Cap. 20

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— Me desculpe pelas palavras, pela ignorância, por não ter te ouvido antes.

Ela sorri. Aquele sorriso que por muito tempo eu não pude apreciar.

— Eu só me senti na obrigação de te devolver o que te tiraram. Faria isso por qualquer um.

— Eu te amo muito, não se esqueça disso nunca! — Abraço minha noiva com todas as forças.

— Eu também te amo demais. Aliás, ainda somos um casal, não somos? — A noivinha se separa do abraço dando risada.

— Nunca deixamos de ser um — sorrio antes de dar um beijo cheio de amor e saudade nela.

— Estava com tanta saudade de você, meu amor — me abraça forte. Ali eu senti o desespero dela.

— Nem me fale, por dentro daquele Cadu sério e sem querer saber de nada existia uma pessoa cheia de saudade e sentimentos pela morena aqui — Sorrio de lado.

Por mais que eu tivesse Sarah ao lado e soubesse e tivesse todas as provas que pudessem incriminar cada um dos sujeitos, eu estava triste por dentro. Estava vazio. Não sei bem como, só estou.

— Ei...

Ela se senta ao meu lado após eu ter feito tal ação.

— Eu sei que você está triste, cabisbaixo, e que não é culpa sua. Na verdade, nada disso é. Você tem que saber que eles só fizeram tudo isso com você porque a sua luz brilhou mais forte que a deles. O ciúmes, a inveja, tudo isso é doentio.

— Eu só... Não consigo acreditar que tudo aconteceu com a minha família foi por minha causa. Foram pessoas que na verdade me odiavam.

— Eu não vou permitir que você simplesmente se culpe por tudo isso. Você é a vítima aqui. Sua família vai entender quando saber.

— Quer saber? Vamos lá pra casa, estou cheio de tanta informação ruim. Amanhã mesmo a gente vai bolar um plano para pegar os coelhos no pulo.

— Já tem algo em mente?

— Acho que sim, esses criminosos mexeram com o caveira errado! Agora vão experimentar o gosto do próprio veneno.

●●●

Acordo com a noivinha deitada em meu peitoral, observando aquele rostinho angelical dormindo... Ah, não tem preço que pague tudo isso.

— Eu sei que sou linda.

Tomo um baita susto ao ouvir sua voz e ver o seu sorriso se formando nos lábios, mesmo que ainda de olhos fechados enquanto eu estava vidrado em algum ponto específico de seu rosto, percebendo que casar com ela foi a melhor escolha que eu já fiz.

— Que susto!

— Acontece, né — risos.

Escovamos os dentes, nos beijamos mais um pouco para matar a saudade e por fim tomamos nosso merecido café da manhã. Eu estava na cozinha lavando a louça quando de repente Sarah grita, o que me faz largar tudo e ir correndo ver o que se passava.

— Que linda!! Como não me contou dela? — Indaga amassando Pantera no colo.

— Quer me matar hoje mesmo? É isso? — Finjo recuperar o fôlego. — Bom, essa casa estava vazia, eu precisava de companhia, né? Inclusive, foi ela quem me fez ir até você na primeira vez que nos encontramos para conversar.

Meu Caveira - A Vingança (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora