cabelos macios de Lucas, fazendo com que ele se animasse mais. E quando eles talvez fossem para o próximo nível, quando talvez algo a mais pudesse realmente acontecer, a mente do anjo o dominou com inúmeras razões de isso ser errado. 

Jeny sentiu ele se afastar e acabou suspirando contra seus lábios. 

- O...que houve?

- Desculpe. Desculpe. - A ruiva tomou a deixa e saiu do seu colo. Nervoso, Lucas afundou os dedos nos cabelos e respirou com calma - Não posso. Você é minha protegida. Isso quebra todas as minhas regras. Não condiz com nada do que sigo. Desculpe...

Seus dedos tremiam como nunca haviam tremido na vida. Pânico? Ansiedade? Mas de quê? De ter o corpo dela no seu? De finalmente fazer algo para si? Era difícil de saber... 

Custodire, nihilque aliud 

Proteger, e nada mais... 

Seguira a risco as palavras tatuadas no peito a tanto tempo. E de repente... Se sentiu sujo. Mas percebeu que quando estava com a garota, as coisas não faziam o mínimo sentido. Ele só sentia bem, e insanamente havia se interessado nela.