The Stripper [Brumilla]

Doce Ilusão

Prontas?!

Brunna POV

"O que faz aqui?"

Aquilo só podia ser uma loucura da minha cabeça, fechei os olhos algumas vezes para tentar ver outra pessoa, mas era ela. Ludmilla estava parada em frente à minha porta com os braços encostados na soleira, usava um vestido diferente de hoje mais cedo, agora era azul.

Sobre ele apenas seu sobretudo preto entreaberto, mostrando o leve decote do vestido. Seus cabelos ainda estavam soltos, com o ar desgrenhado habitual e extremamente sexy. Eu a fitei por longos minutos, ela não parecia estar normal, talvez tivesse bebido, só isso explicava.

— Srª, o que faz em minha casa? – Perfuntei.

— O que eu faço? Vim atrás de explicações Brunna, ou melhor, Sophia!

No instante em que ouvi aquele nome sair de sua boca senti todo o sangue do meu corpo parar e em seguida correr em minhas veias de modo que sentia meu coração bater totalmente descompassado. Sentia meu corpo suar, minha voz sumiu... Ela havia descoberto. A única dúvida era: Como?!

— Como a Srª...

— Não importa como eu descobri. – Ela foi rápida me cortando, falando firme. – Achou que iria me enganar?

Ludmilla tinha um brilho diferente nos olhos, castanho estava negro e feroz. Ela em passos lentos se aproximou me acuando entre a parede e seu corpo, dei alguns passos para atrás até sentir minha costa bater contra o concreto.

— Eu não tive a intenção... Ludmilla.

— Foi bom? Brincar comigo desse jeito?

Eu não sei o que senti naquele instante, Ludmilla estava em minha frente com um sorriso diabólico, entrando em um jogo o qual eu não conhecia. O que ela queria de mim?

— Eu não, apenas... Aconteceu. – Falei dando alguns passos para dentro do apartamento.

— Aconteceu... – Ela repetiu irônica. Fiquei calada enquanto a mesma me fitava. - Você não devia ter feito isso Gonçalves, não devia. – Ela falou me olhando firme.

Eu sentia que meu coração poderia rasgar meu peito a qualquer momento de tão forte que batia. Nesse exato momento eu estava encostada na soleira da porta, com a mulher cujo olhar era destruidor me fitando entre uma mistura de raiva, ódio, desejo e tesão. Era claro em seus olhos. Era possível em plena tensão eu me sentir ainda mais atraída por ela?

— Eu sinto muito... – Sussurrei.

— Não sinta, não se arrependa feito uma covarde. – Sua voz era cortante. – Vou lhe ensinar a não mentir para mim, Srtª Gonçalves.

Ludmilla levou as mãos até meus cabelos calmamente, colocando as mexas que caiam em meus olhos para trás de forma que deixou meus ombros livres. A mesma acariciou a pele desnuda enquanto subia pela extensão do meu pescoço, até chegar em meu rosto. Enquanto meus olhos a encaravam gritando por ajuda ela me sorria de um jeito maldoso.

— Ludmilla... – Sussurrei mais uma vez.

— Shhh! – Seus dedos foram ao encontro dos meus lábios. – Calada! Acha que vai brincar comigo e sair impune? Você não me conhece Brunna Gonçalves.

Ela falou tão próxima de mim que pude sentir seu hálito sobre meu rosto, cheirava a menta. Engoli em seco quando suas mãos foram de encontro a minha cintura, apertando com toda vontade.

— Me desculpa...

Não havia perdão para Ludmilla, ela agora me comia com os olhos e esperava apenas o momentos certo para me atacar feito uma felina raivosa.